Alguns usos medicinais são descobertos por acaso. Esse é o caso do Avastin, que a princípio foi desenvolvido para o tratamento de câncer.
Mas conforme ele foi sendo usado e receitado, os pesquisadores perceberam que os(as) pacientes que estavam fazendo uso de tal fármaco apresentaram melhora nos quadros de complicações oculares.
Apesar de a bula indicar o Avastin apenas para o tratamento de câncer, a Anvisa autoriza a administração, em caráter excepcional, para complicações oculares.
Avastin é um medicamento biológico de uso hospitalar, ou seja, deve ser aplicado somente por um(a) profissional de saúde habilitado(a), como médicos(as) e enfermeiros(as).
A aplicação é intravenosa, ou seja, Avastin é colocado diretamente na veia do(a) paciente com o auxílio de uma mangueira hospitalar (a mesma que é usada para a aplicação de soro).
O princípio ativo desse fármaco é Bevacizumabe (um anticorpo que ajuda a impedir o crescimento de tumores malignos). A posologia do fármaco varia conforme a orientação médica e peso corporal de cada paciente.
Avastin possui é indicado para tratar o câncer metastático na região do pulmão, das mamas, dos rins, colorretal ou o colo do útero. Nesses casos, esse medicamento é administrado de forma intravenosa.
Embora não haja essa indicação na bula, esse remédio também pode ser indicado por alguns especialistas para tratar a Degeneração Macular Relacionada à Idade (DMRI) que provoca danos na visão em pessoas com mais de 65 anos.
Com o tempo, a DMRI faz com que a pessoa perca a visão central, ficando somente com a visão periférica.
Infelizmente, essa doença ainda não possui cura, embora o tratamento possa ajudar a aliviar os sintomas como visão turva, ressecamento ocular e incapacidade de enxergar em ambientes mais escuros. Além disso, o quadro, em alguns casos, pode ter orientação para o tratamento cirúrgico.
As injeções aplicadas nos olhos têm como objetivo amenizar e curar as complicações oculares (como infecções, perda de visão causada pela diabetes, doenças na retina e degeneração macular relacionada à idade).
Essa forma de tratamento ainda pode ser complementada com o uso de lasers, colírios e outros medicamentos, dependendo de cada caso.
Quando Avastin é aplicado diretamente no olho (injeção intra vítrea), esse medicamento é utilizado para amenizar os sintomas de doenças oculares como a DMRI.
Essa injeção oftalmológica é aplicada nos olhos, na parte do vítreo (que está localizado no fundo do globo ocular, oposto à pupila). Entre 30 e 60 minutos antes do procedimento, é feita a dilatação da pupila com um colírio. A injeção dura alguns minutos e deve ser aplicada em um hospital por um(a) médico(a) oftalmologista.
O procedimento é indolor e o processo de recuperação é rápido (cerca de 1 semana).
Aos poucos, o(a) paciente pode ir retornando às suas atividades normais, como a prática de atividades físicas, direção e condução de veículos e leitura.
Os cuidados pós-operatório ainda podem incluir uso de colírios, compressas e exercícios oculares (como movimentar os olhos e controlar a quantidade de piscadas).
As complicações causadas pela maioria das injeções oftalmológicas são raras e geralmente reversíveis como descolamento da retina e infecções oculares.
Até onde se sabe, essa injeção aplicada nos olhos não tem propriedades para curar o câncer. Alguns especialistas utilizam Avastin intra vítreo para tratar a Degeneração Macular Relacionada à Idade (DMRI). Com o tempo, tal doença faz com que a pessoa perca a visão central, ficando somente com a visão periférica.
Por outro lado, se a medicação for aplicada diretamente na veia (uso intravenoso), Avastin tende a ajudar no tratamento da metástase de alguns tipos de câncer (como o de pulmão e de mama), podendo levar à cura.
Vale ressaltar que o processo de cura do câncer é demorado e dolorido, além de depender de vários fatores, como quadro geral do(a) paciente, uso de outros medicamentos e alimentação correta.
Por isso, em casos de dúvidas, o ideal é buscar auxílio médico do(a) profissional que acompanha o caso.
As reações mais comuns provocadas por Avastin são diarreia, vômito, enjoo, dores abdominais, dores de cabeça, perda de peso e cansaço. Em casos mais graves pode provocar perfurações no intestino, hemorragias (principalmente nos pulmões), obstrução de uma via respiratória por um coágulo de sangue (embolia pulmonar).
Outros sintomas são:
Durante o tratamento com Avastin, a fertilidade feminina pode ser comprometida, sendo indicado manter métodos de contracepção durante e por até 6 meses após o uso da medicação.
Esse medicamento é contraindicado para gestantes, mulheres que estão amamentando e pessoas com menos de 18 anos.
O uso dele durante a gestação pode trazer prejuízos na formação, no desenvolvimento e no crescimento saudável do bebê. A bula ainda orienta evitar o uso durante a amamentação, pois, apesar de não haver confirmação da excreção pelo aleitamento, é possível que ocorra.
Pessoas que possuem problemas cardíacos devem usar esse fármaco com precaução. Isso porque o Avastin pode favorecer infartos e AVCs em pacientes que já têm complicações no coração (como colesterol alto e insuficiência cardíaca).
Sim, o Sistema Único de Saúde (SUS) oferece Avastin gratuitamente.
Para conseguir esse direito, o paciente precisa ir até uma unidade básica de saúde e comprovar a necessidade de tal medicamento por meio de um laudo médico.
Após essa comprovação, o Componente Especializado de Assistência Farmacêutica (CEAF), aliado ao Ministério da Saúde irá fazer a solicitação do medicamento para o Ministério Público (responsável pela compra e distribuição do remédio).
Nesses casos, é preciso apresentar uma cotação do medicamento. Para facilitar esse processo, você pode solicitar um orçamento judicial, de forma simples e rápida.
Basta acessar este link e preencher o formulário!
O Avastin pode ser apresentado em frascos-ampolas com 4mL e com 16mL:
*Preços médios consultados em dezembro de 2019. Os valores podem sofrer alteração.
Genérico não, mas há um outro medicamento com o mesmo princípio ativo, o biossimilar Mvasi, que foi aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) no início do ano de 2019. Apesar disso, ele ainda não está sendo comercializado no Brasil.
Avastin é um medicamento usado para combater o câncer e melhorar complicações oculares. Mas, ele pode trazer complicações como perda de peso, dificuldades para respirar, manchas na derme e anemia.
Por isso, evite a automedicação e só utilize Avastin se tiver recomendações médicas. A redação do Minuto Saudável traz outros textos sobre saúde dos olhos. Acompanhe as nossas postagens!!
Dra. Francielle Mathias
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