O câncer de próstata é um dos mais recorrentes entre os homens. Apesar disso, ainda hoje, falar sobre o assunto é considerado um tabu.
Seja por medo ou constrangimento, muitos homens preferem não consultar um urologista — especialista do sistema reprodutor masculino — de forma frequente, o que dificulta o diagnóstico da doença.
Porém, quando constatado o problema, alguns tratamentos podem ser indicados para o combate e diminuição dos sintomas.
Entre eles, o uso do medicamento Eligard, que auxilia a evitar o aumento do tumor.
Conheça mais sobre o fármaco!
Índice — Neste artigo você vai encontrar:
Eligard é um dos nomes comerciais do princípio ativo Acetato de Leuprorrelina, um hormônio sintético, ou seja, fabricado em laboratório.
É um medicamento produzido pela Zodiac — empresa de produtos farmacêuticos — e é utilizado no tratamento do câncer de próstata avançado.
Ele faz parte dos fármacos empregados na hormonioterapia, ou seja, que atuam nos hormônios do organismo.
Sua administração é por meio de suspensão injetável e há 3 apresentações: 7,5mg, 22,5mg e 45mg.
O Eligard serve para o tratamento paliativo do câncer de próstata avançado.
Tratamentos paliativos têm como objetivo diminuir os sintomas e desconfortos causados por doenças graves, de pacientes em estado terminal (em que não há cura).
Dessa forma, ele tem como foco a qualidade da vida, diminuição dos sintomas e melhoria do bem-estar, não servindo para tratar a doença em si.
O Eligard atua reduzindo os desconfortos da doença e ajuda a impedir que o tumor se desenvolva.
O tratamento paliativo visa dignificar a fase terminal do(a) paciente, diminuindo seu sofrimento físico e mental.
Por ser um método multidisciplinar, além de utilizar medicações que diminuam desconfortos físicos, conta com outros cuidados especiais.
Entre eles, serviços de psicologia e nutrição, visando o bem-estar.
Além disso, a atenção aos familiares do(a) paciente é uma característica do cuidado paliativo, dando apoio e auxiliando, por meio de linguagem simples, a melhor compreensão sobre a doença.
O Acetato de Leuprorrelina age inibindo a secreção de gonadotrofina — hormônio que estimula a produção de testosterona.
A testosterona é o principal hormônio sexual masculino e, quando em níveis muito altos, pode incentivar o aumento de tumores.
Isso ocorre pois esse hormônio estimula o crescimento celular da próstata.
Dessa forma, ao estimular a multiplicação de uma célula, incentiva também, caso haja, o aumento do tumor presente nela.
Nos primeiros dias de uso da medicação, em geral, os níveis de testosterona são elevados, o que pode ocasionar alguns efeitos colaterais.
Porém, após algumas semanas, a taxa da substância no organismo é reduzida e mantém-se em níveis baixos.
Não. A quimioterapia é o tratamento que faz o uso de substâncias para destruir as células do corpo que formam um tumor.
Esses fármacos se misturam com o sangue e são levados para atacar células doentes por todo o corpo.
A técnica é utilizada quando tratamentos com hormônios, como é o caso do Eligard, não apresentam o resultado esperado.
Já o Eligard faz parte das medicações utilizadas em tratamentos chamados de hormonioterapia.
O método consiste em bloquear a ação dos hormônios sexuais que possam ter influência no crescimento de tumores cancerígenos.
Caso esse recurso não traga resultados, recorre-se outras medidas.
Não. Apesar de o princípio ativo Acetato de Leuprorrelina, em alguns casos, ser utilizado no tratamento do câncer de mama, de acordo com a bula do Eligard, o uso da medicação não é recomendado para o tratamento da doença.
Além disso, a administração do Eligard é contraindicada em mulheres.
Depende. O período de aplicação do Eligard varia de acordo com a posologia e indicação médica.
Em geral, a aplicação é:
O medicamento tem mecanismo de liberação contínua, ou seja, após administrado, libera o produto de forma gradativa no intervalo entre as aplicações.
O uso do Eligard, de acordo com a bula, deve ser feito via injeção subcutânea primeiramente na região do abdômen.
O local da administração deve ser alterado a cada aplicação, sempre em áreas com grande quantidade de tecido subcutâneo e que não tenham lesões ou pelos.
Para realizar o uso, pode-se dividir em 2 fases: preparo da solução e aplicação.
O medicamento é fornecido em 2 seringas diferentes: uma contendo o diluente e outra com o princípio ativo.
Para a aplicação, é necessário realizar a fusão dos componentes:
O conteúdo da seringa é de dose única. É importante lembrar que a suspensão deve estar uniforme para ser aplicada e, além disso, deve ser aplicada até no máximo 30 minutos após sua diluição.
Após o uso, aperte a trava de segurança presente na seringa. Ela cobrirá completamente a agulha.
Realize o descarte em um local adequado para materiais biológicos.
Assim como grande parte dos medicamentos, o Eligard pode causar efeitos colaterais em algumas pessoas.
Porém, vale lembrar que cada organismo reage de forma diferente ao uso do fármaco. Dessa forma, não necessariamente todas as pessoas sofrerão com todos os efeitos colaterais.
Além disso, por ser um medicamento com nova forma farmacêutica (7,5mg e 22,5mg) e concentração (45mg), apesar das pesquisas indicarem segurança e eficácia, o Eligard pode apresentar efeitos colaterais desconhecidos.
Caso isso ocorra, informe o(a) médico responsável.
Foram constatadas, de acordo com a bula, diferentes reações nas 3 apresentações da medicação: 7,5mg; 22,5mg e 45mg.
Porém, de forma geral, durante as primeiras semanas de uso do fármaco, pode haver a piora nos sintomas da doença e até mesmo o aparecimento de novos sinais como dor óssea, problemas no sistema nervoso e presença de sangue na urina.
Isso ocorre pois os níveis de hormônios são aumentados nas primeiras doses do medicamento, mas na maioria das vezes, se tratam de reações temporárias.
De maneira específica, os sintomas são:
Entre as reações muito comuns na versão de 7,5mg, estão:
Já as reações comuns, são:
Outras reações que podem ocorrer, são:
As reações muito comuns constatadas na versão 22,5mg são:
Já entre as comuns estão:
Outras reações que podem ocorrer são:
Na versão de 45mg, as reações muito comuns, são:
Já as comuns, são:
Outras reações que podem ocorrer, são:
O preço do Eligard pode variar de acordo com a região geográfica, estabelecimento e posologia.
Em geral, seu valor é a partir de*:
Caso haja a necessidade de comparar preços, pode ser utilizado o site do Consulta Remédios, que indica os valores da medicação em diversas farmácias de cada região.
*Preços consultados em fevereiro de 2020. Os valores podem sofrer alteração.
Sim. O Princípio ativo Acetato de Leuprorrelina faz parte da Relação Nacional dos Medicamentos Essenciais (Rename), ou seja, está na lista de medicamentos distribuídos diretamente pelo SUS.
Para casos em que, por algum motivo, o SUS não forneça a medicação, há a possibilidade de solicitar a cobertura do tratamento pelo Estado, por meio de uma ação judicial.
Para isso, é necessária a apresentação de alguns documentos e exames como o laudo médico, requerimento e orçamento em 3 farmácias diferentes.
Sim. O medicamento foi registrado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) no ano de 2006.
Ele faz parte da classe terapêutica de antineoplásicos, ou seja, fármacos utilizados no combate a tumores.
Para casos em que o SUS não forneça a medicação e o(a) paciente não tenha condições financeiras de arcar com os custos, é possível entrar na justiça solicitando a cobertura do tratamento.
Para isso, é necessário abrir um processo judicial e apresentar alguns documentos, que incluem:
Para a realização do orçamento, é possível obter auxílio na assessoria de cotação de medicamentos de alto custo, que faz uma cotação personalizada de forma simples e rápida.
O câncer de próstata é uma doença comum. No Brasil, ocorrem mais de 65 mil casos por ano.
Para combater o problema e diminuir os sintomas, existem alguns tratamentos que podem ser administrados.
Um deles é o uso de medicamentos como o Eligard, que atua com a função de atenuar e evitar o agravamento da doença.
O Minuto Saudável tem outras informações sobre medicamentos e saúde para você. Leia mais e continue informado(a)!
Dra. Francielle Mathias
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