A psicoterapia está relacionada à busca de autocuidado. Isso é possível, pois, nesse processo, há a possibilidade de descobrir e vivenciar caminhos para encontrar melhores soluções e criar habilidades para lidar com os problemas do cotidiano.
Considerando esse processo, a psicoterapia, além de auxiliar nas dificuldades, possibilita também que haja autoconhecimento.
Com base nisso, as linhas de terapia tem o intuito de, primeiramente, proporcionar bem-estar, promover autoconhecimento e auxiliar no processo de encontrar problemas ou adversidades. Ou seja, todas elas têm o mesmo objetivo, pois levam em consideração as demandas estabelecidas pelo (a) paciente.
Para saber mais sobre as linhas de psicoterapia, qual a melhor para a ansiedade e como procurar um (a) terapeuta, continue acompanhando o artigo!
Índice — neste artigo você vai encontrar:
Apesar de haverem diversas linhas teóricas de terapia, não existe uma melhor do que as outras, pois todas elas visam proporcionar bem-estar, autoconhecimento, empoderamento e fortalecimento da autoestima.
Todas as linhas entendem que a psicoterapia é um local de fala e que, por meio dela, o (a) paciente consegue se conectar com as ideias, muitas vezes, inconscientes e que produzem sintomas. A partir disso, esses (as) pacientes têm uma nova compreensão de seus pensamentos, assim como das emoções atribuídas a eles.
Portanto, dentro da psicologia, há subdivisão das linhas, sendo as psicanalíticas, comportamentais e humanistas.
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Como mencionado anteriormente, não existem linhas melhores de terapia. Todas as psicoterapias visam promover bem-estar, auxiliam no processo de enfrentamento das dificuldades, bem como na construção de habilidades que ajudem nas adversidades.
Porém, abordagens de caráter diretivo ajudam na obtenção de resultados mais rapidamente em algumas situações, pois se baseiam em técnicas pontuais que atingem diretamente os comportamentos a serem trabalhados.
A análise do comportamento se utiliza do condicionamento para ajudar o(a) paciente a se manter equilibrado(a) diante de gatilhos. Uma pessoa com fobia de elevadores, por exemplo, pode ter um ataque de pânico ao precisar usar um elevador.
Na análise do comportamento, terapeutas ajudam o(a) paciente a fazer uma aproximação gradual do elevador, ao mesmo tempo em que trabalham com exercícios de relaxamento. Desta forma, aos poucos, o elevador é associado à sensação de relaxamento ao invés da sensação de pânico. Esse processo se chama condicionamento respondente.
Por outro lado, a terapia cognitivo-comportamental pode ajudar a lidar com os gatilhos mentais das crises de ansiedade. Quando a crise de ansiedade é desencadeada por pensamentos negativos acerca de si mesmo, como “eu vou falhar” ou “vou passar vergonha”, por exemplo, a TCC pode auxiliar a combater esses pensamentos.
Isso é possível porque a TCC é baseada na estruturação cognitiva, que busca compreender os padrões de pensamento que uma pessoa exibe e identificar as falhas nesses padrões. Tais falhas são conhecidas como pensamentos disfuncionais.
Portanto, por meio de técnicas, os (as) pacientes conseguem fazer uma reestruturação cognitiva, ou seja, compreender seus pensamentos disfuncionais e substituí-los por pensamentos mais realistas. Dessa forma, se diminui as chances de ansiedade desencadeada por pensamentos e crenças disfuncionais.
Ao buscar terapia, é importante delimitar os objetivos a serem alcançados. Além disso, algo mais importante do que a linha a escolhida é se identificar com o (a) psicoterapeuta e se sentir à vontade, pois essa relação entre terapeuta e paciente possibilita a evolução e melhora de sintomas.
A seguir, você confere um pouco mais sobre as linhas disponíveis:
Auxilia no entendimento de situações passadas ou má interpretação de situações presentes que causam desconforto ou sintomas somáticos. Essas linhas possibilitam reflexão sobre eventos, autoconhecimento e ressignificação, ou seja, dar outro significado e ter entendimento de diversas situações.
É mais diretiva, pois possibilita a alteração comportamental, quebrando esses padrões que causam sofrimento ao paciente. Além disso, possibilitam também autoconhecimento e ressignificação de eventos.
Enfatiza a aceitação do “eu” e a importância da legitimidade de ser. Essa abordagem se pauta, portanto, na autorrealização e no livre-arbítrio.
Atualmente, vários meios auxiliam na busca de profissionais. Como convênios, consultórios com placas e instagram de profissionais. Além disso, há a possibilidade de os profissionais serem indicados por conhecidos ou, até mesmo, médicos (as).
Uma outra alternativa é a clínica-escola das universidades. Faculdades e universidades que ofertam o curso de psicologia possuem uma clínica-escola na qual os estudantes podem estagiar.
Contudo, embora seja uma terapia feita com profissionais com pouca experiência, eles possuem supervisão direta de profissionais mais experientes e os atendimentos costumam ser gratuitos ou por um preço mais acessível.
Além disso, existem os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), que fazem parte do Sistema Único de Saúde (SUS) e oferecem atendimento gratuito.
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A única maneira de saber se uma abordagem da psicologia funciona para você é tentando fazer terapia na abordagem. Contudo, sabendo um pouco sobre cada tipo e seus objetivos com a terapia, fica mais fácil escolher uma.
Se você está em busca de autoconhecimento, abordagens como a psicanálise, psicologia analítica e gestalt-terapia podem ser bastante proveitosas. Nelas, o (a) terapeuta não guia a sessão, de forma que quem comanda o que vai ser falado é quem busca a terapia. Para algumas pessoas, isso é bom, mas, para outras, principalmente aquelas com mais dificuldade em se abrir, pode não ser tão proveitoso.
Nesses casos, é interessante buscar uma abordagem com sessões bem estruturadas, como a terapia cognitivo-comportamental ou a análise do comportamento, que utilizam de técnicas bem delineadas para resolver comportamentos-problema.
Apesar de a abordagem mudar o jeito que o atendimento é feito, vários psicólogos (as) entendem que a relação entre paciente e terapeuta é ainda mais importante do que a linha seguida. Por isso, mais importante do que se preocupar tanto com a abordagem, é encontrar um terapeuta bom que faça você se sentir ouvido e acolhido.
Há diferentes linhas de terapia, e a melhor maneira de saber qual a mais adequada para você é conhecendo-as. Saber os seus objetivos e aquilo que te deixa mais confortável é ideal para ajudar na escolha.
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Esp. Thayna Rose
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