Muitas pessoas têm dúvidas sobre o uso de medicamentos associados a outras substâncias, por exemplo, a respeito dos riscos envolvidos quanto ao efeito do remédio quando em conjunto com o álcool.
Pensando nisso, separamos algumas informações importantes para você nesse sentido:
Índice — neste artigo você vai encontrar:
Sim. Em primeiro lugar, o perigo se dá pelo fato de que a maioria dos medicamentos é metabolizado pelo fígado, assim como o álcool.
Dessa forma, o uso concomitante das duas substâncias pode causar uma sobrecarga de trabalho para esse órgão tão importante. Como consequência, isso pode potencializar o efeito do remédio e intoxicar o organismo, ou diminuir seus efeitos terapêuticos.
Porém, o mais comum é que o uso do álcool diminua a ação do medicamento, o que consequentemente baixa a eficácia do tratamento.
Esse fator também é influenciado pelos efeitos diuréticos do álcool e sua ação no funcionamento de nosso intestino. Isso porque os medicamentos são eliminados do organismo por meio da urina e fezes.
Nesse sentido, quando o álcool entra no corpo, faz com que nosso intestino funcione de forma diferente do habitual. Além disso, seus efeitos diuréticos aumentam a vontade de urinar.
A partir desses fatores, a medicação acaba sendo eliminada do organismo antes do tempo previsto e isso pode fazer com que ela não tenha os efeitos necessários para o tratamento.
Vale destacar que o álcool também tem efeito depressivo sobre nosso SNC (sistema nervoso central). Por isso, ele pode potencializar a ação de algumas substâncias e causar sintomas como sonolência e/ou elevar o risco de perda da coordenação motora e metal.
De maneira geral, a orientação é não consumir bebidas alcoólicas enquanto estiver fazendo uso de qualquer medicação — considerando que pode afetar o tratamento.
Como mencionado, o álcool pode potencializar a ação da substância medicamentosa no organismo. No caso dos remédios para ansiedade, isso pode acarretar efeitos colaterais como a sonolência, visto que essas medicações atuam diretamente no SNC (sistema nervoso central) e o álcool tem efeito depressor no organismo.
Além disso, os efeitos colaterais do remédio também podem ser potencializados, o que pode ocorrer com qualquer tipo de medicação quando misturada com álcool.
Nesse sentido, a combinação mais explosiva para o corpo é a do álcool com medicamentos do tipo benzodiazepínicos (Diazepam, Alprazolam, etc). Essa mistura desencadeia um efeito sedativo, falta de coordenação e prejuízo da memória, o que aumenta riscos de acidentes.
Por fim, a farmacêutica Francielle Mathias reforça que a orientação sobre poder (ou não) consumir álcool durante o tratamento “em geral, vai depender de cada medicamento” e que “na bula, na parte de interação medicamentosa, a pessoa pode consultar essa informação”.
Mais que isso, é imprescindível seguir as orientações do(a) médico(a) responsável. Lembre que não existem estudos que comprovem a existência de uma dose segura de álcool em conjunto com medicamentos, em especial os antidepressivos.
Na grande maioria dos casos, o uso do álcool em conjunto com medicamentos antidepressivos potencializa o efeito desses remédios. Consequentemente, há uma maior probabilidade de que ocorram efeitos colaterais.
Estão inclusas reações adversas como tontura, náuseas, palpitações e insônia. Em casos mais graves, pode ocorrer parada respiratória, coma e até mesmo levar o(a) paciente a óbito.
Porém, apesar de inibir ou alterar o efeito, no geral, o álcool não corta completamente a ação dos medicamentos antidepressivos. As reações também vão variar conforme a dose diária da medicação e a quantidade de bebida alcoólica ingerida.
Vale destacar que apesar disso, não é recomendada essa associação antes de conversar com o(a) médico(a) responsável — a fim de garantir eficácia no tratamento e evitar exposição a riscos.
Basicamente, para saber se pode (ou não) consumir bebidas alcoólicas junto com determinada medicação, é preciso consultar as orientações da bula ou um(a) especialista.
Mas vale destacar que a grande maioria dos remédios não deve ser associada ao álcool, considerando que independente da medicação, ele altera o funcionamento do organismo e pode ser prejudicial à terapia.
Para ajudar com relação às dúvidas nesse sentido, separamos algumas medicações. Entenda para que servem e se podem, ou não, ser associadas ao álcool:
A substância medicamentosa Metronidazol é o princípio ativo de medicamentos usados para tratar condições como: vaginite, amebíase (infecção do intestino grosso) e outras infecções.
Está disponível em três apresentações diferentes — gel, versão injetável ou comprimido.
Independente da forma de uso, a bula indica que essa medicação não deve ser associada ao álcool de maneira alguma. Dentre os possíveis efeitos colaterais do uso concomitante do remédio com bebidas alcoólicas, estão:
Além disso, a recomendação é esperar no mínimo 1 dias após o fim do tratamento para consumir álcool.
O Dorflex é um medicamento indicado para o tratamento de dores de cabeça e musculares, agindo como um analgésico e relaxante muscular. Isso, devido ao fato de que seu principal ativo é a Dipirona, que possibilita essa ação.
De maneira geral, nem a bula do Dorflex e nem a da Dipirona abordam o uso dessa medicação associado ao álcool. Mas sabe-se que esses medicamentos podem, em alguns casos, provocar desconforto estomacal e irritação, que podem ser agravados com o álcool.
Ainda, quando o álcool entra no organismo já potencializa a ação diurética — aumentando a vontade de urinar. Sendo assim, a medicação tende a ser eliminada mais rápido do corpo e pode não surtir os efeitos desejados.
A Ivermectina é uma substância medicamentosa que atua como princípio ativo em medicações destinadas ao tratamento de condições causadas por vermes ou parasitas — como ascaridíase, escabiose e oncocercose.
De acordo com as informações da bula, não há registros de complicações a partir da associação desse remédio com outras substâncias. Assim, não há informações sobre se pode ou não ser associada ao álcool.
A única indicação é que o remédio deve ser usado com cautela em pessoas que façam uso de drogas que deprimem o SNC (sistema nervoso central).
Sendo assim, para saber com mais precisão, peça orientações ao(à) médico(a).
O Itraconazol é uma substância medicamentosa presente em medicações utilizadas no tratamento de condições causadas por fungos — onicomicoses, candidíase, pitiríase, etc.
Sua bula indica que é uma medicação com alto potencial de interação com relação a outros remédios. Porém, não faz menção ao uso de álcool durante o tratamento.
Entretanto, esse remédio (bem como a maioria) é metabolizado pelo fígado, assim como o álcool. Dessa forma, o uso conjunto das duas substâncias pode sobrecarregar esse órgão e até causar insuficiência hepática (deterioração da função do fígado).
Por isso, o ideal é sempre pedir orientação médica logo no início do tratamento.
Nunca é recomendado misturar antibióticos com bebidas alcoólicas. Mais do que isso, algumas medicações podem carecer de um tempo após o término do tratamento para que seja liberado o uso de álcool.
Isso porque mesmo após terminar de tomar a medicação, algumas substâncias continuam ativas no organismo por mais alguns dias. Como a Azitromicina, por exemplo, que se mantém por 4 dias no corpo após a ingestão.
Sendo assim, como o uso do etanol reduz concentração do antibiótico no sangue, é ideal aguardar esse tempo para manter a eficácia no tratamento.
Esse é um dos motivos para não beber durante a terapia com antibióticos. Além disso, essa associação também pode causar efeitos adversos gástricos, hepáticos (no fígado), etc.
Para saber quanto tempo após terminar o tratamento é permitido beber álcool, converse com o(a) médico(a) responsável pelo seu caso. Considerando que esse fator pode variar de acordo com cada remédio.
Como mencionado, na grande maioria dos casos, não se deve fazer o uso de álcool com medicamentos. Algumas das consequências dessa associação são:
Esses são apenas alguns dos possíveis efeitos colaterais causados pelo uso conjunto de bebidas alcoólicas e substâncias medicamentosas.
Sendo assim, em caso de dúvidas sobre essa associação, busque orientação médica.
Durante o tratamento medicamentoso, nunca é aconselhado utilizar álcool. Porém, algumas pessoas ficam em dúvida com relação a quanto tempo após o tratamento é permitido o uso de etanol sem interferir na terapia.
Isso varia muito entre cada medicação, considerando que essa orientação é dada pensando no tempo em que o remédio fica no organismo. Ou seja, quanto tempo demora para ser eliminado após a sua ingestão.
Nesse sentido, algumas substâncias medicamentosas ficam por mais tempo no corpo, como os antibióticos, por exemplo. Já outras podem ser eliminadas algumas horas ou no máximo um dia após a ingestão.
Sendo assim, apenas as informações da bula e de um(a) profissional poderão indicar de forma exata após quanto tempo tomar o remédio, é permitido ingerir álcool.
Lembrando que não seguir essas orientações pode diminuir a eficácia do tratamento.
A interação do álcool com medicamentos pode causar problemas muito sérios. Por isso, de maneira geral, não se deve nunca fazer um uso concomitante dessas substâncias.
Se tiver dúvidas durante um tratamento, sempre procure ajuda especializada!
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Rafaela Sarturi Sitiniki
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