Até o mês de março de 2020, o SARS-CoV-2, novo coronavírus, já levou à morte cerca de 2,9 mil pessoas. Apesar de ter iniciado na China, o vírus se espalhou e consta em muitas outras regiões, como França, Itália, Irã, Estados Unidos, Argentina, Espanha e Brasil.
Cerca de 60% dos países afetados ainda sofrem com casos importados, ou seja, pessoas que viajaram para regiões com casos detectados e contraíram a infecção lá, fora de seus respectivos países.
Aqui no Brasil, a identificação dos genomas do vírus permitiram que fosse observada a diferença entre os dois casos analisados, identificados no final de fevereiro.
O primeiro se mostrou mais parecido, geneticamente, com o sequenciamento na Alemanha enquanto o segundo se parece mais com o caso da Inglaterra. Isso sugere que esteja havendo transmissão interna nos países europeus.
Saiba mais sobre o coronavírus:
De acordo com o Ministério da Saúde, o coronavírus é uma família viral capaz de infectar seres humanos e animais. Até então, 6 tipos de vírus dessa família eram conhecidos por afetar humanos, mas agora, com os recentes casos de pneumonia inicialmente detectados em Wuhan, na China, são 7 tipos conhecidos.
Esse novo vírus está sendo chamado de 2019-nCoV e foi identificado pela primeira vez de 19 de dezembro de 2019.
Quando invade o organismo, os agentes infecciosos comprometem as vias respiratórias, de modo que pode variar de leve a moderada. Ou seja, os sintomas se assemelham aos da gripe ou resfriados, mas que, em alguns casos, podem ser mais intensos.
Em geral, os quadros em que a infecção se apresenta de modo agravado estão associados às debilidades do sistema imune, ou seja, pessoas com mais idade ou outras doenças que comprometem as defesas do corpo.
O vírus circula entre animais e, acredita-se, a transmissão inicial foi após o contato com algum animal contaminado. Porém, o Ministério da Saúde alerta que o agente infeccioso adquiriu a capacidade de ser transmitido entre pessoas. Isso aumenta a transmissibilidade e a gravidade da situação.
A via de transmissão do 2019-nCoV é pelo ar, por tosse ou espirro, toque ou contato com pessoas infectadas ou, ainda, contato com objetos ou superfícies infectadas. O tratamento consiste em controle dos sintomas, mas não há nenhuma medicação específica.
Há não muito tempo, duas epidemias ocasionadas também por vírus do grupo coronavírus foram responsáveis por mortes e preocupação.
Em 2004 e 2012, o SARS-CoV (causador da Síndrome Respiratória Aguda Grave ou SARS) e o MERS-CoV (causador da Síndrome Respiratória do Oriente Médio ou MERS), respectivamente, foram detectados em circulação.
De modo geral, os sintomas são bem semelhantes aos da gripe ou resfriado comuns, logo que o vírus acarreta infecções no trato respiratório. O quadro costuma ser leve ou moderado, tendo curta duração.
Ou seja, a infecção é limitada e podem ocorrer coriza, dor de garganta, febre e mal-estar. Em geral, o organismo consegue se recuperar sem maiores problemas.
Porém, em alguns casos que a pessoa apresenta comprometimento imunológico, doenças cardiopulmonares ou são idosas, a infecção pode resultar em infecções do trato respiratório inferior, como as pneumonias, respiratória aguda grave ou causar insuficiência renal.
Os sintomas são mais intensos e podem envolver febre alta, tosse, dificuldades para respirar e até lesões pulmonares.
Acredita-se que, inicialmente, o vírus chegou até os humanos por meio do contato com animais infectados. Agora, o agente adquiriu capacidade de transmitir-se entre as pessoas. Dessa forma, o contágio pode ocorrer pelo ar, por tosse ou espirro, por contato direto com a pessoa infectada ou ainda com superfícies contaminadas.
As suspeitas são levantadas a partir da manifestação dos sintomas. Por isso, o diagnóstico é basicamente clínico, de acordo com o Ministério da Saúde.
As pessoas com suspeita da infecção são, então, avaliadas por profissionais de saúde, que solicitam testes sorológicos capazes de detectar a presença do agente e o tipo de vírus em secreções nasais, sangue ou fezes.
Não existe um tratamento medicamentoso específico para combater os coronavírus. Assim, após o diagnóstico, as terapias são para controlar ou amenizar os sintomas.
De modo geral, recomenda-se reforçar a hidratação, fazer repouso e, caso haja dor e febre, usar medicamentos analgésicos e antitérmicos sob prescrição médica.
As orientações de prevenção são aquelas comuns para as demais doenças e infecções. De modo geral, evitar aglomerações, cobrir a boca e o nariz ao espirrar, não compartilhar objetos pessoais e higienizar bem as mãos são indispensáveis.
Ventilar bem os locais e não coçar mucosas ou colocar as mãos na boca são medidas válidas também.
Caso haja suspeito de contaminação ou contato com alguém doente, é importante manter a atenção e procurar uma unidade de saúde para que as medidas necessárias sejam adotadas.
Para saber mais informações e atualizações sobre infecções e também como prevenir-se, continue acompanhando o Minuto Saudável!
Rafaela Sarturi Sitiniki
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