É comum que com o avanço da idade, a polifarmácia (polimedicação), ou seja, o uso de vários medicamentos ao mesmo tempo, se torne uma rotina para tratamento de condições crônicas de muitas pessoas.
O problema é que o consumo de medicamentos controlados, de venda livre e suplementos podem causar não apenas interação medicamentosa, mas também agravar ou dar origem a outras complicações de saúde perigosas.
Medicamento em excesso pode ser tão perigoso quanto o não tratamento de problemas de saúde, portanto, para saber como evitá-los, continue acompanhando o artigo.
Índice - Neste artigo, você vai encontrar:
Polifarmácia ou polimedicação é o uso de quatro ou mais medicamentos ao dia, de maneira contínua. Esses fármacos podem ser tanto de uso controlado (vendido apenas com prescrição médica), quanto de venda livre, como para dor ou sintomas gripais, por exemplo.
Apesar da associação de vários medicamentos ser importante para o tratamento de algumas condições, ele pode favorecer o surgimento de reações adversas e poli comorbidades. Ou seja, de diversas doenças, como câncer, diabetes, insuficiência renal, entre outros, especialmente em idosos.
Os idosos (65 anos ou mais) se tornam o grupo mais vulnerável à polifarmácia pois são justamente o grupo que demanda o uso de vários medicamentos para tratamento de comorbidades, especialmente crônicas e degenerativas.
A combinação de medicamentos para esse grupo se torna um risco também quando não são bem administrados pelos (as) pacientes ou acompanhados de perto por algum familiar ou enfermeiro.
Por isso, cabe ao (à) médico (a) e farmacêutico (a) bom senso ao prescrever medicamentos, analisando as doenças preexistentes do (a) paciente e possíveis interações medicamentosas.
Esse cuidado pode evitar que o (a) paciente consuma medicamentos de forma desnecessária e levem-o (a) ao adoecimento e a complicações de saúde.
Leia mais: O que é automedicação, causas e quais são as consequências?
Segundo alguns dados, os medicamentos mais consumidos na polifarmácia (polimedicação) anti-inflamatórios (para inflamações) e para tratamento de doenças cardiovasculares, pulmonares, diabetes, osteoporose e Alzheimer.
Os anti-inflamatórios em excesso, por exemplom, causam gastrite, úlceras, insuficiência renal (comprometimento do funcionamento dos rins) e hepatite medicamentosa.
A associação desses ou de outros fármacos podem causar diversas outras complicações, como no sistema cardiológico e neurológico, por exemplo.
Vale lembrar que estamos falando de medicamentos vendidos, na maioria das vezes, sem prescrição médica. Os fármacos de uso controlado podem causar, além de dependência, intoxicação, alergias e comprometimento de diversas funções no organismo, como hematológicas (sangue) e hepáticas (fígado).
A combinação de medicamentos e seu uso excessivo, portanto, merecem maior atenção dos familiares ou dos enfermeiros responsáveis pelo cuidado do (a) idoso (a).
O primeiro passo para uma rotina de polimedicação é deixar os medicamentos à vista, em algum local onde a (o) paciente transite e veja com frequência ao longo do dia, como em cima da cômoda do quarto, ao lado da mesinha de cabeceira ou na estante da sala. Isso pode evitar esquecimentos que são comuns nessa idade.
Para melhor organização e para facilitar a identificação de se o medicamento foi ingerido ou não, armazene-os em porta-comprimidos com marcação para cada dia da semana.
É importante que cuidadores (as) e enfermeiros (as) saibam os horários e a dosagem adequada para cada medicamento e que fiquem atentos (as) ao término de cada um para que o (a) paciente não fique sem seus medicamentos de uso contínuo.
Para facilitar a identificação de qual fármaco dar em cada período do dia, crie um mapa diário, indicando qual deve ser tomado antes ou depois do café da manhã ou antes de dormir, por exemplo.
Caso o (a) paciente não tenha um (a) responsável integral ou um (a) cuidador (a) e enfermeiro (a) com ele (a), é importante repassar essas dicas para que ele (a) consiga administrar sua polifarmácia de forma adequada ao longo do dia e sem complicações.
A desprescrição, ou seja, a redução ou interrupção do uso de medicamentos, é uma forma de diminuir a polifarmácia (polimedicação). A prática é útil quando o (a) paciente ingere medicamentos que podem trazer mais riscos do que benefícios ou que podem agravar condições preexistentes. Portanto, além de evitar riscos desnecessários à saúde do (a) paciente, a desprescrição torna o tratamento mais personalizado.
Ela só deve ser feita por um (a) médico (a), que leva em consideração fatores de risco e complicações possíveis, portanto, jamais pare de consumir seus medicamentos sem orientação do (a) profissional, pois isso também pode agravar seu quadro.
Portanto, além de reduzir a quantidade de medicamentos ingeridos no dia, a desprescrição na polifarmácia (polimedicação) reduz as chances de interação medicamentosa e complicações de saúde acentuadas justamente pelo excesso do uso de medicamentos.
Vale ressaltar que essa mudança é feita aos poucos e com a supervisão médica para evitar quaisquer riscos.
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O notório envelhecimento da população brasileira exige que as autoridades sanitárias e de saúde do país acompanhem esse quadro e criem medidas públicas que conscientizem as pessoas sobre o uso de medicamentos e, até mesmo, como prevenir doenças para que não precise haver o uso de medicamentos futuramente.
A automedicação traz diversos riscos à saúde e compromete fortemente o tempo de vida. Portanto, antes de fazer uso de qualquer medicamento ou caso tenha observado algum sintoma adverso, consulte seu (a) médico (a), pois ele (a) saberá te orientar da melhor forma possível.
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Dra. Francielle Mathias
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