A sarna é um problema, inicialmente, muito associados aos bichinhos. Cães e gatos, sobretudo os abandonados, são frequentemente acometidos pela doença de pele. No entanto, a condição também afeta os humanos, ainda que, predominantemente, seja por outro tipo de ácaro.
Na Classificação Internacional de Doenças _ CID 10, a sarna está listada sob o código B86. E a seguir você entende melhor sobre o assunto!
Índice - neste artigo você irá encontrar:
A Sarna, também chamada de escabiose, é uma doença de pele contagiosa causada por um parasita, o ácaro Sarcoptes scabiei, que possui variantes canis e hominis. A primeira afeta predominantemente animais, a segunda, os humanos.
Quando entra em contato com a pele, aloja-se no hospedeiro e ali se reproduz.
Os ácaros hominis não vivem mais de 3 dias longe da pele humana, isso porque se alimentam das proteínas da pele, principalmente da queratina. Mas, uma vez alojados na pele, podem viver até dois meses.
Ela pode afetar indivíduos de qualquer sexo e faixa etária, porém é mais comum em crianças. É uma das três doenças de pele mais comuns nessa faixa etária, juntamente com a micose e infecções bacterianas.
Também pode se localizar em qualquer parte do corpo, mas as áreas mais comuns são entre os dedos das mãos e pés, ao redor dos pulsos e cotovelos, nas axilas, na dobra dos joelhos e ao redor da cintura.
Nas crianças pequenas e bebês é mais comum que a doença se prolifere nas regiões da cabeça, pescoço e palmas das mãos.
A doença nada tem a ver com limpeza, pois ela se prolifera principalmente nas zonas sem acesso a água, em climas tropicais e em áreas de grande multidão.
Desde 2010, a escabiose vem afetando aproximadamente 100 milhões de pessoas (1,5% da população mundial).
Apesar do mesmo nome, a sarna que se desenvolve em animais, conhecida como sarna sarcóptica, é diferente da desenvolvida nos seres humanos pois os ácaros de ambas são ligeiramente diferentes.
No entanto, em alguns casos, pode ocorrer a infestação humana pelo ácaro do tipo canis. A pessoa se torna um hospedeiro transitório, logo que o agente não sobrevive muito tempo na pele humana.
Ou seja, apesar de menos comum e limitada, a sarna pode ser uma zoonose, e passar dos animais para os humanos.
A sarna é causada por um ácaro, Sarcoptes scabiei, que se aloja sob a pele do hospedeiro. Entrar em contato com pessoas ou superfícies e objetos infectados é a via de contágio.
Após o ácaro chegar à pele humana, ele inicia sua reprodução. A fêmea penetra no tecido cutâneo, formando uma espécie de túnel para depositar seus ovos.
Depois que os ovos se formam e eclodem, os ácaros que nasceram retornam à superfície do tecido e se espalham para outras áreas do corpo.
Conforme eles se movem, vão deixando para trás as suas fezes, que criam lesões lineares na pele.
A doença é resultado de uma reação alérgica contra o ácaro, seus ovos e as fezes, e ela causa coceiras intensas e borbulhas, como erupções cutâneas.
A sarna é altamente contagiosa e é transmitida através do contato físico entre pessoas ou por meio de objetos contaminados, como lençóis.
Os casos mais comuns são de familiares que vivem na mesma casa ou durante a atividade sexual.
Também pode ser transmitida facilmente em lugares de grande multidão, os exemplos mais comuns são: exército, lares para idosos, creches, presídios e instituições de acolhimento para crianças.
O contato que crianças e adolescentes têm na escola não costuma ser suficiente para transmitir a sarna, mas ainda assim podem haver riscos.
É chamado de escabiose crostosa quando os ácaros se proliferam em grande quantidade pelo corpo, e essa é a forma mais crítica da doença e geralmente está relacionada com a imunossupressão.
Nesse caso, a transmissão fica ainda mais provável, podendo ocorrer em contatos breves, como apertos de mão ou até através de vestimentas, objetos e roupas de cama.
A sarna também pode ser transmitida de um indivíduo para outro mesmo que o hospedeiro ainda não tenha desenvolvido nenhum sintoma da doença.
Não há fatores de risco específicos para a doença, pois ela pode afetar indivíduos de qualquer idade e sexo, porém é mais comum se desenvolver em crianças e bebês.
Indivíduos com imunodeficiência também são mais suscetíveis à sarna.
Após entrar em contato com a sarna, caso nunca tenha passado pela doença antes, os sintomas podem demorar até 6 semanas para aparecerem. Caso já tenha havido uma infecção antes, os sintomas tendem a surgir em até 4 dias.
Os sinais e sintomas mais comuns da sarna são:
As áreas mais comuns para surgir as pápulas são:
Forma mais grave da sarna, se desenvolve quando o organismo do hospedeiro tem um sistema imunológico fraco, geralmente devido a alguma condição médica ou a alta idade.
Nesse caso, os sintomas mais comuns são crostas espalhadas pela pele, que tendem a ser duras, com aparência acinzentada e quebra facilmente quando tocada.
Elas nem sempre causam coceira e podem surgir em mais de uma região do corpo, como couro cabeludo, costas e pés.
Por se desenvolver em indivíduos com baixo sistema imunológico, a escabiose crostosa se multiplica com maior facilidade e em uma velocidade maior.
Quando ocorre em crianças, os sintomas são os mesmo, coceiras e lesões na pele como pontinhos ou bolinhas. Mas as áreas mais comuns de surgimento dessas lesões são:
Bebês quando desenvolvem a doença são geralmente muito irritáveis, insones e apresentam falta de apetite. Crianças também ficam irritáveis e a coceira pode mantê-los acordados a noite.
O diagnóstico da sarna pode ser feito por um médico dermatologista através de um exame físico, onde ele irá inspecionar as áreas afetadas.
Caso ainda não haja sinais da doença, o médico pode colher uma pequena amostra de pele, a qual será examinada para confirmar a presença da bactéria ou seus ovos.
Outras doenças também podem ser associadas à coceiras, como dermatite e impetigo, por isso é necessária a opinião médica.
O tratamento deve ser orientado para eliminar os sintomas e as vias de transmissão. Ou seja, além de medicamentos, é preciso haver uma limpeza dos ambientes e eliminação de possíveis fontes de ácaros.
O tratamento da doença é simples e feito basicamente através de medicamentos, alguns cremes e loções dermatologicamente testadas que tem como objetivo acabar com a infestação pelo parasita.
Geralmente, o paciente aplica o medicamento sobre o corpo após o banho, por alguns dias, deixando agir naturalmente durante a noite e retirando-o no dia seguinte.
É importante que a aplicação seja repetida após 7 dias, para combater os ácaros provenientes dos ovos que ainda não haviam eclodido durante a primeira aplicação.
Os ambientes e objetos devem ser devidamente higienizados, eliminando o ácaros presentes. A lavagem periódica de utensílios, vasos e lençóis e cobertores é fundamental.
Sobretudo em lares compartilhados ou ambientes de convívio comum, como lar de idosos ou escolas, a troca de roupas de cama, toalhas e fronhas é bastante importante.
Se houver animais de estimação, o cuidado com os bichinhos também deve ser constante. Por isso, a higienização dos utensílios deles também é fundamental.
Os medicamentos serão prescritos pelo seu médico dermatologista e alguns deles podem ser recomendados para indivíduos que estiveram em contato com o paciente.
Normalmente, os medicamentos são de uso tópico, ou seja, aplicados na superfície da pele, na região afetada. Mas há também medicamentos em comprimidos, ou seja, via oral.
A escolha depende da avaliação do médico ou médica, podendo ser:
Entre os remédios sistêmicos, por comprimido, há:
Os sabonetes têm o mesmo princípio dos medicamentos de uso tópico, pois são formulados com as substâncias que combatem o ácaro.
Seu uso deve seguir as recomendações do médico ou médica. Entre as opções há:
Os remédios e tratamentos caseiros para a sarna podem facilitar e acelerar a melhoria do quadro.
Mas vale lembrar que eles não substituem o tratamento médico. Por isso, são apenas aliados na melhor evolução do paciente.
Realizar banhos quentes de 2 a 3 vezes por dia, com shampoo e sabonete neutro, pode evitar o crescimento dos ácaros.
Também existem formas de auxiliar no alívio da coceira, como:
Consulte seu médico caso os sintomas persistirem mesmo após quatro semanas de tratamento.
Quando o tratamento for iniciado, é recomendado:
Mesmo após a erradicação do parasita, a coceira pode persistir por algum tempo. Para aliviar a coceira, o paciente pode tomar algumas medidas:
A principal complicação pode ocorrer através da coceira. Coçar as lesões pode causar feridas, o que possibilita que outras bactérias ou vírus adentrem o organismo, causando uma infecção bacteriana.
Quanto a escabiose crostosa, sua complicação se deve ao tratamento, que pode ser mais complicado e demorado.
A única forma de prevenir a sarna é evitando contato direto ou íntimo com um indivíduo infectado com o parasita.
Para prevenir a re-infestação, deve-se lavar e secar todas as roupas pessoais, de cama e de banho que o paciente teve contato no nível mais quente que a máquina permite.
O que não pode ser lavado, deve ser aspirado. Dessa forma, as bactérias que podem ter ficado em algum desses objetos serão eliminadas.
Assim como em humanos, a sarna em cachorro causa bastante coceira e feridas na superfície da pele. É causada pelo ácaro canis. Nos animais, no entanto, há outros tipos de sarna que podem acometê-los.
É uma infecção que afeta somente os ouvidos dos bichinhos. Por isso, a condição é restrita somente aos cães e gatos. Em geral, ela causa uma inflamação na região, podendo ocasionar coceira intensa.
Este tipo acomete os filhotes logo no começo da vida, após o parto ou na amamentação. O ácaro Demodex canis é transmitido e se aloja no pelo dos bichos, mas diferente das outras, a sarna negra não causa coceira em boa parte dos quadros.
Somente se houver uma baixa imunológica ou outras condições que favoreçam a manifestação é que os sintomas aparecem.
Isso faz com que muita gente nem desconfie que o bichinho está infectado.
Apesar de não ter cura, a condição não é contagiosa para humanos.
Após o início da medicação, por segurança, o ideal é manter-se isolado por cerca de 24h a 48h, evitando a transmissão do ácaro. Depois desse tempo, pode ser que as lesões e outros sintomas ainda persistam por mais alguns dias, mas é uma fase de recuperação e cicatrização. Em média, em 14 dias os sinais somem.
A sarna, ou escabiose, manifesta erupções e lesões de pele bastante características, surgindo sobretudo nas mãos, pulsos, axilas, pés, joelhos, cintura e nádegas. Um profissional de saúde saberá identificar com facilidade. A coceira e a irritação cutâneas também são indícios da infecção.
Depende do medicamento e do tratamento complementar. Em média, se o ambiente for bem esterilizado e os ácaros eliminados, em cerca de 10 a 21 dias o medicamento é finalizado e os sintomas de pele apresentam melhoras. O ideal é seguir as orientações médicas.
O vinagre é bastante utilizado em diversos tratamentos e receitas caseiras. Em geral, ele pode ser usado no preparo de substâncias de limpeza. Por exemplo, misturar água e vinagre para higienizar superfícies, sofás ou tecidos.
No entanto, há diversos produtos especialmente desenvolvidos para isso que podem ter bons resultados e não deixar aquele cheiro característico do vinagre.
Na pele, seja de humanos ou animais, a recomendação é utilizar somente os produtos medicamentosos ou específicos para o tratamento. Assim, evita-se o risco de complicações ou lesões de pele.
A sarna é uma doença transmissível, porém fácil de tratar. Compartilhe esse texto com seus amigos e familiares para que eles também possam descobrir como tratá-la!
Rafaela Sarturi Sitiniki
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