Saúde

Paralisia de Bell: o que é? Veja sintomas e tratamento

Publicado em: 30/06/2017Última atualização: 03/09/2020
Publicado em: 30/06/2017Última atualização: 03/09/2020
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O que é Paralisia de Bell?

A paralisia de Bell é uma paralisia do nervo facial que resulta na inativação dos nervos para controlar os músculos faciais do lado que foi atingido. A doença também pode ser chamada de paralisia facial, mononeuropatia craniana ou paralisia facial periférica idiopática.

Parar de piscar ou piscar de um olho só e parar de sorrir são sintomas que podem ser caracterizados tanto na paralisia de Bell quanto no AVC. Apesar de terem alguns sintomas em comum, as doenças são diferentes: a paralisia de Bell acontece por conta de uma inflamação, enquanto o AVC é advindo de uma lesão cerebral que comanda os nervos do rosto.

A cada 5 mil pessoas, uma é afetada e com o avanço da idade a incidência tende a aumentar significativamente. A paralisia pode afetar pessoas da mesma família, entre 4 e 14% das pessoas da mesma família demonstram o caso. É sabido também que mulheres grávidas e pacientes diabéticos possuem mais chances de adquirirem a doença.

Índice neste artigo você irá encontrar as seguintes informações:

  1. O que é Paralisia de Bell?
  2. Causas
  3. Fatores de risco
  4. Sintomas da Paralisia de Bell
  5. Diagnóstico
  6. Paralisia de Bell x AVC
  7. Tratamento para Paralisia de Bell
  8. Complicações
  9. Convivendo com o problema
  10. Prevenção
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Causas

A paralisia de Bell não possui uma causa exata, mas é possível acreditar que ela é resultado de uma inflamação do nervo facial como resposta a uma infecção viral, ausência de irritação sanguínea ou compressão. Há alguns problemas já conhecidos que podem causar a paralisia, eles são:

  • Mononucleose;
  • Herpes labial, herpes genital e herpes zóster;
  • Gripe;
  • Rubéola;
  • Varicela;
  • Síndrome mão-pé-boca;
  • Papeira;
  • Doenças respiratórias por adenovírus;
  • Infecções por citomegalovírus.
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Fatores de risco

Mulheres grávidas possuem três vezes mais chances de terem a paralisia de Bell do que as não gestantes. A pré-disposição também é maior em pacientes que tenham diabetes, infecções advindas dos rins ou problemas genéticos.

Sintomas da Paralisia de Bell

Os sintomas da paralisia de Bell são fáceis de serem identificados, apesar de serem parecidos com sintomas de AVC e derrame. Os principais são:

  • Fraqueza muscular no rosto, afetando apenas um lado da face;
  • Como está paralisado, o rosto não responde aos comandos, fazendo com que o mesmo fique inclinado;
  • A saliva e bebidas podem cair pelo lado afetado da boca, deixando a pessoa babando;
  • O mesmo problema ocorre ao mastigar, além de que os alimentos podem ficar presos entre os dentes, lábios e gengiva;
  • Podem ocorrer dores de cabeça e ao redor da mandíbula;
  • Ter problemas com a fala, assoprar ou assoviar;
  • Não conseguir manter os olhos abertos ou fechados. Se a dificuldade for ao fechar, pode ocorrer ressecamento dos olhos trazendo danos à córnea;
  • É raro, mas as orelhas e a língua podem ser afetadas, a primeira pode ficar mais sensível e barulhos podem se tornar muito estridentes enquanto a língua pode perder a sensibilidade e não mais sentir o sabor dos alimentos;
  • Enrugar a testa pode se tornar uma tarefa difícil;
  • Em casos raros, a produção de lágrimas e de saliva podem ser alteradas.

A paralisia pode demorar horas ou até mesmo dias para voltar ao normal, isso depende da quantidade do nervo que foi afetado pela infecção viral.

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Diagnóstico

Os médicos que podem diagnosticar a paralisia de Bell são o neurologista e o clínico geral.

Para que o problema seja diagnosticado de forma mais rápida, o paciente pode ir anotando os principais sintomas, há quanto tempo eles surgiram e as suas dúvidas. Além disso, pode fazer perguntas aos seus familiares se mais alguém já teve sintomas parecidos.

Para que o especialista possa dar o diagnóstico correto, é preciso que além da consulta clínica ele faça exames físicos e neurológicos para verificar os músculos faciais. Se mesmo assim não for possível dar o diagnóstico, exames de sangue, tomografia ou ressonância magnética podem ser solicitados.

Paralisia de Bell x AVC

Apesar de os sintomas serem muito parecidos, há algumas diferenças entre as duas doenças. A paralisia de Bell afeta só metade do rosto, podendo paralisar tanto a parte superior quanto a inferior do rosto.

O AVC também paralisa somente metade do rosto, mas a diferença é que ele afeta somente a parte inferior e ainda pode trazer debilitações nos braços e pernas.

A paralisia de Bell ocorre subitamente, trazendo os sintomas da noite para o dia, enquanto em caso de AVC, o problema pode surgir lentamente, demorando semanas ou até meses.

Geralmente, a paralisia de Bell não ocorre em crianças com menos de 10 anos de idade. Se os sintomas aparecerem, consulte um médico imediatamente para que ele identifique o problema o mais rápido possível.

Existem outras causas de paralisia facial periférica que são menos recorrentes que a de Bell. Elas são:

  • Doença de Lyme;
  • Síndrome de Melkersson-Rosenthal;
  • Sarcoidose;
  • HIV;
  • Síndrome de Sjogren;
  • Colesteatoma;
  • Otite média.

Tratamento para Paralisia de Bell

Comumente, os sintomas regressam com o tempo, mas eles costumam demorar até mesmo meses para voltar ao normal. Alguns pacientes optam pelo aceleramento da recuperação com medicamentos, fisioterapia ou cirurgias.

Fisioterapia

Fisioterapeutas podem auxiliar ensinando exercícios e realizando massagem para que os músculos do rosto se recuperem rapidamente.

Cirurgias

Há tempos os médicos faziam a cirurgia de descompressão para aliviar o nervo facial pela abertura da passagem óssea por onde o nervo atravessa. Nos dias atuais esse procedimento não é mais realizado, pois a perda permanente da audição e a lesão do nervo facial eram recorrentes.

A cirurgia plástica pode ser recomendada para tratar problemas crônicos que afetaram o nervo facial.

Medicamentos

Medicamentos analgésicos, antivirais e corticosteroides podem ser indicados para aliviar os sintomas e para fazer com que a recuperação seja feita mais rapidamente. Os medicamentos mais indicados pelos especialistas são:

Não se automedique, só o médico pode indicar qual o melhor medicamento para o seu tratamento.

Como se cuidar em casa

Existem exercícios faciais que podem fazer com que o movimento do rosto volte mais rapidamente. Fazer atividades simples como apertar e relaxar os músculos faciais pode tornar os músculos mais fortes. Massagear as bochechas, testa, lábios com creme ou óleo também ajuda no tratamento.

Realizar esse tipo de atividade faz com que contraturas permanentes dos músculos faciais sejam prevenidos.

Realizar com o dedo o movimento de abrir e fechar a pálpebra do olho afetado para mantê-lo lubrificado. Utilizar um tapa olho durante a noite pode ser uma boa forma de protegê-lo.

Se houver paralisação na boca, restos de alimentos podem ficar presos nessa parte causando cáries ou gengivite, para que isso não ocorra é fundamental fazer a escovação correta.

Aplicar uma toalha úmida embebido em água quente no rosto pode ajudar a aliviar as dores. Utilizar analgésicos também pode aliviar as dores, mas é indicado consultar o médico antes.

Atenção! 

NUNCA se automedique ou interrompa o uso de um medicamento sem antes consultar um médico. Somente ele poderá dizer qual medicamento, dosagem e duração do tratamento é o mais indicado para o seu caso em específico. As informações contidas nesse site têm apenas a intenção de informar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um especialista ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Siga sempre as instruções da bula e, se os sintomas persistirem, procure orientação médica ou farmacêutica.

Complicações

Apesar de os sintomas geralmente sumirem após algum tempo, danos irreversíveis podem ocorrer ao rosto, como a contração involuntária dos músculos. Essa contração pode ocorrer, por exemplo, ao fechar o olho, a boca pode ser puxada levemente para cima como se estivesse sorrindo.

Lágrimas de crocodilo

É caracterizado por lacrimejar o olho afetado involuntariamente, especialmente ao se alimentar, pois os músculos do rosto são movimentados. Isso acontece por conta de um defeito dos nervos.

Lagoftalmo

É a incapacidade de fechar os olhos totalmente, trazendo problemas ao olho, como a secura e em alguns casos, aplicar lágrimas artificiais é contraindicado.

Se não houver cuidado, problemas de visão podem ser irreversíveis.

Sincinesia

A sincinesia é o nome dado para a parte do rosto que se move automaticamente. Quando o olho afetado fecha automaticamente, ou quando há a contração involuntária dos músculos do rosto e do pescoço.

Convivendo com o problema

Existem alguns tratamentos caseiros que ajudam a aliviar os sintomas da paralisia de Bell. Utilizar colírio para o olho seco, fazer massagem facial, e até mesmo a fisioterapia indicada acima. A compressa quente e úmida é indicada para aliviar a dor.

Mesmo que não haja tratamento, 7 a cada 10 pacientes se recuperam totalmente da paralisia de Bell entre 3 semanas e 4 meses. Acredita-se que 7% dos casos podem recorrer dentro de um intervalo de 10 anos. E 3 a cada 100 pacientes sofrem com a paralisia mais de uma vez na vida.

Prevenção

Como não há certeza da causa da paralisia de Bell, não há como preveni-la. O que pode ser feito é evitar as doenças que podem ser causadoras da paralisia facial. É importante prestar atenção nos sintomas caso eles surjam, para que você trate o mais rápido possível e não haja complicações futuras.


Para que mais pessoas se informem sobre a doença, compartilhe com a sua família e amigos! Sempre estamos disponíveis para sanar suas dúvidas!

Referências

https://pt.wikipedia.org/wiki/Paralisia_de_Bellhttp://www.infoescola.com/doencas/paralisia-de-bell/http://www.mdsaude.com/2010/08/paralisia-facial-tratamento-causas.htmlhttp://g1.globo.com/bemestar/noticia/2015/08/entenda-paralisia-de-bell.htmlhttp://paralisia.com/paralisia-de-bell/paralisia-de-bell.htmlhttp://www.paralisiafacial.org.br/conteudo.asp?id=5http://www.manuaismsd.pt/?id=97&cn=908http://www.webmd.com/brain/tc/bells-palsy-topic-overview#2http://www.mayoclinic.org/diseases-conditions/bells-palsy/basics/lifestyle-home-remedies/con-20020529https://en.wikipedia.org/wiki/Bell%27s_palsy#Physiotherapy

Imagem do profissional Rafaela Sarturi Sitiniki
Este artigo foi escrito por:

Rafaela Sarturi Sitiniki

CRF/PR: 37364Farmacêutica generalista graduada pela Faculdade ParananseLeia mais artigos de Rafaela
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