A conscientização dos (as) tutores (as) quanto aos benefícios da castração é muito maior nos dias de hoje. Por conta disso, tem sido cada vez menos comum ouvir sobre o desejo de uma gestação canina.
Contudo, por falta de informação ou de condições financeiras, alguns (as) tutores (as) optam por não realizar a castração, o que pode resultar numa gestação canina indesejada. Tentar evitar que a sua cachorrinha não castrada não cruze pode ser bem complicado e exige muita paciência e cuidado.
Caso você opte por deixar sua cadelinha procriar, é importante tomar alguns cuidados. Entre eles estão não realizar cruzamentos consanguíneos (com animais da mesma família), verificar se existem doenças hereditárias, avaliar a saúde do animal e certificar-se que a vacinação e a vermifugação estão em dia.
A gestante exige cuidados especiais, que serão os mesmos, independente da prenhez ter sido planejada ou acontecido por acidente, e esses cuidados vão da alimentação ao acompanhamento veterinário.
Muitos tutores costumam ter dúvidas de como lidar com esse momento, quais cuidados devem ter e o que esperar. Se você se identifica, continue acompanhando o artigo!
Se você suspeita que a sua aumiga esteja em uma gestação, é imprescindível que você a leve ao veterinário para que ela possa ser examinada e começar o acompanhamento.
É importante que você não espere até que ela esteja barrigudinha para levá-la ao veterinário, pois a gestação das fêmeas é bem curta, dura entre 58 e 64 dias (cerca de 2 meses) e, geralmente, a barriguinha só fica mais evidente apenas na metade do tempo de gestação.
Quanto antes a prenhez for confirmada, melhor, pois assim será possível fazer o acompanhamento adequado do começo ao fim da gestação.
Para isso, você deve ficar atento (a) a alguns possíveis sinais de gestação, como a redução de apetite, aumento das mamas e mudanças no comportamento. Geralmente, esses sinais aparecem por volta do 20° dia de gestação.
A confirmação da gestação será feita pelo (a) médico (a) veterinário (a), que irá solicitar exames de imagem, como a ultrassom, que é capaz de confirmar a gestação a partir do 20° dia de gestação dia de gestação.
Após a confirmação da gestação canina pelo médico (a) veterinário (a), o (a) profissional deverá realizar vários exames para avaliar o estado de saúde do animalzinho e, finalmente, dar início ao pré-natal.
Durante essa consulta, o (a) veterinário (a) orientará o (a) tutor (a) quanto aos cuidados que ele (a) deve ter e quando deve voltar ao consultório para continuar o acompanhamento.
Além do acompanhamento com o (a) veterinário (a) e de todos os exames que deverão ser feitos, as fêmeas gestantes também demandam cuidados especiais dentro de casa. Esses cuidados vão manter a sua cadelinha saudável, segura e confortável durante esse momento delicado. São eles:
É muito importante que a sua aumiga esteja com o protocolo vacinal completo e com os reforços em dia, pois além de evitar a probabilidade de doenças durante esse momento, a vacinação correta ainda traz benefícios à vida dos filhotinhos.
Isso porque os imunizantes são capazes de passar anticorpos pelo leite, o que mantém os filhotes parcialmente protegidos antes mesmo de nascerem. Outro ponto importante é a vermifugação, pois a fêmea não vermifugada expõe seus filhotes a vermes que podem infestar os filhotes e afetar significantemente a saúde deles.
A gestação exige muito do organismo e para garantir que a gestação seja saudável, é preciso manter um bom estado nutricional. Uma boa nutrição da fêmea também garante filhotes saudáveis e com crescimento adequado.
Para isso, o (a) tutor (a) deve alterar não só a quantidade como também a qualidade do alimento ofertado. Deve-se optar por alimentos com maior teor de proteínas, vitaminas e minerais e de boa qualidade.
Portanto, siga as orientações do (a) médico (a) veterinário (a) quanto ao alimento mais adequado para cada fase da gestação e a quantidade que deve ser ofertada.
A alimentação correta vai garantir uma prenhez saudável, filhotes saudáveis, uma boa recuperação pós-parto e evitar a hipocalemia gestacional, também conhecida como eclâmpsia, doença metabólica decorrente de um distúrbio no aporte de cálcio que ocorre no final da gestação.
E por fim, mas não menos importante: a hidratação! A mamãe deve ter água sempre disponível para que se mantenha hidratada. Caso ela passe a ingerir menos água, o (a) tutor (a) deve relatar isso ao médico veterinário que está acompanhando o processo.
Os passeios e brincadeiras devem continuar durante a gestação canina e são super recomendados, pois podem facilitar o parto, além de manter o bem-estar do animal durante essa fase.
Porém, é preciso fazer algumas adaptações, como realizar atividades físicas mais leves, dar preferência a curtas caminhadas, reduzir a velocidade e optar por horários mais frescos.
Não há contra-indicações quanto ao contato com outros animais, mas deve-se evitar interações com animais que podem deixar a fêmea estressada ou ansiosa.
É muito importante que seja feito um acompanhamento com um (a) médico (a) veterinário (a) durante a gestação canina.
Esse acompanhamento vai garantir que sua aumiga e os filhotes se mantenham saudáveis, pois apenas o (a) profissional é capaz de avaliar a saúde da mamãe e dos seus bebês.
Além disso, a realização de todos os exames solicitados e acompanhamento do desenvolvimento dos filhotinhos ainda na barriga garante um parto mais tranquilo e sem complicações.
Sem contar que o (a) profissional também irá auxiliar e dar orientações de como você deve cuidar da cachorrinha durante a gestação e no parto.
É importante que a cadela prenha seja mantida em um ambiente confortável e sem estresse durante toda a gravidez. Esse cuidado é ainda mais importante ao final da gestação, quando o ambiente seguro é essencial para que a mamãe sinta confortável para dar à luz.
Durante esse momento, a cachorrinha costuma preparar um ninho em um local que ela considere seguro e calmo e você pode ajudar oferecendo um cantinho tranquilo e quentinho.
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Geralmente, o parto ocorre de forma natural, em casa, só tendo a necessidade da assistência veterinária quando há complicações. As fêmeas seguem seu instinto, o que faz com que esse momento ocorra sem grandes necessidades de auxílio.
Porém, você pode fazer algumas coisas para ajudar e garantir que o parto ocorra da melhor forma possível. Quando chegar a hora, deixe a mamãe bem à vontade. Prepare um local quentinho, calmo, seguro, limpo e de fácil acesso caso você precise auxiliar em algum momento.
Forre o chão com uma caixa de papelão e toalhas limpas para que a cachorrinha fique bem confortável. Mantenha água e alimentos próximos e o local bem higienizado. Caso observe qualquer anormalidade ou pareça que há dor, choro ou tremores, o (a) tutor (a) deve procurar o (a) médico (a) veterinário (a) imediatamente.
Após o rompimento da bolsa, o primeiro filhote costuma sair cerca de seis horas depois. Já o intervalo entre o nascimento dos outros filhotes (caso haja) não deve passar de duas horas. Caso o intervalo seja maior do que duas horas, isso é sinal de distocia, portanto, deve-se procurar o (a) médico (a) veterinário (a).
Durante um parto sem complicações, a cachorrinha grávida consegue expelir seus filhotes naturalmente. Após esse processo, ela irá lamber um por um para limpá-los e estimular a respiração deles. Em seguida, após a saída de todos os filhotes, a sua aumiga irá comer a própria placenta (não se assuste, é normal).
Caso ela não consiga estimular a respiração dos filhotes sozinha, você pode ajudar. Basta enrolar o filhote em uma toalha e esfregar vigorosamente a região do tórax do animalzinho.
É importante inclinar sua cabecinha para baixo algumas vezes para ajudar na drenagem de líquidos dos pulmões. Quando o filhote começar a responder e a respirar sozinho, você deve devolvê-lo à mãe.
Após o parto, é importante manter a mãe e seus filhotes confortáveis em local calmo. É comum que ela se apresente protetora, não deixando que se aproximem dos seus filhotes. Nesse caso, é importante não se aproximar para evitar gerar estresse. É importante manter o local onde a nova mamãe se encontra com seus filhotinhos limpo e observar se todos estão bem com certa frequência.
A fêmea deve ser observada por conta do risco de eclâmpsia, já que durante a produção do leite há grande mobilização de cálcio do organismo. Caso não tenha tido uma alimentação rica em cálcio, a fêmea pode desenvolver a doença que, se não tratada, pode levar o animal a óbito.
Os principais sinais clínicos de eclâmpsia são:
Caso observe esses sinais após o parto, você deve levá-la ao veterinário o mais rápido possível para evitar quadros convulsivos e, até mesmo, a morte.
Vale lembrar que a eclâmpsia pode ser prevenida durante a gestação com uma alimentação de qualidade e em quantidades adequadas para as necessidades do animal. Caso haja necessidade, o (a) veterinário (a) pode prescrever suplementação de cálcio.
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Esp. Kenny Cardoso
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