O câncer de boca não é uma doença exclusiva do verão, apesar de sua incidência ser bem característica desta época do ano por conta da exposição aos raios UV (ultravioleta). Doenças genéticas e alguns maus hábitos também contribuem para o surgimento da condição e o diagnóstico precoce é decisivo para a sobrevivência do (a) paciente.
No artigo a seguir, você confere algumas informações sobre a doença, como o que causa, como identificar os sintomas e como prevenir o câncer de boca.
O câncer de boca, também chamado de câncer da cavidade oral, é uma condição maligna que acomete os lábios (especialmente o inferior), céu da boca, embaixo da língua, extremidades da língua, amígdalas, glândulas salivares, gengiva e algumas regiões da garganta. O tipo mais comum da doença é o carcinoma epidermoide, que corresponde a mais de 90% dos diagnósticos.
Entre as principais causas do câncer de boca estão:
Portanto, além de maus hábitos, a doença também pode ser causada por infecções virais. A incidência é maior em homens brancos acima dos 50 anos, especialmente nos que possuem alguns dos hábitos citados acima ou que, segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), são expostos a alguns químicos na sua rotina, como amianto, poeira de madeira, fuligem de carvão, sílica, entre outros.
Também observou-se, ao longo dos anos, que habitantes de regiões com índices sociais preocupantes também tendem a registrar um grande número de casos e óbitos da doença. Para os especialistas, isso é possível por conta do pouco acesso a informações sobre a importância da higiene bucal.
Os sintomas de câncer de boca podem ser identificados pelo próprio paciente, por meio de um autoexame. Contudo, o diagnóstico só pode ser feito e confirmado por um (a) médico (a) ou dentista. Entre os mais comuns em fase inicial estão:
Já na fase avançada da doença, o (a) paciente pode manifestar:
Se você possui algum dos sintomas citados acima, consulte imediatamente um (a) médico (a). Quanto mais cedo o diagnóstico for feito, maiores as chances de cura e de sucesso do tratamento.
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Como vimos brevemente acima, o diagnóstico preciso da doença pode ser feito tanto por um (a) dentista quanto por um (a) médico (a). Os casos tendem a chegar nos consultórios já muito avançados, justamente porque os sintomas iniciais são facilmente confundidos com condições menos graves.
Portanto, para confirmar a causa dos sintomas, o (a) profissional pode, além de observar as regiões acometidas e analisar os sintomas descritos pelo (a) paciente, solicitar exames como o de boca, tomografia computadorizada (para avaliar a extensão da doença), radiologia da mandíbula e biópsia (retirada de uma pequena quantidade da pele acometida para análise clínica).
O raio-X do tórax pode ser solicitado também, a fim de verificar metástase, ou seja, a disseminação da doença para outros órgãos do corpo. Logo após a confirmação, o (a) profissional vai dar início a um tratamento específico para o quadro atual do (a) paciente.
O tratamento varia de acordo com o estágio da doença e, quanto mais cedo o diagnóstico for feito, mais eficaz o tratamento é. Entre os mais comuns para cada estágio estão:
A cirurgia de remoção do tecido afetado é indicada para a fase inicial da doença, pois as feridas não se espalharam para regiões próximas. Pode ser útil tanto em feridas menores quanto de maior extensão.
São recomendadas quando a doença está avançada e quando a cirurgia de remoção de tecido pode causar sequelas ao (à) paciente. Podem ser, inclusive, indicadas como complemento à cirurgia local, para aumentar a eficácia do tratamento.
Enquanto a radioterapia se concentra no local acometido pelas células malignas, nesse caso na boca, e é menos agressivo, pois os efeitos colaterais se manifestam localmente, a quimioterapia faz uso de medicamentos por via intravenosa ou oral e debilita mais o (a) paciente, pois causa sintomas adversos generalizados.
Vale lembrar que os cuidados com a saúde bucal ao longo do tratamento, seja ele de radioterapia ou quimioterapia, devem continuar redobrados. As visitas ao (à) dentista devem ser feitas na frequência estipulada por ele mesmo ou pelo (a) médico (a). Complicações como infecções, por exemplo, podem interromper o tratamento e comprometer sua efetividade.
Portanto, o câncer de boca tem cura sim, mas desde que diagnosticado de forma precoce e tratado com acompanhamento médico.
Alguns hábitos e cuidados diários simples são essenciais para ajudar a prevenir a doença. São eles:
Fácil, não é mesmo? Agora que você tem a informação e sabe como prevenir a doença, não tem desculpa para não reforçar os cuidados com a sua saúde!
As medidas preventivas contra o câncer de boca devem ser adotadas no dia a dia ao longo de todo o ano, e não somente no verão. Apesar de ser comumente associado à exposição solar, a doença pode surgir de outras maneiras, mas é possível preveni-la, como vimos acima, de diversas formas e que não exigem muito de nós.
Caso tenha algum sintoma característico da doença ou suspeita, procure imediatamente um (a) médico (a).
Para mais informações sobre doenças, seus sintomas e como tratá-los, continue acessando o site e as redes sociais do Minuto Saudável.
Rafaela Sarturi Sitiniki
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