Junho Vermelho é uma campanha de conscientização sobre o ato de doar sangue: um gesto simples, rápido e praticamente indolor. Para quem realiza a ação, as mudanças podem ser pequenas, mas para quem recebe pode significar tudo: mais uma vida salva.
Aliás, uma não. A cada doação de sangue até 4 vidas podem ser salvas.
Pelo fato do sangue ser insubstituível à vida, as pessoas que por algum motivo, como acidentes ou doenças, precisam repô-lo ficam dependentes da solidariedade dos doadores.
No Brasil, existem 107 hemocentros e segundo dados do Sistema de Informação Ambulatorial do Sistema Único de Saúde (SUS), entre janeiro e setembro de 2021 cerca de 2,2 milhões de bolsas de sangue foram preenchidas.
Mas o número de voluntários dispostos a doar ainda não é o ideal para que os estoques estejam sempre abastecidos.
Para evitar que os hemocentros cheguem em um estado de emergência, campanhas são feitas para conscientizar as pessoas, sendo uma delas o Junho Vermelho.
A seguir, explicamos o que é a campanha e sua importância para que mais pessoas sejam voluntárias. Confira e ajude a fazer o bem!
A campanha Junho Vermelho é uma ação anual voltada à conscientização da população sobre a importância de doar sangue.
Ganhando mais espaço a cada edição, o Junho Vermelho conta com uma crescente adesão dos meios de comunicação, levando mais informação às pessoas interessadas em colaborar.
A data tem um motivo: no dia 14 de junho se comemora o Dia Mundial do Doador de Sangue, uma data definida pela Organização Mundial da Saúde (OMS), em homenagem ao nascimento do imunologista austríaco Karl Landsteiner, responsável por descobrir os tipos sanguíneos.
Mas não é só isso.
A campanha acontece justamente em uma época do ano em que as doações de sangue caem. Pois, devido às baixas temperaturas, a frequência pode reduzir-se à metade.
Por isso, as ações propostas durante o mês são extremamente importantes e valem para todo o ano.
Para que nunca houvesse a necessidade de campanhas de emergência, seria preciso que pelo menos 3,5% da população saudável brasileira doasse sangue, sendo que o ideal fica em torno dos 5%.
No Brasil, apenas 1,8% da população se dispõe à doação de sangue voluntária e regular.
A medicina, ao longo da história, evoluiu ao ponto de descobrir tratamentos alternativos capazes de melhorar e substituir procedimentos. Com isso, é possível salvar muitas vidas com mais facilidade e até mesmo com menos recursos.
São vários os medicamentos, cirurgias, exames e terapias inovadoras, contudo, ainda existem coisas que não puderam ser reproduzidas e um exemplo disso é o sangue.
Um paciente que precisa de uma transfusão ou que perdeu muito sangue, por exemplo, depende apenas da doação de alguém que tenha um tipo compatível.
Por isso, a doação é tão importante, pois essa solidariedade é o recurso capaz de salvar vidas, de forma simples e rápida.
O sangue doado é usado em tratamentos de pacientes com câncer, que possuem doenças crônicas, em cirurgias e em atendimentos de emergência, por exemplo.
Leia também: Quanto tempo depois da vacina ou da Covid-19 pode doar sangue?
A doação começa a partir da coleta de sangue de um (a) doador (a) voluntário (a), feita nas unidades de coleta espalhadas pelo Brasil que podem ser verificadas no site do Ministério da Saúde.
No entanto, antes de acontecer a coleta, o (a) voluntário (a) passa por uma entrevista de triagem, avaliando se ele (a) cumpre os requisitos para a doação.
Após isso, se a pessoa cumpre os requisitos e está liberada para doar, inicia-se a coleta feita com um profissional do hemocentro.
O procedimento é simples e se sente apenas a picada de agulha no braço, bem semelhante a um exame de sangue comum.
Em uma pessoa adulta, que possui em média 5 litros de sangue, são coletados no máximo 450mL. É uma quantidade considerada pequena, mas o suficiente para ajudar quem tanto precisa.
Contando com a entrevista de triagem, cadastro, avaliação de sinais vitais, testes para anemia, coleta de sangue e o lanche oferecido após a doação, estima-se que todo o processo dure cerca de 40 minutos.
Para o organismo repor o volume de sangue doado também é bem rápido, ocorrendo dentro das primeiras 24 horas após a doação.
Entre uma doação e outra, é preciso ter um intervalo de 2 meses para homens (com um máximo de 4 doações anuais) e 3 meses para as mulheres (com um máximo de 3 doações anuais).
Existem alguns requisitos para a doação de sangue, estabelecidos para a segurança de quem doa e de quem recebe a transfusão, e, visam evitar a transmissão de doenças, sobretudo porque o organismo de quem recebe o tecido está fragilizado.
Entre as restrições temporárias estão os casos de pessoas com febre, com doenças virais, como por exemplo gripe e resfriado e que tiveram diarreia recentemente. Ainda, é necessário esperar 7 dias para doar após a extração de siso e 12 meses após fazer tatuagem e micropigmentação.
Ainda, grávidas e puérperas (mulheres que se encontram no período entre 45 a 60 dias após o parto) não podem doar.
Além disso, alguns critérios devem ser avaliados:
Para a doação não é necessário nenhum preparo especial. Além disso, não é preciso estar em jejum, mas como mencionado anteriormente, é recomendado evitar consumir alimentos muito gordurosos nos momentos que antecedem a coleta.
Após a doação, no entanto, os seguintes cuidados devem ser feitos:
Leia também: Quem tem tatuagem pode doar sangue?
Buscamos mostrar no artigo a importância da doação de sangue e promover a campanha Junho Vermelho. A generosidade no gesto é capaz de transformar e salvar vidas.
Você já doou ou recebeu uma doação de sangue? Conte pra gente e compartilhe com mais pessoas essas informações!
Continue acompanhando o site e as redes sociais do Minuto Saudável para mais conteúdos sobre campanhas de conscientização, saúde e bem-estar.
Rafaela Sarturi Sitiniki
Compartilhe
Somos uma empresa do grupo Consulta Remédios. No Minuto Saudável você encontra tudo sobre saúde e bem-estar: doenças, sintomas, tratamentos, medicamentos, alimentação, exercícios e muito mais. Tenha acesso a informações claras e confiáveis para uma vida mais saudável e equilibrada.