A Tinea, ou impingem, pertence ao grupo de doenças de pele contagiosas. Por isso, o(a) paciente deve cuidar com uso de objetos e roupas, para evitar que pessoas próximas desenvolvam a infecção.
Também é necessário marcar uma consulta assim que perceber os sintomas, pois há risco de surgir complicações devido aos fungos responsáveis pela doença. Para saber mais, leia o texto abaixo!
Impingem (também chamada de tinha) é o nome popular utilizado para referir-se a dermatofitoses causadas por fungos que se acomodam na superfície da pele.
Esses fungos são classificados como dermatófitos e se alimentam da queratina presente na epiderme, tanto de humanos quanto de animais (cães e gatos).
Em geral, são 3 gêneros de fungos que provocam impingem (Trichophyton Microsporum Epidermophyton).
A infecção normalmente começa em uma área úmida de qualquer região do corpo (mãos, pés, rosto, virilha, couro cabeludo etc.) que entrou em contato com o fungo dermatófito.
O contato pode ocorrer de duas formas: direta, pelo contato com animais ou pessoas com a infecção, ou indiretamente, através de locais úmidos e objetos (roupas, lençóis, toalhas, etc) utilizados por aqueles que estão com a doença.
É possível notar a impingem por meio de lesões pequenas em formato redondo e de coloração avermelhada que provocam coceira.
Caso não seja diagnosticada e tratada a tempo, os fungos podem se proliferar rapidamente pelo corpo inteiro.
Conforme a área afetada, a infecção recebe um nome específico, por exemplo:
Normalmente, a impingem é diagnosticada por um(a) dermatologista através da análise dos sintomas apresentados, como:
Para ter uma identificação exata, alguns exames podem ser solicitados pelo(a) profissional.
Impingem é causada por fungos da classe dos dermatófitos, que ao instalar-se sobre a camada superficial da pele (epiderme), conseguem se alimentar dos extratos de queratina que estão nas células mortas.
A queratina é um tipo de proteína importante para o crescimento de unhas e cabelos, e também para que a pele se mantenha hidratada, pois ela é impermeável, o que acaba dificultando o processo de desidratação das células.
Os 3 gêneros de fungos mais relacionados à impingem são:
Esses grupos de fungos têm “preferência” por alguns locais do nosso corpo, como as axilas, virilhas e o couro cabeludo, devido ao calor e umidade.
A impingem é transmitida quando se tem contato com as lesões infectadas, sendo assim, algumas das situações possíveis de pegar a doença são:
Em caso de ter passado por alguma dessas situações, fique atento pois as manchas podem não surgir imediatamente após o contato, levando entre 4 e 10 dias para surgirem.
Dessa forma, caso alguém próximo a você esteja ou suspeita de impingem, é recomendado buscar orientações médicas para que a infecção não seja transmitida.
Em geral, após a constatação por um(a) especialista de que o paciente está com impingem, serão prescritas pomadas e cremes para aplicar sobre as áreas infectadas.
No entanto, quando o caso é mais grave, atingindo o sistema imune, por exemplo, podem ser receitados comprimidos que possuem propriedades antifúngicas (tratamento sistêmico).
Essas formas de tratamento são indicadas com propósito de impedir que o fungo se multiplique com rapidez para outras regiões do corpo, e também para proporcionar o alívio dos sintomas.
Normalmente, o procedimento de aplicar pomadas antifúngicas na pele dura por duas semanas, mesmo que já não haja mais feridas. Pois desse modo é possível garantir que nenhum microrganismo permaneceu no local.
Durante o tratamento da impingem também é recomendado seguir instruções rigorosas de higiene, para que não haja maiores complicações dos sintomas, e também para não transmitir a doença a outras pessoas do convívio.
Os fármacos utilizados no tratamento sistêmico, em geral, são o Fluconazol, Itraconazol e Terbinafina.
Esse princípio ativo faz parte do grupo de antifúngicos azólicos, que são considerados os mais seguros para o tratamento sistêmico.
Sua função é impedir que os invasores sintetizem compostos (chamados de esteroides) no organismo e consequentemente se reproduzam.
Algumas marcas com Fluconazol são:
Os comprimidos comercializados normalmente contém 50mg, 100mg, 150mg. Por isso, a quantidade a ser utilizada varia de acordo com as orientações médicas.
O Itraconazol também é um composto antifúngico pertencente aos azólicos, que segundo estudos tem a capacidade de inibir um componente importante para as células fúngicas, o ergosterol.
Em geral, quando o tratamento é iniciado com esse fármaco, os fungos tendem a desaparecer entre 2 a 4 semanas.
Algumas opções que podem ser indicadas pelo(a) dermatologista são:
Normalmente, esses medicamentos também são prescritos em caso de outras infecções fúngicas, como a candidíase.
O Cloridrato de Terbinafina tem ação antifúngica, sendo especialmente indicado nos casos de micoses nas unhas, porém também pode ser prescrito para tratar a impingem.
Entre as opções estão:
A posologia de cada medicamento varia de acordo com o tipo de Tinha a ser tratada, e os efeitos colaterais mais comuns são dores de cabeça, náuseas, alergia e diarréias.
O tratamento adequado deve ser indicado por especialistas, ou seja, somente após uma consulta com um(a) dermatologista é que será prescrita a melhor pomada para cada paciente.
Entretanto, as que normalmente são indicadas por especialistas são as que têm em sua formulação antifúngicos do grupo chamado Azólicos.
Algumas marcas disponíveis com esses princípios ativos são:
Ressaltamos que é importante seguir a posologia presente na bula e também seguir as orientações médicas prescritas.
Não há nenhuma comprovação científica que uso de limão e vinagre pode matar a impingem.
Além de ser ineficiente, a utilização é contraindicada por especialistas, visto que em alguns casos pode ajudar a agravar ainda mais a infecção.
No entanto, há algumas alternativas que podem ser feitas em casa para alívio dos sintomas e a auxiliar na melhora do quadro.
Por exemplo, utilizar compressas de água fria sobre a lesão ajuda a diminuir a coceira e consequentemente a piora da impingem.
Outra opção é aplicar hidratantes que sejam indicados por um(a) dermatologista na região afetada, evitando a descamação e ressecamento da pele.
Manter a alimentação saudável e o consumo de água adequado também é importante durante esse período.
Com a chegada do verão, os casos de impingem começam a aumentar, devido à estação ser a mais quente e úmida do ano, o que acaba favorecendo as infecções.
Dessa forma, alguns cuidados podem ser adotados durante esse período, como:
Sendo o verão uma época de férias, muitas pessoas viajam para praias, locais com piscina, rios e cachoeiras, para se refrescar.
Dessa forma, é quase inevitável não ficar com a roupa molhada — acontece que isso pode colaborar para o surgimento da impinge.
A dica também é válida para quem pratica exercícios na academia, pois nesse caso há o acúmulo de suor na roupa deixando-a molhada.
Portanto, tente levar para esses locais roupas reservas, pois assim é possível evitar permanecer por muito tempo com as peças molhadas.
Caminhar por áreas úmidas sem proteção também pode ser favorável para a instalação de fungos na sola dos pés, gerando a impingem que é popularmente chamada de pé de atleta (Tinea pedis).
Por isso, tentar estar sempre calçado e também meias limpas ajuda a não dar espaço para a infecção.
O suor produzido pelas axilas é considerado um dos grandes aliados para a manifestação da impingem.
Portanto, utilizar antitranspirantes e secar com frequência não só as axilas, mas também outras regiões que transpiram muito, contribui para dificultar o acesso dos fungos.
O contato indireto com fungos dermatófitos através de objetos onde eles se encontram é uma das formas de pegar impingem.
Portanto, evitar o compartilhamento de itens de uso pessoal como roupas, lençóis, toalhas, copos, talheres, entre outros, é um meio de prevenir a doença.
A pele é considerada por muitos o maior órgão do corpo humano, pois nos reveste da cabeça aos pés e proporciona a proteção contra invasores que trazem risco à saúde. Desse modo, ter cuidados para mantê-la saudável e livre de infecções é muito importante.
Que tal saber mais sobre outras doenças que podem afetar sua pele? O Minuto Saudável pode te informar sobre.
Rafaela Sarturi Sitiniki
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