Hiperglicemia é um termo médico designado para a alta taxa de glicose (açúcar) no sangue e, normalmente, afeta as pessoas que sofrem de diabetes, tanto do tipo 1 quanto do tipo 2. O quadro acontece pelo fato do corpo não conseguir remover essa taxa de glicose do sangue e transformá-la em energia, por conta da falta de insulina no mesmo. Além disso, ela possui um desenvolvimento lento, isto é, tem duração de vários dias.
A doença pode ser causada por diversos fatores nem sempre ligados à diabetes e necessita de tratamento para que possa evitar o desenvolvimento de diversas complicações que podem vir a aparecer, como defeitos nos vasos sanguíneos, órgãos e nervos.
A taxa de açúcar no sangue pode ser facilmente consultada através de seu monitoramento a partir do teste de glicose. A taxa normal é de até 110 mg/dL, portanto, ao passar disso, considere-se com hiperglicemia.
São existentes dois tipos de hiperglicemia:
Acontece quando sua taxa de açúcar no sangue está maior do que 130 mg/dL (miligramas por decilitros), medida padrão de um organismo que não recebe alimento e bebida durante um período de 8 horas.
Após duas horas da refeição, a sua taxa de açúcar no sangue deverá estar em, no máximo, 180 mg/dL. Caso ela esteja acima disso, um caso de hiperglicemia pode estar ocorrendo. É importante salientar que pessoas não-diabéticas possuem a taxa de glicose pós-refeição na faixa dos 140 mg/dL.
A hiperglicemia ocorre quando há pouca insulina no organismo de uma pessoa ou quando ele não consegue usá-la da maneira correta. Essa elevada taxa de glicose no sangue se deve, na maioria das vezes, pelo fato da pessoa ser diabética, já que seu organismo não possui insulina suficiente para quebrar as moléculas de glicose e transformá-las em energia para o mesmo.
Nem sempre a condição se deve a essa causa, mas sim a outros três fatores: os gatilhos para a hiperglicemia, determinadas doenças ou, ainda, o uso de alguns medicamentos. Confira abaixo o que caracteriza cada um deles.Algumas situações podem, repentinamente, elevar a sua taxa de glicose no sangue. São elas:
Algumas condições médicas podem ser as responsáveis pelo quadro de hiperglicemia, são elas:
O uso de alguns medicamentos pode aumentar o risco do aparecimento de quadros de hiperglicemia:
Os sintomas da hiperglicemia podem ser divididos em precoces e tardios. Entenda melhor:
Reconhecer os sintomas precoces da doença faz com que ela seja tratada o quanto antes. Esses sintomas são:
Quando a hiperglicemia não é tratada de imediato, ela pode gerar ácidos tóxicos (cetonas) em seu sangue e urina (cetoacidose). Dentre os sintomas dessa condição, estão:
As medidas a serem tomadas podem ser de duas vertentes e irão depender se você é ou não diabético. Veja:
Caso possua um medidor de glicose em casa, faça a autoverificação. Porém, caso não o possua, mas apresente sintomas como aumento de apetite, micção frequente, boca seca e muita sede, procure atendimento médico imediatamente.
Para a consulta, leve consigo as seguintes informações:Se você já foi diagnosticado anteriormente com diabetes, o ideal é que a verificação da glicose seja feita, pelo menos, três vezes ao dia. Caso a sua taxa de glicose esteja acima do recomendado, faça uma visita ao médico e veja com ele o que poderá ser feito para prevenir quadros semelhantes futuramente.
São existentes diferentes tipos de exames de sangue que podem ser solicitados pelo médico especialista clínico geral ou endocrinologista a fim de verificar se você está, ou não, com hiperglicemia. Veja abaixo quais são:
Esse teste visa medir a taxa de glicose presente no sangue em um determinado ponto no tempo. O valor, normalmente, varia entre 70 e 125 mg/dL.
Os níveis normais de glicose no sangue nesse período antes de comer ou beber qualquer coisa desde a noite anterior são inferiores a 100 mg/dL. Acima disso, outras condições de saúde podem estar em jogo:
Usado geralmente para diagnosticar diabetes gestacional, esse teste mede a taxa de glicose no sangue em determinados pontos no tempo, após a ingestão de uma certa quantidade de açúcar pelo paciente.
Esse exame mede o nível de glicose ligado diretamente aos glóbulos vermelhos. A partir dele, pode-se verificar os níveis de açúcar no sangue nos últimos 2 a 3 meses.
Como a hiperglicemia, muitas vezes, está atrelada a um quadro de diabetes, conversar com o seu médico sobre maneiras de controlar a taxa de açúcar em seu sangue é fundamental. Dentre as sugestões que ele pode te dar, estão:
Fazer exercícios regularmente é uma forma muito efetiva para controlar a taxa de glicose no sangue. Porém, se você apresentar quadro de cetoacidose (cetonas em excesso que surgem na urina ou sangue, por conta da insuficiência de insulina), não se exercite, pois a atividade pode elevar ainda mais a glicose em seu organismo.
Se você possui quadros de hiperglicemia de forma recorrente, o seu médico poderá reajustar a dosagem ou o horário em que deverá ser tomada.
Pessoas diabéticas necessitam de uma dieta específica, onde comer menos e evitar bebidas açucaradas ajuda no controle da glicose e muito. Caso você tenha dificuldades para seguir essa dieta, peça a ajuda de seu médico ou, se preferir, de um nutricionista.
Ficar de olho em seu nível de glicose é muito importante. Para isso, pode-se utilizar aparelhos caseiros, não precisando ir até o médico para a avaliação. A verificação se faz mais importante ainda quando você está doente ou desconfiado de um quadro de hipoglicemia ou hiperglicemia.
Um ajuste na dose de insulina ou o uso de um suplemento de insulina de ação curta pode ajudar no controle da hiperglicemia. Converse com o seu médico sobre essas opções.
Atenção!
NUNCA se automedique ou interrompa o uso de um medicamento sem antes consultar um médico. Somente ele poderá dizer qual medicamento, dosagem e duração do tratamento é o mais indicado para o seu caso em específico. As informações contidas nesse site têm apenas a intenção de informar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um especialista ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Siga sempre as instruções da bula e, se os sintomas persistirem, procure orientação médica ou farmacêutica.As complicações de um quadro de hiperglicemia podem ser classificadas em dois grupos: as emergenciais e as de longo prazo. Saiba o que é cada um deles:
Quando a sua taxa de glicose no sangue está muito elevada ou persiste por um longo período de tempo, duas complicações emergenciais podem surgir:
Se não tratada, a hiperglicemia pode causar diversas complicações ao longo do tempo:
Referências
http://www.medicinenet.com/hyperglycemia/article.htmhttp://www.your.md/condition/hyperglycaemiahttp://www.webmd.com/diabetes/guide/diabetes-hyperglycemia#1https://www.tuasaude.com/hiperglicemia/https://www.bd.com/brasil/diabetes/page.aspx?cat=19151&id=63815http://www.diabetes.org.br/para-o-publico/hiperglicemiahttps://en.wikipedia.org/wiki/Hyperglycemiahttp://www.mayoclinic.org/diseases-conditions/hyperglycemia/basics/definition/con-20034795http://www.apdp.pt/diabetes/a-pessoa-com-diabetes/hiperglicemiahttp://fransmoribe.blogspot.com.br/2011/03/diabetes-x-candidiase.htmlhttp://www.mundoboaforma.com.br/hiperglicemia-o-que-e-quais-sao-os-sintomas-e-o-que-fazer/#
Rafaela Sarturi Sitiniki
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