Começar a terapia é um importante processo — seja quando há algum diagnóstico psicológico ou quando se deseja apenas encontrar melhores maneiras de lidar com os problemas comuns da vida.

Mas nem sempre é fácil encontrar a linha de terapia certa ou mais adequada. Por isso, é interessante conhecer um pouco sobre como fazer esse caminho! 

Índice — neste artigo você vai encontrar:

  1. Qual a melhor linha de terapia?
  2. Qual o melhor tipo de terapia para ansiedade?
  3. Qual linha de terapia devo procurar?
  4. Como procurar um terapeuta?
  5. Como saber se esta abordagem da psicologia é a melhor para mim?

Qual a melhor linha de terapia?

Não existe uma linha melhor que as outras, pois os resultados dependem muito da adaptação de cada paciente à terapia.

Algumas pessoas podem se sentir desconfortáveis durante o processo de análise da psicanálise, por exemplo, e por isso não conseguir alcançar resultados. Já outras podem se sentir pior em uma terapia altamente diretiva, como é o caso da terapia cognitivo-comportamental (TCC).

Atualmente, a comunidade científica aponta que a terapia cognitivo-comportamental é a que traz mais resultados em pouco tempo. Justamente por ser uma abordagem muito diretiva, a aplicação de técnicas desde as primeiras sessões faz com que os resultados sejam vistos rapidamente.

Ainda assim, não são todas as pessoas que se sentem bem com uma abordagem assim, que segue sessões muito bem estruturadas e que busca resolver problemas específicos.

No fim das contas, a melhor linha de terapia vai depender da adaptação do(a0 paciente e dos objetivos que ele deseja alcançar.


Qual o melhor tipo de terapia para ansiedade?

A ansiedade é caracterizada por crises que são desencadeadas por gatilhos emocionais. Uma terapia que ajude a reconhecer tais gatilhos e ensine técnicas para evitar essas crises seria adequada para lidar com a ansiedade.

Neste sentido, as abordagens terapia cognitivo-comportamental e análise do comportamento são de bastante utilidade, pois são baseadas em técnicas que ajudam a evitar o desencadeamento de crises.

A análise do comportamento se utiliza do condicionamento para ajudar o(a) paciente a se manter equilibrado(a) diante de gatilhos. Uma pessoa com fobia de elevadores, por exemplo, pode ter um ataque de pânico ao precisar usar um elevador.

Na análise do comportamento, terapeutas ajudam o(a) paciente a fazer uma aproximação gradual do elevador, ao mesmo tempo em que trabalha com exercícios de relaxamento. Desta forma, aos poucos, o elevador é associado à sensação de relaxamento, ao invés da sensação de pânico. Esse processo se chama condicionamento respondente.

Já a terapia cognitivo-comportamental pode ajudar a lidar com os gatilhos mentais das crises de ansiedade. 

Quando a crise de ansiedade é desencadeada por pensamentos negativos acerca de si mesmo, como “eu vou falhar” ou “vou passar vergonha”, por exemplo, a TCC pode auxiliar a combater esses pensamentos.

Isso porque a TCC é baseada na estruturação cognitiva, que busca compreender os padrões de pensamento que uma pessoa exibe e identificar as falhas nesses padrões. Tais falhas são conhecidas como pensamentos disfuncionais.

Por meio de técnicas, pacientes conseguem fazer uma reestruturação cognitiva, ou seja, compreender seus pensamentos disfuncionais e substituí-los por pensamentos mais realistas. Desta forma, diminuem as chances de ansiedade desencadeada por pensamentos e crenças disfuncionais.

Qual linha de terapia devo procurar?

A linha de terapia a ser procurada vai depender do objetivo do indivíduo.

As pessoas não procuram terapia apenas porque receberam um diagnóstico de transtorno mental. Existem diversos outros motivos, dentre eles a necessidade de autoconhecimento, a identificação de um comportamento prejudicial, mudanças no estilo de vida (separações, desemprego etc.), luto, entre outros.

Por isso, antes de escolher uma linha, é importante ter em mente quais os objetivos que se deseja alcançar.

Se o objetivo é ter mais autoconhecimento, uma terapia como a cognitivo-comportamental pode ajudar, mas as psicodinâmicas como a psicanálise e a psicologia analítica tendem a ir mais a fundo.

Essas terapias ajudam o paciente a descobrir detalhes de sua história de vida que havia esquecido ou bloqueado da memória para se proteger emocionalmente, mas que ainda afetam seu comportamento e pensamento no momento atual. Para essas abordagens, “encarar” a origem destes sentimentos torna o indivíduo capaz de seguir em frente.

Já quando o objetivo é resolver um comportamento-problema, a análise do comportamento ou a TCC podem ser boas aliadas, pois tem como foco a resolução destes comportamentos-problema.

Ao passar por crises de identidade, por exemplo, abordagens mais humanistas podem ajudar, como é o caso da gestalt-terapia e da abordagem centrada na pessoa, que acreditam no ser humano como um indivíduo livre, capaz de fazer escolhas e dotado de valores que podem guiar suas ações.

Como procurar um terapeuta?

Procurar um terapeuta nem sempre é uma tarefa fácil, mas existem alguns passos que você pode tomar para ajudar nessa busca.

Em primeiro lugar, é possível entrar em contato com um médico ou médica de confiança e pedir uma recomendação.

É possível também pedir indicações para pessoas de confiança, no entanto, um mesmo psicólogo não pode atender pessoas muito próximas, como amigos e parentes que convivem muito intimamente. Nesses casos, é provável que o próprio psicólogo indique outro profissional para o atendimento.

Uma outra alternativa é a clínica-escola das universidades. Faculdades e universidades que ofertam o curso de psicologia possuem uma clínica-escola na qual os estudantes podem estagiar.

Embora seja uma terapia feita com profissionais com pouca experiência, eles possuem supervisão direta de profissionais mais experientes e os atendimentos costumam ser gratuitos ou por um preço acessível.

Além disso, existem os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), que fazem parte do Sistema Único de Saúde (SUS) e oferecem atendimento gratuito.

Se você tem uma linha específica em mente, é possível procurar órgãos representantes dessas abordagens na sua cidade, como por exemplo a Sociedade Brasileira de Psicanálise de São Paulo, a Sociedade Paranaense de Psicodrama (em Curitiba), entre outras.

Essas instituições frequentemente oferecem especialização nas abordagens, bem como uma clínica-escola que oferece atendimento. Além disso, nessas instituições é possível pedir recomendações de terapeutas.

Como saber se esta abordagem da psicologia é a melhor para mim?

A única maneira de saber se uma abordagem da psicologia funciona para você é tentando fazer terapia na abordagem. Contudo, sabendo um pouco sobre cada tipo e seus objetivos com a terapia, fica mais fácil escolher uma.

Se você está em busca de autoconhecimento, abordagens como a psicanálise, psicologia analítica e gestalt-terapia podem ser bastante proveitosas. Nelas, o terapeuta não guia a sessão, de forma que quem comanda o que vai ser falado é quem busca a terapia.

Para algumas pessoas, isso é bom. Para outras, principalmente aquelas com mais dificuldade em se abrir, pode não ser tão proveitoso.

Nesses casos, é interessante buscar uma abordagem com sessões bem estruturadas, como a terapia cognitivo-comportamental ou a análise do comportamento, que utilizam de técnicas bem delineadas para resolver comportamentos-problema.

Apesar de a abordagem mudar o jeito que o atendimento é feito, vários psicólogos ou psicólogas acreditam que a relação entre paciente e terapeuta é ainda mais importante do que a linha seguida.

Sendo assim, às vezes fazer uma terapia em uma abordagem com um(a) terapeuta pode ser benéfico, mas com outro(a) terapeuta na mesma abordagem pode não funcionar.

Por isso, mais importante do que se preocupar tanto com a abordagem, é encontrar um terapeuta bom que faça você se sentir ouvido e acolhido.


Há diferentes linhas de terapia, e a melhor maneira de saber qual a mais adequada para você é conhecendo-as. Saber os seus objetivos e aquilo que te deixa mais confortável é ideal para ajudar na escolha.

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