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Depois de um dia intenso de trabalho, trânsito carregado e muito nervoso, você chegou em casa. Hora de descansar.

A entrada na sua residência é sempre bem recepcionada com latidos e pulos, pois seu cãozinho fica ansioso com sua chegada.

Com tanta correria, você não se sente bem. Suor, ansiedade e formigamento na face se manifestam. Então você percebe que o nível de açúcar no sangue está baixo.

Mas antes de ter uma tontura ou até mesmo um desmaio, seu cachorro pula em você para chamar sua atenção e lambe várias vezes o seu rosto. Pode parecer algo fofo, você pensa que ele tem uma compaixão admirável por você.

Mas calma, ele apenas foi treinado para ser o melhor amigo de um paciente com diabetes.

O olfato como alerta

Para ficar mais fácil de entender essa trama toda, vamos com calma. Não é qualquer cãozinho que vai verificar seu açúcar no sangue. São os chamados cães de detecção médica.

Esses animais recebem um treinamento focado para apoiar pessoas com condições de saúde potencialmente fatais e alertam o paciente ou os familiares com um comportamento diferente do normal, para indicar que algo não está bem.

Nesse casos, os cães identificam através do olfato quando o paciente tem uma queda de glicose no sangue, chamada de hipoglicemia.


Apesar de poder ocorrer com pessoas sem diabetes, a condição pode ser mais frequente e severa entre as que fazem uso de insulina ou medicamentos antidiabéticos.

Nesses casos, os riscos à saúde e à vida são maiores e, ainda assim, cerca de um quarto das pessoas não têm consciência deles.

Os pacientes com diabetes precisam sempre monitorar a glicemia do sangue e tomar várias injeções de insulina para regular as taxas de glicemia (açúcar no sangue).

As crises de hipoglicemia, que é a queda anormal dos níveis de açúcar no sangue, podem causar mal-estar, tonturas, desmaios e levar a casos mais graves, como coma ou morte.

Nesses casos, os animais são companhias bastante funcionais e podem reduzir os riscos ao paciente.

Tudo é possível através de tutores para treinar o animal, ensinando-o a antever crises e emitir alertas.

Até agora, existem poucos estudos sobre isso, mas uma última pesquisa teve seus resultados animadores para pacientes que têm diabetes.

Realizada pela Universidade de Bristol em parceria com a Medical Detection Dogs, o estudo reuniu 27 cachorros treinados para alertar sobre alterações da glicemia em seus donos lambendo o rosto ou buscando o aparelho de medição (glicosímetro).

Ao final, os cães acertaram em 83% dos casos.

Nós já sabemos de estudos anteriores que a qualidade de vida dos pacientes é muito melhor por ter um cão de detecção médica. Nosso estudo fornece a primeira avaliação em grande escala do uso de cães de detecção médica para detectar hipoglicemia” disse o Doutor Nicola Rooney, autor principal da pesquisa em comunicado a imprensa.

Por que os cães ajudam no tratamento de humanos?

Os animais podem promover na vida do paciente com diabetes uma melhora na qualidade de vida e ainda vão contar com a companhia do melhor amigo.

Como estão sempre familiarizados com seus donos, eles são condicionados a reagir com comportamentos de alerta quando os níveis de açúcar no sangue estão alterados.

Como nem sempre o paciente apresenta sintomas da queda da glicemia, o cão treinado pode ser bastante eficaz para reduzir riscos relacionados à hipoglicemia.

Mas não é só no caso da diabetes que eles nos ajudam, pois também se mostraram ótimos coterapeutas no tratamento físico e emocional de seus donos.

Por serem mais brincalhões e dóceis, apegar-se a um cachorro não é uma tarefa difícil, muito pelo contrário, pode ser uma forma afetiva de contribuir com o tratamento médico.

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Os cães podem fazer sua vida mais saudável e harmoniosa. Além disso, o convívio com eles também é bom para sua saúde mental.

Fonte: University of Bistrol


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