A hanseníase é uma doença infecciosa que está entre as prioridades de diagnóstico e tratamento do Ministério da Saúde. A condição afeta sobretudo a pele e os nervos, fazendo com que surjam sinais e sintomas bem característicos.
Antes, ela era também chamada de Lepra, mas o termo caiu em desuso. Entender a condição e disseminar informações sobre o tratamento é a melhor opção para reduzir o preconceito e sofrimento de pacientes.
Índice — neste artigo você vai encontrar as seguintes informações:
A hanseníase é uma doença infecciosa causada pela bactéria Mycobacterium leprae, ou bacilo de Hansen, que lesiona os nervos periféricos e diminui a sensibilidade da pele. Ela era também conhecida por lepra, mas a hoje já não se usa mais essa designação.
Geralmente, o distúrbio ocasiona manchas esbranquiçadas em áreas como mãos, pés e olhos, mas também pode afetar o rosto, as orelhas, nádegas, braços, pernas e costas.
É importante destacar que a hanseníase tem cura. E quanto antes o diagnóstico for realizado e o tratamento começar, melhores são os resultados.
Isso, porque a demora em buscar ajuda pode desencadear problemas ao paciente ou a transmissão da bactéria para indivíduos de convívio próximo.
Tudo é feito por meio de medicamentos disponibilizados pelo SUS, e não há necessidade do isolamento!
A hanseníase detém o título de uma das doenças mais antigas da história da humanidade, com relatos que datam até 1350 a.C. O registro oficial aconteceu somente em 1873, pelo médico norueguês Gerhard Armauer Hansen, responsável pela identificação do bacilo causador da doença.
Antigamente, por falta de conhecimentos específicos, a doença carregava um grande preconceito, associando os portadores ao pecado, à impureza e a desonra.
Com isso, o tratamento dos pacientes consistia em excluí-los da sociedade, impedindo-os de visitar ambientes sociais, como igrejas e escolas. Além disso, havia uma espécie de marcação, em que quem tinha a hanseníase era obrigado a usar roupas e luvas específicas e carregar sinos que anunciavam sua presença.
No Brasil, até 1962, a política visava afastar os portadores da doença ao obrigá-los a se isolar em locais chamados de leprosários e queimar todos seus pertences.
Após a internação compulsória deixar de ser obrigatória, a Organização Mundial da Saúde passou a recomendar o tratamento com a poliquimioterapia, que se trata do uso de antibióticos oferecidos gratuitamente para todos os pacientes do mundo.
O avanço das descobertas e o fornecimento da cura da hanseníase fez 5,4 milhões de casos registrados em 1985 se reduzirem a pouco mais de 200.000, em 2008.
Atualmente, a prevalência da doença está diretamente ligada a condições precárias de higiene, afetando regiões mais carentes, como Brasil, Índia, Madagascar, Moçambique, Miamar e Nepal.
O Brasil é o país com maior número de casos de hanseníase na América Latina, com o valor estimado de mais de 33 mil doentes, e o segundo no mundo, ficando atrás apenas da Índia.
Celebrado sempre no último domingo de janeiro, o Dia Mundial Contra a Hanseníase teve sua origem através do jornalista francês Raul Fourreaux, que, em 1954, motivou a Organização das Nações Unidas (ONU) a lembrar sobre a doença até o dia em que a cura estivesse acessível a todos.
A data tem como objetivo reduzir o preconceito contra os portadores da doença, que ainda sofrem com julgamentos baseados em informações ultrapassadas. Assim, são intensificadas ações de assistência ao redor do mundo, na intenção de evitar o contágio e conscientizar sobre os tratamentos e cura disponibilizado aos pacientes.
Além disso, no dia 31 de janeiro, é o Dia Nacional de Combate e Prevenção da Hanseníase, data instituída pela Lei nº 12.135/2.009.
Os tipos de hanseníase são classificados de acordo com a resposta do organismo à presença da bactéria. A doença se apresenta em quatro formas clínicas: indeterminada, tuberculoide ou paucibacilar (com poucos bacilos), borderline ou dimorfa e lepromatosa ou multibacilar (com muitos bacilos).
Entenda melhor:
A Hanseníase indeterminada é a fase inicial da doença, que espontaneamente evolui para cura, por conta do sistema imunológico ser capaz de combater a bactéria. Em geral, ocorre apenas uma pequena mancha na pele, hipopigmentada ou avermelhada com distúrbio de sensibilidade e bordas levemente elevadas. Representa 90% dos casos, normalmente em crianças.
Quando a hanseníase começa nesse estágio, somente 25% dos casos evoluem para outras formas mais graves, o que pode ocorrer entre 3 a 5 anos.
A hanseníase paucibacilar é a forma mais benigna e localizada, que ataca os indivíduos com alta resistência ao bacilo de Hansen. O sistema imunológico não consegue destruí-lo, porém também não permite que se espalhe pelo corpo.
Esse tipo é caracterizado pela presença de poucos bacilos, que podem não ser detectados quando são retiradas amostras das lesões. A doença não é contagiosa nesse estágio.
Como na forma indeterminada, as lesões que se manifestam na hanseníase paucibacilar são hipopigmentadas ou avermelhadas.
As manchas são poucas, ou únicas, de limites bem definidos, pouco elevados e dormentes, que podem causar dor e atrofiar os músculos próximos, geralmente em quantidades mínimas.
A Hanseníase borderline ou dimorfa é uma forma intermediária da doença que resulta de uma imunidade também intermediária. Há mais manchas na pele que podem atingir grandes áreas da pele, envolvendo partes da pele sadia. Acomete os nervos próximos às lesões, podendo ocorrer neurites agudas de grave prognóstico.
Manifestação grave e contagiosa da doença, caracterizada pela presença de 6 ou mais lesões de pele com muitos bacilos. A hanseníase multibacilar se apresenta quando o paciente possui o sistema imune incapaz de controlar a proliferação da bactéria, por isso há amostras positivas para o bacilo de Hansen.
Formam-se várias lesões avermelhadas, elevadas, e, em casos graves, há o aparecimento de nódulos que podem ser deformantes. Os inchaços são generalizados e há erupções cutâneas, dormência e fraqueza muscular.
Geralmente, atingem o lobo das orelhas e o cotovelo, mas o nariz, rins e órgãos reprodutivos masculinos também podem ser afetados.
Pode-se considerar a Hanseníase virchowiana o tipo mais grave da doença, pois a imunidade da pessoa infectada é nula. Isso faz com que a bactéria consiga se multiplicar muito rapidamente. É comum que ocorram traumatismos ou feridas mais intensas nas mãos e pés devido à anestesia que ocorre nos membros.
Desde 1976, o Brasil adotou uma nova terminologia para a doença que, até então, era chamada de lepra. O objetivo, em geral, é acabar com o estigma que a doença carrega, fazendo com que a sociedade entenda-a como algo tratável e curável. Para isso, o governo brasileiro investe em campanhas que adotam a hanseníase e trazem informações claras e objetivas.
A hanseníase é uma doença causada pela bactéria Mycobacterium leprae, ou bacilo de Hansen, um parasita que atinge especialmente as células da pele e células nervosas. A bactéria penetra o organismo por meio das vias respiratórias ou secreções como a saliva, sendo transmitido da mesma forma, até se instalar nos nervos periféricos e na pele.
O tempo de incubação é lento, levando da contaminação até o surgimento dos sintomas, em média, de dois a cinco anos.
A contaminação do vírus pode ocorrer a partir da exposição das condições higiênicas inadequadas ou do contato íntimo com o portador sem tratamento.
Dentre as pessoas que abrigam o bacilo, há situações em que o sistema autoimune apresenta resistência, consistindo nos casos com número baixo de bactérias, incapaz até mesmo de transmitir para outras pessoas. Essa forma é descrita como paucibacilar, e às vezes pode chegar a se curar espontaneamente.
No entanto, os casos multibacilares são potenciais fontes de transmissão. Um número menor de indivíduos apresenta reduzida ou inexistente imunidade à bactéria, que se multiplica em seu organismo e pode infectar outras pessoas.
Conheça as formas de transmissão:
A transmissão da doença ocorre a partir do contato com o paciente infectado que não está sob tratamento. As bactérias são eliminadas e transmitidas através do aparelho respiratório em meio as secreções nasais, gotículas de saliva, tosse e espirro, tal como na tuberculose.
Entretanto, a hanseníase não é transmitida com tanta facilidade como resfriados, pois depende do contato íntimo e prolongado, como familiares e amigos que dividem a mesma casa.
Acredita-se, também, que possa haver transmissão através das feridas na pele. Porém, deve-se lembrar que se o portador de hanseníase estiver realizando o tratamento quimioterápico não há risco de transmissão.
A manifestação da doença na pessoa infectada dependerá do sistema imunológico do indivíduo, que pode ser exposto ao bacilo e ser capaz de dizimá-lo antes que cause a hanseníase. O período de incubação é de 2 a 5 anos.
Embora seja raro, existem espécies de animais que carregam a bactéria e podem transmiti-las a humanos. Pesquisas apontam que cerca de 60% dos tatus que vivem nas florestas do oeste do Pará podem estar contaminados com Mycobacterium leprae. Assim, manipular esses animais pode causar a infecção.
Outros animais que podem ser vetores são:
A hanseníase pode atingir pessoas de todas idades e de ambos os sexos, mas observa-se maior incidência em homens do que em mulheres. Crianças são mais propensas a adquirir a doença, no entanto, como demora a se manifestar, é comum ter mais casos relatados em adultos. Menores de quinze anos adoecem mais quando a hanseníase é endêmica em sua região.
Contato íntimo e prolongado com portadores sem tratamento é descrito como o principal fator de risco, porém também há existência de outros, como:
A doença está associada a condições sanitárias insuficientes, falta de higiene, condições precárias de saúde e habitação precária. Ambientes sujos, quentes e úmidos são ideais para a sobrevivência do bacilo, por isso é comum em países com clima temperado, subtropical ou tropical, como o Brasil.
As pessoas em maior risco são aquelas que vivem nessas regiões, principalmente onde a hanseníase é endêmica, como partes da Índia, China, Japão, Nepal, Egito, entre outros. Além disso, um número elevado de pessoas convivendo em um mesmo ambiente influencia o risco de adoecer.
Pessoas que lidam diariamente com certos animais que transportam a bactéria estão em risco de também adquiri-la, especialmente se não usar luvas durante o contato.
A hanseníase se manifesta através de sinais e sintomas dermatológicos e neurológicos. As alterações neurológicas, quando não diagnosticadas e tratadas adequadamente, podem causar incapacidades físicas e deformidades.
A doença atinge a pele e os nervos periféricos, porém, ela também pode acometer outras regiões, como os olhos (o que pode causar cegueira), cílios e sobrancelhas, os tecidos do interior do nariz, planta dos pés e, eventualmente, alguns órgãos.
Com o período de incubação lento, o indivíduo pode se contaminar com a bactéria e somente manifestar anos depois.
O distúrbio se caracteriza pelo aparecimento de manchas arredondadas de cor parda, branca ou avermelhada, às vezes pouco visíveis, que se espalham pelo corpo.
As lesões costumam apresentar alteração na sensibilidade, fazendo com que o indivíduo deixe de sentir diferenças de temperatura, pressão e dor no local da ferida. Essa característica que difere a hanseníase da maioria das doenças na pele.
As lesões mais comuns são:
A sensibilidade comprometida das lesões pode ocorrer da seguinte forma:
Além das lesões na pele, a hanseníase se manifesta através de lesões nos nervos periféricos. Essas lesões são decorrentes de um processo inflamatório chamado neurite, causado tanto pela ação da bactéria quanto pela reação imunológica do organismo para expulsão do bacilo. Em alguns casos, pode ser causada por ambos.
As lesões se manifestam pelos seguintes sintomas:
A neurite é um processo agudo que acompanha dor intensa e edema, inchaço causado pela retenção de líquidos. O comprometimento do nervo é evidenciado quando a condição passa a se tornar crônica, ocasionando:
Podem ocorrer, também, as seguintes sensações:
O médico dermatologista deve ser consultado para realizar o diagnóstico eficiente a partir da observação das manchas, análise dos sintomas do paciente e realização de testes específicos. Os exames requisitados podem ser em consultório, para testar a sensibilidade das feridas, ou laboratoriais.
O dermatologista pode requisitar uma pequena raspagem nas feridas e enviar para análise em laboratórios para confirmar a presença do bacilo de Hansen. A ausência da bactéria descarta a forma multibacilar, mas não a forma paucibacilar.
A hanseníase tem cura, porém depende da persistência do paciente ao realizar o tratamento corretamente. Com os avanços médicos, a doença tem um tratamento muito mais simples e eficaz. Há mais de 20 anos, a doença tem cura e com altas taxas de sucesso.
O tratamento para hanseníase é multidisciplinar, o que significa englobar assistência e acesso aos medicamentos, mas também a outras especialidades que vão ajudar na prevenção de complicações, bem como ajudar no bem-estar.
Dessa forma, psicólogos, fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais e clínicos gerais ajudam na condução do tratamento e sua efetividade.
O tratamento farmacológico é feito através da Poliquimioterapia (PQT), que se trata do uso de antibióticos de via oral que interrompem a evolução da doença até a eliminação completa da bactéria.
A PQT previne as incapacidades e deformidades causadas pela hanseníase e rompe a cadeia epidemiológica do bacilo. Assim, após iniciar o uso dos medicamentos, a doença deixa de ser transmissível em cerca de 4 dias.
O tratamento é gratuito, fornecido pelo Sistema Único de Saúde (SUS), e administrado em doses vigiadas nas Unidades Básicas de Saúde, sempre sob a supervisão de médicos ou enfermeiros. Pode durar entre seis meses na forma paucibacilar, e um ano ou mais na forma multibacilar.
Certos medicamentos não devem ser tomados por mulheres grávidas. Caso a paciente esteja grávida deve informar ao médico para análise de métodos alternativos.
Além da medicação, é importante que haja toda uma rede de amparo à pessoa diagnosticada e também à sua família.
Acompanhamento psicológico e avaliação sobre outros efeitos da doença são fundamentais para que a melhora seja gradual. Também é importante para que não se corra o risco de abandono do tratamento medicamentoso.
O tratamento da hanseníase, realizado a partir da Poliquimioterapia (PQT), consiste na administração associada de três antibióticos:
A associação dos medicamentos evita a resistência medicamentosa do bacilo, que não é eliminado com o uso de um único medicamento.
A Rifampicina costuma eliminar até 90% da bactéria, por isso a necessidade de complementar com a Dapsona, que pode ser usada diariamente em casa até o término do tratamento. Em casos de multibacilar, é acrescentada uma dose diária e outra vigiada de Clofazimina.
A informação sobre a classificação do paciente é de extrema importância para selecionar o esquema-padrão que os medicamentos serão administrados, estes variando de acordo com o tipo de hanseníase: Pauci ou Multibacilar.
Para o tratamento paucibacilar é utilizado uma combinação de Rifampicina e Dapsona, dispostos em 6 cartelas fornecidas aos pacientes. A pessoa deve ir a um posto de saúde uma vez ao mês para receber a dose mensal da Rifampicina e pelo menos uma dose supervisionada de Dapsona.
O critério de alta consiste em 6 doses mensais supervisionadas de rifampicina, em até 9 meses.
O esquema funciona da seguinte forma:
Na forma multibacilar são fornecidas 12 cartelas ao paciente com combinação da Rifampicina, Dapsona e Clofazimina. Uma vez ao mês o paciente deve visitar o posto de saúde para receber uma dose supervisionada de cada medicamento. Para receber alta, o indivíduo deve se submeter a 12 doses mensais supervisionadas, em até 18 meses.
O esquema-padrão para multibacilar ocorre da seguinte forma:
Pacientes que iniciam o tratamento com numerosas lesões podem apresentar regressão mais lenta das manchas na pele. A maioria continuará melhorando após os 12 meses, porém, se o indivíduo demonstrar pouca melhora, pode ser necessário 12 doses adicionais de tratamento.
A dose dos medicamentos do esquema-padrão Pauci e Multibacilar são ajustadas com a orientação de um profissional de saúde e de acordo com a idade do paciente.
Para pacientes que apresentam intolerância a determinados medicamentos do esquema-padrão são indicados esquemas alternativos, como o ROM, que deve ser usado exclusivamente para tratar pacientes paucibacilar com lesão única, sem envolvimento de troncos nervosos.
O esquema consiste nos seguintes medicamentos, recomendados somente para uso em centros de referência:
A administração da dose supervisionada e dos medicamentos para automedicação são essenciais para o paciente atingir a cura, por isso o esquema de administração deve ser regulado, de preferência a cada 28 dias.
Caso ocorram complicações durante o tratamento, o paciente deve ser encaminhado para centros de referência para receber as orientações adequadas. A internação somente é indicada em casos graves, como efeitos colaterais dos medicamentos ou necessidade de correções cirúrgicas para deformidades que a doença pode ter causado. A internação é realizada em hospitais gerais e logo após a alta o paciente deve dar continuidade ao tratamento.
Apesar de não ser mais considerado portador de hanseníase, após o paciente concluir o tratamento ainda deve continuar sob observação dos profissionais da Unidade de Saúde para garantir que não terá problemas pós-alta, como reações. Caso ocorram, o tratamento da Poliquimioterapia não deve ser reiniciado.
A duração do tratamento para hanseníase paucibacilar é de 6 doses mensais supervisionadas de Rifampicina. A assistência regular ao paciente é essencial para completar o tratamento em 6 meses, mas caso a medicamentação seja interrompida há possibilidade de ser retomada em até 3 meses, com intenção de completar o tratamento em até 9 meses.
Para hanseníase multibacilar, o tratamento dura até 12 doses mensais supervisionadas de Rifampicina. Se o tratamento for regular, o paciente conseguirá completá-lo em até 12 meses. Caso ocorra interrupção no medicamento, está indicado o prazo de até 6 meses para dar continuidade no tratamento, para que seja completado em, no máximo, 18 meses.
Não há necessidade do isolamento do paciente, pois o consumo da primeira dose do medicamento é o suficiente para que a bactéria não seja transmitida. Porém, o indivíduo deve continuar sob tratamento para garantir que não ocorra a transmissão para parentes e amigos próximos.
Familiares e outras pessoas próximas a um portador de hanseníase devem procurar uma Unidade Básica de Saúde para avaliação de possibilidades de também serem portadores.
Como o bacilo de Hansen pode demorar para se manifestar no organismo, a medida é necessária para impedir que a transmissão da bactéria se estenda.
Caso o indivíduo não apresente nenhum sintoma, pode ser indicado a aplicação da BCG, vacina contra tuberculose, pois os agentes causadores das doenças são semelhantes, logo pode auxiliar na prevenção.
A hanseníase não chega a levar pacientes ao óbito, porém o dano no nervo pode gerar deformidades que dificultam a realização de atividades cotidianas, como incapacitação nas mãos e pés, paralisia e cegueira.
Uma das complicações acarretadas pela doença é a perda de sensibilidade nos membros atingidos, o que reduz a capacidade de sentir dor do indivíduo, principal mecanismo de alerta para as agressões.
No início, a dormência é restrita à área lesionada, mas, ao prolongar o período sem tratar a doença, também atinge e destrói os nervos, causando paralisia no corpo e no rosto.
Ao se encontrar nesse estágio avançado da hanseníase, o paciente está suscetível a não sentir mutilações, queimaduras ou traumas nas regiões destruídas pela doença.
Sem tratamento, a hanseníase pode causar danos permanentes em diversas áreas do corpo, como:
Até 25% dos pacientes que se submeteram ao tratamento de hanseníase apresentaram reações adversas aos medicamentos. Para evitar complicações sérias, é importante o indivíduo estar sob supervisão de um profissional de saúde.
A forma mais indicada de prevenir a doença é mantendo o sistema imunológico eficiente, para que o organismo consiga combater a bactéria caso haja contato com a mesma. Por isso, é indicado que os indivíduos assumam novos hábitos cotidianos, com boa alimentação, prática de atividades físicas e boa higiene.
Por causa da falta de informações, pacientes com hanseníase ainda sofrem com o preconceito e, muitas vezes, acabam deixando de buscar o tratamento necessário. Compartilhe esse artigo para auxiliar a combater o estigma por trás da hanseníase, que, sim, apresenta cura!
Se você tem ou conhece alguém que possui sintomas parecidos com o da hanseníase, consulte seu médico o mais rápido possível.
Rafaela Sarturi Sitiniki
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