A doença da urina preta, também conhecida como doença de Haff, é uma síndrome que causa, além da urina escura, fraqueza e rigidez muscular. Acredita-se que a condição é desencadeada por toxinas presente em pescados, como peixes e crustáceos.
Alguns cuidados são essenciais para prevenir a contaminação, portanto, listamos algumas informações importantes, como o que é, sintomas característicos e tratamentos. Confira!
Índice - Neste artigo você vai encontrar:
A doença de Haff, comumente chamada de doença da urina preta, desencadeia sintomas característicos de rabdomiólise (doença que provoca a destruição das fibras musculares), como destruição dos tecidos dos músculos e acometimento tanto dos rins quanto do sistema urinário.
Os surtos registrados no Brasil relacionaram a síndrome ao consumo de pescados, especialmente peixes e crustáceos. Acredita-se que algumas espécies, como tambaqui, badejo, lagostas, lagostim e camarões, contraíram a toxina a partir de sua alimentação e, quando consumidos por humanos, provocaram os sintomas. Outra hipótese é com relação ao armazenamento e transporte desses animais após mortos.
Mesmo cozidos, os pescados infectados com a toxina podem transmiti-la para o ser humano. Portanto, é muito importante atentar-se à procedência desses animais, já que, como dito anteriormente, a armazenagem inadequada dos mesmos pode ser uma das causas da intoxicação.
Apesar de ser conhecida desde 1924, a síndrome de Haff ainda é uma doença pouco estudada. Portanto, é possível que o paciente apresente outras reações além da urina escura e de fraqueza e dor muscular. Listamos alguns dos mais comuns e já relatados pela ciência:
De cor semelhante à água de café, a urina preta é um dos principais e mais recorrentes sintomas da intoxicação. Isso acontece porque a toxina responsável pela doença de Haff acomete o trato urinário e os rins.
Dor, rigidez e fraqueza muscular são sintomas característicos e muito parecidos com os de rabdomiólise, condição que, além de também acometer os rins e o trato urinário, degrada as fibras musculares do paciente infectado e pode causar, até mesmo, necrose (morte) do tecido. As regiões mais acometidas são pescoço, trapézio e dorso (membros superiores) e membros inferiores.
Além de urina escura, a de cor avermelhada também pode ser um indício de contaminação pela síndrome de Haff. Apesar de não ser comum na maioria dos casos, a febre também pode se manifestar em alguns pacientes. Dor no peito, falta de ar, náusea e tontura também são sintomas relatados por alguns pacientes diagnosticados com a condição.
Caso você tenha um ou mais sintomas como os relatados acima, não tome nenhum medicamento e procure imediatamente a unidade de pronto socorro (UPA) mais próxima à você. O tratamento logo após os primeiros sinais pode evitar diversas complicações a curto e longo prazo.
Não existem tratamentos específicos para a síndrome da urina preta ainda. Os medicamentos receitados servem para aliviar os sintomas do(a) paciente e evitar complicações. E claro, as recomendações e tratamento medicamentoso variam de acordo com o quadro atual do(a) paciente e sintomas que ele apresenta. Em alguns casos, o uso de fármacos nem sequer é necessário.
Quando há comprometimento dos rins (insuficiência renal), o(a) paciente pode ter que ser acompanhado com mais frequência pelo(a) médico(a).
Portanto, é essencial procurar atendimento precocemente, já nos primeiros sinais de suspeita, para saber o melhor tratamento para o seu caso e evitar possíveis sequelas.
Como ainda é incerto o que realmente causa a contaminação, o ideal é evitar o consumo de pescados de água doce, especialmente peixes e crustáceos como arabaiana, tambaqui, badejo, lagostas, lagostim e camarões. Muitos pacientes confirmam que os sintomas apareceram após se alimentarem desses animais.
Além disso, quanto mais fresco, melhor. Isso porque uma das hipóteses do desenvolvimento da toxina nos animais mortos é a armazenagem ou transporte inadequado. A procedência desses pescados também deve ser observada antes de fazer a compra.
Apesar de ainda ser uma doença pouco explorada, é possível evitar a contaminação pela síndrome de Haff (doença da urina preta) evitando o consumo de pescados de água doce, especialmente algumas espécies de peixes e crustáceos.
Além disso, quanto mais rápido o diagnóstico, maiores as chances de recuperação e menores as chances de evitar progressão e complicações, como insuficiência renal e morte de tecidos musculares.
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Rafaela Sarturi Sitiniki
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