Aproximadamente 70% da população brasileira com mais de 40 anos sofre com algum problema na coluna — entre eles, a hérnia de disco. Esse distúrbio acomete em torno de 15% da população mundial.
Considerando a grande abrangência dessa doença, separamos algumas informações importantes (causas, sintomas, tratamentos, etc). Confira a seguir:
Índice — Saiba o que tem neste artigo:
Nossa coluna vertebral é composta por diversas vértebras que contêm, em seu interior, um canal para passar a medula espinhal ou nervosa. Então, entre as vértebras (cervicais, lombares ou torácicas) temos discos intervertebrais.
A função dos discos é proteger as vértebras do atrito e amortecer o impacto. Sendo assim, devido ao tempo e o uso excessivo/indevido, ocorre um desgaste dessas estruturas.
A partir daí é que se dá a formação da hérnia de disco. O processo ocorre da seguinte forma: parte do disco sai da posição normal e, então, comprime (aperta/espreme) as terminações nervosas que vêm da coluna vertebral.
O problema aparece, geralmente, na região lombar ou cervical — considerando que estão constantemente sujeitas a movimentações e suporte de peso. Com isso, é comum que as pessoas tenham dor nas costas e mais sensibilidade na coxa, perna ou no pé.
Entendemos como se dá a hérnia de disco. Entretanto, vale esclarecer o que são estas estruturas tão importantes: os discos intervertebrais.
Os discos intervertebrais possuem uma forma de anel e são constituídos de tecido cartilaginoso, sendo assim, são elásticos/flexíveis. Essa parte é a que compõe o exterior do disco e é ela que facilita movimentos de flexão, extensão e rotação do tronco.
Já a parte interna desse “anel” é chamada de núcleo pulposo (ou líquido viscoso). Trata-se da parte responsável pelo amortecimento e proteção de pressões ou torções diárias.
A hérnia de disco pode ter três tipos diferentes. Eles diferem, principalmente, quanto à intensidade da lesão. Veja, a seguir, cada um dos tipos e suas características:
Quando a hérnia de disco é do tipo protusa, trata-se de um caso em que o disco se alarga, mas ainda mantém o líquido gelatinoso no seu centro. Ou seja, caracteriza o início da degeneração do disco e inicia o comprometimento de suas funções principais (amortecimento e flexibilidade).
Nesse caso, o disco fica mais volumoso e sua parte externa (cartilagem) fica mais larga que o diâmetro normal. Então, esse “excesso” pode tocar em áreas com muitas terminações nervosas. Com isso, surgem as dores e — em alguns casos — incapacidades motoras.
A hérnia de disco extrusa é uma condição ortopédica que ocorre quando há o rompimento do disco intervertebral. A partir disso, o conteúdo gelatinoso interno (núcleo pulposo) sai por meio de uma fissura na membrana.
Ou seja, neste caso o núcleo se desloca de seu local de origem e comprime as raízes nervosas.
Quando a hérnia de disco é caracterizada como sequestrada, trata-se de um caso bastante avançado da doença. Nessa condição, a parede do disco se rompe e o líquido gelatinoso vai para o meio externo (canal medular), deslocando-se para cima ou para baixo.
Ainda, além de pressionar as terminações nervosas, provoca uma inflamação e pressão contínua. Neste caso, trata-se da chamada “dor química”, pois o núcleo pulposo possui propriedades químicas ácidas, que provocam uma dor muito intensa.
É comum que pacientes com hérnia de disco em condição sequestrada mantenham uma postura curvada — inclinando o corpo a fim de encontrar uma posição menos desconfortável.
A coluna é a estrutura responsável pelo equilíbrio do sistema musculoesquelético, estabiliza o corpo humano e permite a distribuição de forças para a realização de movimentos cotidianos.
Majoritariamente, os problemas na coluna vertebral estão associadas à predisposição hereditária.
Fatores externos, como o desalinhamento da coluna (má postura) ou traumas/lesões, são também responsáveis por uma grande parcela dos distúrbios, incluindo a hérnia de disco.
Apesar disso, existem também alguns outros fatores que podem influenciar no aparecimento da doença, tais como:
Dessa forma, é possível ter atenção com relação a atitudes diárias que podem ser cruciais para prevenir o aparecimento dessa patologia.
A hérnia de disco pode manifestar-se na região lombar ou cervical. Apesar de seu principal sintoma ser uma dor intensa, há algumas manifestações específicas em cada uma das áreas afetadas. Confira:
Quando a hérnia acomete a região cervical, ela afeta a região do pescoço. Sendo assim, os sintomas mais comuns incluem dor na região, dificuldade em mexer o pescoço ou levantar os braços.
Também pode ser que, em alguns casos, haja dores de cabeça e formigamento nos braços ou nas mãos em alguns momentos.
Ao atingir a região lombar, a hérnia provoca dores na própria lombar ou no quadril em geral. Os sintomas mais comuns são dores na região afetada (geralmente na parte mais baixa das costas) e dificuldade para realizar movimentos (abaixar, levantar, virar-se na cama).
Além disso, algumas pessoas também podem sofrer com dores nas coxas, pernas ou pés e apresentar dormência nos glúteos.
Por fim, é bastante normal que em alguns momentos haja uma forte queimação no trajeto do nervo ciático (vai da coluna até os pés).
A hérnia de disco da região torácica atinge a parte central da coluna vertebral. Por isso, seus sintomas mais comuns são: dores na região central das costas (causando dor nas costelas), dor para respirar ou ao realizar movimentos com o tórax.
Algumas pessoas também podem sofrem com dores abdominais e até com incontinência urinária e fecal (quando a hérnia estiver na região torácica baixa).
A hérnia de disco é ocasionada por um deslocamento parcial ou completo do núcleo pulposo (parte interna do disco intervertebral). Essa alteração pode provocar dores intensas na região cervical (pescoço), torácica ou lombar. Também é comum que pacientes apresentem dormência ou fraqueza nos braços ou pernas.
Vale destacar que, ao apresentar um ou mais sintomas, é imprescindível buscar um(a) profissional especialista — a fim de realizar um diagnóstico correto.
Quase sempre os tratamentos para a hérnia de disco não são invasivos. As indicações médicas incluem, geralmente, fisioterapia e uso de medicação — tais como analgésicos, anti-inflamatórios, relaxantes musculares. Em alguns casos mais raros, podem ser necessárias intervenções cirúrgicas.
A seguir, confira alguns dos tratamentos possíveis para essa patologia:
Para realizar um tratamento adequado para o seu problema, é muito importante realizar um acompanhamento médico. Assim, o(a) profissional poderá indicar a medicação mais adequada. Entre as mais comuns estão:
Vale destacar que a automedicação não é recomendada em nenhum caso.
O tratamento com a fisioterapia é o mais recomendado para a hérnia de disco e pode variar conforme o estágio da doença. Em geral, são utilizadas técnicas como:
É essencial realizar um acompanhamento com um(a) profissional especializado(a), a fim de realizar o tratamento mais indicado para seu caso e fazer isso de forma segura.
A quiropraxia é uma terapia que visa tratar desordens no sistema neuro-músculo-esquelético, abrangendo problemas nos tendões, ligamentos, etc. Nos casos de hérnia de disco, é possível que a equipe médica aprove e recomende o tratamento com um(a) quiropata.
O tratamento consiste em realizar manobras no(a) paciente deitado(a) ou sentado(a) em uma maca ou tatame. Normalmente, as sessões duram de 15 a 30 minutos e a quantidade necessária varia conforme cada caso. Ainda, o preço da sessão pode variar entre R$100 e R$300.
Confira, a seguir, alguns dos benefícios da técnica para o tratamento da hérnia de disco:
Para realizar o tratamento com quiropraxia, é indispensável a indicação e liberação médica.
Leia mais: Quiropraxia: o que é, para que serve e valores
A cirurgia é indicada apenas em casos mais graves da doença. Ou seja, quando os tratamentos convencionais não aliviam os sintomas (dor, limitações de movimentos, etc).
Dessa forma, a fim de que o(a) paciente tenha uma boa qualidade de vida, a equipe médica responsável pode recomendar a intervenção cirúrgica.
Existem dois tipos de cirurgia: a primeira e mais comum é pouco invasiva, consiste apenas em remover o pedaço do disco que está comprimindo e causando inflamação nas terminações nervosas.
Já a segunda, indicada em casos mais raros, trata-se de uma operação maior em que pode ser necessário o uso de pinos (parafusos) ou outros implantes.
Vale destacar que a cirurgia na coluna vertebral é bastante delicada, considerando que um erro pode trazer consequências irreversíveis. Por isso, só é indicada como último recurso.
Em alguns casos, sim. Há uma ampla gama de tratamentos disponíveis, entretanto, não são todas as pessoas que apresentam uma melhora completa.
Isso pois, em alguns casos, a hérnia de disco só pode ser curada a partir de um procedimento cirúrgico — o qual nem todos os pacientes querem ou podem realizar. Entretanto, se a doença for identificada em sua fase inicial, as chances de cura aumentam (sendo possível através de procedimentos não invasivos).
Por isso, é essencial manter um acompanhamento com profissionais especializados(as) a fim de monitorar o avanço da doença e realizar um tratamento adequado e seguro.
Além disso, mesmo que o paciente não se livre totalmente da doença, um tratamento realizado de maneira correta pode proporcionar uma boa qualidade de vida. Inclusive, muitas vezes a doença se torna assintomática (sem sintomas).
A hérnia de disco pode ser considerada como grave quando é do tipo “extrusa” ou “sequestrada”. Isso porque, nesses casos, o disco já está muito ou completamente deformado, o que aumenta as inflamações e pode fazer com que o líquido gelatinoso entre em contato com o canal medular — causando dores intensas.
Sendo assim, considerando o avanço da doença, se não tratada corretamente, seus sintomas também tendem a aumentar. Isso pode causar limitações motoras e até incapacitação de alguns membros.
Além de serem uma boa forma de prevenção para problemas na coluna, os exercícios físicos também podem ser aliados de pessoas portadoras de algum distúrbio — tais como a hérnia de disco.
Especialmente com relação à essa doença, existem alguns exercícios mais indicados:
Vale destacar que qualquer um dos exercícios deve ser praticado sempre com acompanhamento de profissionais especializados(as), a fim de evitar lesões e trazer melhorias ao paciente.
Leia mais: Pilates: Para que serve?
A hérnia de disco é uma doença muito comum, que acomete milhões de brasileiros todos os anos. Essa doença pode causar muita dor e até limitações diárias, por isso, ao apresentar algum dos sintomas é muito importante buscar ajuda médica.
Dessa forma, com um diagnóstico correto, é possível realizar um tratamento eficaz e evitar problemas ou limitações decorrentes da doença.
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Rafaela Sarturi Sitiniki
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