Gravidez

Saco gestacional: o que é, quando se forma e problemas comuns

Por Redação Minuto SaudávelPublicado em: 06/07/2021Última atualização: 07/02/2022
Por Redação Minuto Saudável
Publicado em: 06/07/2021Última atualização: 07/02/2022
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Após receber um resultado positivo de uma gestação, o corpo da mulher passa por diversas transformações e mudanças. Logo no início da gravidez, por exemplo, é possível identificar o saco gestacional por meio de um ultrassom. Essa estrutura surge antes mesmo do (a) médico (a) poder visualizar o feto ou escutar seu coração bater. 

Sendo assim, o saco gestacional surge depois da divisão celular que ocorre com a fecundação do óvulo. Ele encontra-se no útero e é responsável por envolver e proteger o bebê durante o seu desenvolvimento inicial (até a 12ª semana) até formar a placenta e a bolsa amniótica. 

Na imagem de ultrassom, o (a) médico (a) consegue ver o saco gestacional, que aparece como uma borda branca ao redor de um centro claro. Assim, o tamanho do saco gestacional varia de 2 a 3 milímetros de diâmetro e é usado como uma forma de confirmar uma gestação e garantir que ela está evoluindo como deveria.

Quando se forma o saco gestacional?

O saco gestacional se forma em torno de cinco a sete semanas após o último período menstrual. Por isso, geralmente fica visível entre a terceira e a quinta semana de gestação por meio de um ultrassom transvaginal.

A ultrassonografia transvaginal tem maior sensibilidade e produz imagens mais nítidas do que a ultrassonografia abdominal. O saco geralmente pode ser visto quando os níveis de HCG (hormônio produzido durante a gravidez) estão entre 1.500 e 2.000.

Durante o ultrassom, o (a) especialista avalia se o saco gestacional está implantado adequadamente no útero, se cresce conforme a gravidez avança, se o contorno e a forma estão regulares e o conteúdo do saco gestacional está adequado.

Mas o bebê só é visualizado no saco após a quinta semana de gestação. Por isso, o fato de visualizar um saco gestacional é um sinal positivo de gravidez, mas não é uma garantia de que a gravidez esteja ocorrendo de forma saudável e que prosseguirá normalmente.

O saco gestacional se forma no início da gestação e vai até a 12ª semana.
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Tabela de tamanhos

O saco gestacional se expande de acordo com a evolução da gravidez. Durante os exames de ultrassons, o (a) médico (a) compara os resultados seguindo um padrão determinado por uma tabela para identificar se está tudo bem.

 A seguir, veja detalhes da tabela de acordo com a semana de gestação:

Idade gestacionalDiâmetro (mm)Variante (mm)
4 semanas5 2 a 8
5 semanas106 a 16
6 semanas169 a 23
7 semanas2315 a 31
8 semanas3022 a 38
9 semanas3728 a 16
10 semanas4335 a 51
11 semanas5142 a 60
12 semanas6051 a 69
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Problemas no saco gestacional

Apresentar um saco gestacional não diz muito sobre a saúde da gestação, nem se um embrião está presente ou não. Em alguns casos, o saco gestacional não é visto durante a ultrassonografia transvaginal. Isso pode ocorrer devido a diversas razões.

Vale destacar que o saco gestacional saudável tem contornos regulares e simétricos e boa implantação no útero. Quando estiver irregular ou com uma implantação baixa, aumentam-se as chances da gravidez não evoluir e ocorrer aborto.

Abaixo, veja detalhes dos problemas que podem ocorrer no saco gestacional.

Saco gestacional vazio

Nesses casos, a situação é chamada de gravidez anembrionária e ocorre quando o óvulo fertilizado se implanta no útero, mas não se desenvolve um embrião. Por conta disso, surge um saco gestacional vazio. Não é comum ocorrer, mas é uma das principais causas de aborto espontâneo durante o primeiro trimestre.

A razão pela qual isso ocorre geralmente é desconhecida, mas pode ser causada devido a anormalidades nos cromossomos do óvulo. É comum que a mulher apresente sintomas de início de gestação como náuseas, vômitos e sensibilidade nos seios. No entanto, quando o embrião para de crescer e os níveis de hormônio diminuem, os sintomas também cessam. 

Em seguida, é comum que ocorram cólicas abdominais e manchas claras ou sangramentos. Frequentemente, o problema é descoberto na primeira ultrassonografia realizada durante uma consulta pré-natal. A ultrassonografia mostrará a placenta e o saco gestacional vazio e o aborto costuma ocorrer naturalmente, mas em alguns casos é preciso induzir com medicação.

É importante lembrar que a maioria das mulheres que passam por isso acaba tendo uma gravidez bem-sucedida no futuro.

Descolamento do saco gestacional

Após o aparecimento de um hematoma no saco gestacional pode ocorrer um descolamento. Essa situação é mais frequente após esforços físicos da mulher, em caso de queda, ou ainda por questões hormonais, hipertensão e uso de drogas ou álcool.

Geralmente, a gestante apresenta alguns sinais como cólica, que pode variar de leve a intensa e sangramentos. Na maioria das vezes, quando o deslocamento é superior a 50%, aumentam-se as probabilidades de abortos espontâneos.

Não há maneiras de prevenir o deslocamento, além de evitar realizar esforços no primeiro trimestre. Porém, quando o (a) médico (a) identificar o descolamento do saco gestacional, ele (a) indicará medicamentos e repouso absoluto da gestante. Em casos mais graves, poderá ser preciso internar a mulher para evitar um aborto ou complicações.

Os riscos de problemas com o saco gestacional são maiores nos três primeiros meses de gestação. Nessa fase há o desenvolvimento do embrião. Por isso, é fundamental realizar o pré-natal com um (a) obstetra para checar se a gravidez está evoluindo bem e evitar complicações tanto para a futura mãe quanto para o bebê.

Gestação ectópica

Uma gravidez ectópica ocorre quando um óvulo fertilizado se implanta fora do útero, geralmente em uma das trompas de falópio ou em outras estruturas, como ovário, colo do útero ou cavidade abdominal. Por isso, o saco gestacional pode ser formado em outras partes do corpo, além do útero.

A gravidez ectópica não é considerada segura para a mãe. Além disso, o embrião não conseguirá se desenvolver até o fim da gestação. Nesses casos, geralmente interrompe-se a gravidez para preservar a saúde da mulher.

Os sintomas mais comuns são: dor pélvica, sangramento vaginal e dor à movimentação do colo do útero. Quando a trompa é rompida, há riscos de desmaios e choque hemorrágico. Geralmente, a gravidez ectópica é identificada por meio de um ultrassom de rotina já no início da gestação.

Estima-se que ocorram duas gestações ectópicas em cada 100 gestações. Por isso, é considerado um problema comum.


Apesar de geralmente a gestação ser sinônimo de alegria, muitas vezes problemas podem acontecer. No entanto, é importante buscar suporte profissional, tanto de um (a) obstetra, quanto de psicoterapia (principalmente, em casos de problemas com a gestação). 

A correta realização do pré-natal é fundamental para preservar a saúde da mãe e do bebê, por isso se informe, siga as orientações médicas, tire suas dúvidas e realize os exames de rotina. 

Aqui no Minuto Saudável, há duas editorias específicas para assuntos da gestação: gravidez ou gravidez mês a mês

Imagem do profissional Karen Rocha De Pauw
Este artigo foi escrito por:

Dra. Karen Rocha De Pauw

CRM/SP: 106923CompletarLeia mais artigos de Dra. Karen
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