As plantas medicinais são estudadas e utilizadas a milhares de anos, servindo como base inclusive para muitos medicamentos e até cosméticos. Cada uma delas tem propriedades diferentes e que podem ter diversas finalidades e benefícios.
Pensando nisso, separamos algumas informações sobre uma em especial: a espinheira santa.
Índice — neste artigo você vai encontrar:
A espinheira santa, ou Maytenus ilicifolia (nome científico), é uma planta pertencente à família Celastraceae. Ela costuma aparecer em países e regiões de clima ameno, sendo muito comum no sul do Brasil.
Seu uso é feito, principalmente, a fim de combater ou amenizar distúrbios relacionados ao sistema gastrintestinal — podendo envolver distúrbios como dores de estômago, refluxo, azia, queimação, etc.
O que é possível devido suas propriedades medicinais, proporcionadas por fitocomplexos como os alcaloides, terpenos, taninos, entre outros presentes em sua composição natural.
Ela é comumente utilizada a partir de chás, compressas ou opções homeopáticas. Porém, mesmo sendo de origem natural e sem misturas químicas, possui algumas contraindicações de uso — em especial a grávidas (podendo ser abortivo) e lactantes.
A espinheira santa tem diversas propriedades que podem ser benéficas à saúde. Nesse sentido, pode ser usada no tratamento complementar ou como forma de alívio de condições como úlceras, gastrite, indigestão, constipação (intestino preso), dores abdominais recorrentes e problemas no fígado.
Sendo assim, pode ser eficaz para auxiliar no combate de sintomas e complicações como:
Cabe destacar que a planta também apresenta um leve efeito laxativo e diurético, o que favorece sua ação no combate a problemas do trato intestinal — como a sensação de inchaço ou constipação, por exemplo.
Na sequência, entenda melhor sobre alguns dos distúrbios para os quais pode ser indicado o uso da espinheira santa como terapia complementar:
A hérnia de hiato é uma condição em que uma pequena parte do estômago invade a cavidade torácica, a partir da abertura que liga o tubo alimentar (esôfago) com o estômago.
Os sintomas desse problema envolvem refluxo ácido, azia, regurgitação, vômito, dor no meio do tórax e até mesmo irritação na garganta (causada muitas vezes pelo refluxo). Como forma de tratamento, podem ser indicadas algumas medicações e, em casos mais graves, cirurgia.
Dentre as terapias complementares, ou seja, aquelas que podem ser feitas como uma forma de auxiliar os tratamentos prescritos por especialistas ou proporcionar alívio de sintomas, está o uso de plantas medicinais como a espinheira santa.
Considerando suas propriedades e auxílio no combate a complicações como o refluxo e dores abdominais, pode ser útil nesses casos. Lembrando que esse uso não substitui as terapias tradicionais.
A gastrite é uma condição que causa inflamação do revestimento estomacal. Pode ser causada por infecções, lesão, uso regular de anti-inflamatórios não-esteroides (AINEs), consumo excessivo de álcool e até ser desencadeada em virtude de problemas emocionais.
Os sintomas podem variar de intensidade, bem como se manifestarem de formas esporádica ou frequente. Dentre os mais comuns, está a dor na parte superior da barriga, náuseas e vômitos.
Também é comum que a pessoa apresente perda de apetite, arrotos, azia, inchaço abdominal, indigestão e soluços.
O tratamento é através de uso de medicação e mudanças de hábitos alimentares. Pode incluir terapias complementares para alívio dos sintomas, como o uso da espinheira santa, uma vez que auxilia no controle de refluxo, azia e outros sintomas desse distúrbio.
Como vimos, o uso da espinheira santa para tratar refluxo é bastante comum. Porém, ao contrário do que se pode imaginar, o refluxo não é apenas um sintoma. Ele pode, também, ser caracterizado como doença do refluxo gastroesofágico (DRGE).
Nesses casos, normalmente o que ocorre é a presença de azia e refluxo mais de duas vezes na semana sem causa aparente. Trata-se, então, de uma condição crônica que ocorre quando o ácido gástrico (ou a bile) entra no tubo alimentar e irrita a mucosa.
Seja no tratamento do refluxo como um sintoma de outras condições (como a gastrite) ou durante a terapia para a DRGE, podem ser utilizadas de forma complementar plantas como a espinheira santa.
Lembrando que o uso de opções naturais não substitui as terapias convencionais, prescritas pelo(a) médico(a) responsável!
A espinheira santa é uma planta que conta com diferentes fitocomplexos, os quais estão diretamente relacionados a suas propriedades terapêuticas. Nesse sentido, pode-se citar como exemplo os seguintes compostos:
A espinheira santa, planta cujo nome científico é Maytenus ilicifolia, também é popularmente conhecida por outros nomes: espinheira-divina, erva-cancerosa, espinho-de-deus, congorça.
Em algumas regiões, também pode ser conhecida como maiteno, salvavidas ou sombra-de-touro. Nesse sentido, vale destacar que os nomes populares dessa e outras plantas (medicinais ou não) pode variar conforme a localidade.
Porém, cabe destacar que o nome científico não sofre variação, a não ser quando são plantas diferentes — mesmo que semelhantes ou da mesma espécie/família.
Não. Fazer o uso de plantas que supostamente emagrecem ou de métodos que prometem uma rápida perda de peso, normalmente, não é uma medida eficaz.
Isso porque ocorre apenas a eliminação de líquidos, levando à diminuição do peso na balança mas não efetivamente uma perda de gordura — não caracterizando um real emagrecimento.
No caso da espinheira santa, algumas pessoas podem ver o seu uso como uma maneira de ajudar no processo de emagrecimento. O que ocorre devido ao fato de que essa planta (em geral, ingerida como chá) ajuda no funcionamento do intestino.
Dessa forma, pode ajudar a diminuir a sensação de inchaço. Junto a isso, sua ação diurética também colabora para esse efeito e na eliminação de toxinas.
Porém, como mencionado, o que está sendo eliminado do corpo é o excesso de água e compostos não necessários para o funcionamento do organismo. Não a gordura. De forma que, ao ingerir novamente os alimentos, o pouco peso perdido logo deve voltar.
Sendo assim, quem deseja emagrecer deve buscar formas saudáveis e efetivas de fazer isso, o que está atrelado a uma alimentação balanceada e exercícios físicos. Preferencialmente, em conjunto com um(a) profissional, garantindo melhores resultados.
As formas tradicionais de uso da espinheira santa são: chás, cápsulas, compressas quentes e tinturas — preparações líquidas com base em água, álcool ou glicerina, feitas para extrair os princípios ativos de plantas e são a base de diversas fórmulas homeopáticas.
Sendo assim, para uso das cápsulas e tinturas, é necessário seguir as orientações prescritas pelo fabricante da medicação homeopática e/ou indicação profissional.
Quanto às compressas quentes feitas com o chá dessa planta, podem ser aplicadas direto na lesão. São utilizadas para amenizar problemas de pele como eczema, cicatrizes ou acne.
O uso do chá visa proporcionar os efeitos contra os problemas no trato intestinal (azia, refluxo, constipação, indigestão, etc).
Com relação ao tempo de efeito da espinheira santa, vale destacar primeiramente que essa é uma terapia complementar e não está relacionada à cura de doenças que causam os sintomas mencionados.
Sendo assim, pode provocar alívio momentâneo dependendo da intensidade dos sintomas. Por exemplo, tomar o chá pode ajudar a conter o refluxo de forma imediata mas não prolongada.
Já as terapias homeopáticas podem apresentar efeitos mais duradouros com usos prolongados, normalmente apresentando melhoras significativas a partir de 30 dias fazendo a administração das cápsulas ou tintura.
Ao contrário do que algumas pessoas pensam, até mesmo plantas e tratamentos naturais ou homeopáticos podem provocar efeitos colaterais. No caso da espinheira santa, é muito comum fazer o uso de seu chá, porém isso deve ser feito com moderação e cuidado.
Considerando que ele pode causar algumas reações adversas, tais como:
Sendo assim, ao apresentar alguma dessas alterações, suspensa o uso da espinheira santa e busque auxílio de um(a) profissional.
O uso da espinheira santa não é recomendado a pessoas com histórico de alergia a essa planta ou outras da mesma família. Além disso, é especialmente não recomendada a mulheres grávidas, considerando que pode ter efeito abortivo.
Lactantes também não devem fazer uso da planta, uma vez que pode provocar diminuição da quantidade de leite materno ou até secar o leite.
Para o uso pediátrico, deve-se procurar orientação médica prévia. Assim como é o caso de pessoas portadoras de patologias crônicas (como hipertensão, diabetes mellitus, insuficiência cardíaca congestiva) e com patologia digestiva associada (tumor).
O uso de plantas medicinais como a espinheira santa pode ser bastante benéfico. Porém, é preciso ter em mente que essas terapias são uma forma de tratamento complementar e não devem substituir os cuidados da medicina tradicional.
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Rafaela Sarturi Sitiniki
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