Durante o período de tentar engravidar é comum que surjam diversas dúvidas: como faço para engravidar mais rápido? Há tratamento? O que interfere na fertilidade? É possível aumentar a fertilidade? A lista pode ser longa.
Então, a primeira atitude a ser tomada é consultar um(a) médico(a) para realizar exames, obter orientações médicas e esclarecer dúvidas.
Mas além do acompanhamento médico, é possível adotar novos hábitos e abandonar alguns antigos, para que a gravidez aconteça quanto antes. Confira algumas dicas:
Índice — neste artigo você vai encontrar:
Diferentes fatores podem influenciar na infertilidade, tais como estilo de vida, genética, excesso ou falta de peso, tabagismo, excesso de álcool, uso de contraceptivos, estresse e ansiedade.
Esse período de tentativas de concepção pode ser influenciado de forma negativa por alguns fatores, como o hábito de fumar pode interferir na qualidade do sêmen.
Questões emocionais como estresse ou ansiedade podem ocorrer em qualquer fase da vida, mas especialmente podem dificultar as tentativas de engravidar.
Alguns fatores e sinais podem ser identificados com ou sem ajuda médica, para então buscar tratamentos.
O sobrepeso do homem pode contribuir para o desenvolvimento de varicocele, afetando a produção e qualidade dos espermatozoides.
Na mulher, o excesso de peso pode ser causa de ciclos menstruais irregulares, que podem estar associados à disfunção ovulatória, causando deficiências hormonais e dificuldade na liberação dos óvulos.
Estar abaixo do peso pode suprimir a menstruação em virtude da baixa produção hormonal. A ovulação e o período fértil podem ser interferidos e dificultar a gestação.
Já nos homens, a magreza excessiva também pode ocasionar a disfunção hormonal, de forma que a produção dos espermatozoides é afetada por falta de testosterona.
Nos homens, a quantidade de espermatozoides diminui ao longo dos anos, o que ocorre a partir dos 40 a 50 anos, quando a produção de espermas fica em 50% de seu nível habitual.
Em contrapartida, a mulher apresenta um declínio na fertilidade já a partir dos 35 anos, o que continua até a menopausa (em torno dos 50 anos de idade).
Os processos que resultam na perda definitiva da função reprodutiva são iniciados de 8 a 10 anos antes, e têm o nome de climatério ou pré-menopausa. Na maioria dos casos, o período é assintomático, mas algumas mulheres relatam sintomas de ondas de calor, irregularidades no fluxo da menstruação, entre outros.
E isso acontece devido à redução na produção dos hormônios progestagênio, estrogênio e testosterona.
Irregularidades de origem genéticas afetam cerca de 3% a 6% dos casais que apresentam problemas de infertilidade, o que pode ter relação com anomalias cromossômicas (falta de uma sequência genética do DNA) podendo causar abortos.
Mas mesmo com avanços de pesquisas na área, grande parte dos fatores genéticos que influenciam na infertilidade permanece desconhecido.
Por meios de exames é possível detectar problemas genéticos e encontrar estratégias de tratamento que podem contornar possíveis abortos.
Segundo a pesquisa realizada pela Sociedade Europeia de Reprodução Humana e Embriologia, há relação entre a redução na reserva ovariana e regiões com alto nível de poluição, em mulheres.
A qualidade do sêmen também pode ser afetada com a poluição ambiental e o consumo de alimentos ultraprocessados e cultivados com muitos hormônios e agrotóxicos, comprometendo a capacidade reprodutiva masculina.
Em mulheres, o hábito de fumar reduz a chance de gravidez, por meio da antecipação da menopausa e envelhecimento prematuro do sistema reprodutivo.
Nos homens, o tabagismo interfere na morfologia e efeito potencial na função espermática, níveis hormonais, concentração de espermatozoides e qualidade do sêmen.
Nos homens, o álcool reduz os níveis de testosterona, a qualidade e quantidade de espermatozoides, por causa da diminuição dos hormônios masculinos. Além de afetar o desejo sexual e prejudicar a ereção.
Em mulheres, o consumo de álcool altera a libido e interfere na qualidade dos óvulos, devido à dificuldade de produção de hormonal.
A prática de exercícios físicos em excesso pode afetar o ciclo ovulatório da mulher, dificultando a possível gravidez.
A endorfina (hormônio do bem-estar) em excesso no organismo, produzida após muito tempo de exercício físicos, pode inibir outros hormônios que influenciam a ovulação.
Já em homens, a endorfina dificulta a produção de espermatozoides — e isso diminui as chances de engravidar a parceira.
Não causam infertilidade, o uso contínuo de métodos preventivos por um longo tempo e depois o desuso para engravidar, pode aumentar o tempo de tentativas para engravidar.
Visto que os métodos contraceptivos hormonais inibem a ovulação, o corpo geralmente precisa de até 6 meses para que os ciclos menstruais sejam regularizados.
Mas isso não inibe o ciclo de ovulação e sua função — há relatos de mulheres que engravidaram no primeiro mês após parar a ingestão de anticoncepcionais.
Estudos comprovam que períodos de estresse intenso podem ter um impacto na qualidade do sêmen do homem. Em mulheres, o estresse e ansiedade podem alterar o ciclo menstrual, atrasando ou tornando-o curto, afetando assim o período fértil e a possibilidade de engravidar.
Existem vários hábitos que podem ser adotados durante o período de tentativas engravidar:
Sim, mas é recomendado para mulheres acima dos 35 anos e que não engravidaram dentro de 6 meses de tentativas. Isso é feito com base no diagnóstico médico e com tratamentos específicos para cada caso.
O uso de medicação ou outros tratamentos, para mulheres abaixo de 35 anos é recomendado apenas em casos que há dificuldade de engravidar no período de 1 ano de tentativas.
Algumas técnicas de tratamento são usadas para que a fertilização ocorra no útero ou em laboratório, elas ocorrem de diferentes formas e são indicadas para determinados casos.
Este tratamento visa estimular a ovulação da mulher e quando identificado o dia da ovulação, é inserido por meio de cânula no útero o esperma que foi coletado previamente. Essa inseminação é feita com os espermatozoides com melhor movimentação, o que aumenta as chances de gravidez.
Ela é recomendada por médicos em casos em que o ambiente uterino causa dificuldades para o espermatozoide alcançar as tubas uterina e fertilizar o óvulo, com distúrbios ovulatórios, ou em casos que o homem apresenta alterações no sêmen.
Por meio de medicação hormonal, é feita a estimulação do ovário, com a monitoração médica por meio de ultrassonografia. Este acompanhamento mostrará de forma precisa os dias férteis da mulher, e indicará ao casal a prática de relações sexuais neste período, aumentando as chances de engravidar.
Esta técnica é indicada quando o ciclo menstrual da mulher é irregular, trazendo dificuldades para os espermatozoides encontrarem o óvulo.
O acompanhamento médico é necessário pois irá monitorar o estímulo da ovulação, prevenindo o surgimento da Síndrome de Hiperestimulação Ovariana.
A fertilização in Vitro é feita através da coleta do espermatozoide e óvulo, e fertilização em laboratório. O embrião é transferido para o útero da mulher no período conhecido como janela de implantação.
A mulher recebe medicamentos de estimulação ovariana, e após o aumento de produção de óvulos, eles são coletados. O homem também passa por um processo similar e seus espermatozoides são coletados e separados, para a fecundação do óvulo em laboratório.
O processo de coleta de ambos ocorre no mesmo dia para que o óvulo e espermatozoides possam ser fertilizados, e o embrião gerado.
Todo o processo, de espera de dia fértil e coleta dos gametas, dura em torno de um mês e após a implantação no útero, é necessário esperar em torno de 12 dias para realizar o teste de gravidez.
Mudar hábitos antigos e adotar novos podem auxiliar no período de tentativas de engravidar, além de trazer outros benefícios como o bem-estar e autocuidado, promovendo mais possibilidades de engravidar.
Confira o Minuto Saudável e acompanhe mais dicas e informações sobre saúde.
Rafaela Sarturi Sitiniki
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