Seguir corretamente a dieta pós-bariátrica é fundamental para a saúde do corpo e recuperação do paciente, afinal, é um novo início e é preciso todo um processo para reaprender a comer e lidar com o corpo.
Mas antes de falar sobre a cirurgia e a dieta é importante levar em conta que a obesidade é um problema sério que tem afetado cada vez mais pessoas mundo afora. Nem sempre a reeducação alimentar aliada à prática regular de atividade física e outras orientações para um estilo de vida mais saudável é suficiente, mas em todo caso é fundamental.
No entanto, apesar de parecer ser uma solução rápida, não é possível acordar e decidir fazer uma cirurgia bariátrica da noite para o dia, pois é necessário respaldo de diferentes especialistas de saúde antes, durante e depois da cirurgia para saber se você pode ou não realizar o procedimento.
Além do cirurgião, é preciso um acompanhamento próximo com nutricionista, psicólogo, fisioterapeuta, endocrinologista, nutrólogo, pneumologista e cardiologista. Da mesma forma, caso o paciente tenha alguma outra doença relacionada, consultar com o especialista da área é o primeiro passo.
Isso porque a cirurgia mexe com todas as esferas da vida da pessoa e para que tudo ocorra bem após o procedimento, há diversas etapas a serem cumpridas: uma delas é a dieta pós-bariátrica. Um profissional nutricionista vai desenhar um cardápio adequado para você, considerando os nutrientes necessários, quantidades, histórico e dados.
Mas para você entender melhor cada fase, o que pode comer e o que se deve evitar em cada etapa, reunimos neste artigo informações e dicas de diversos profissionais da saúde e da nutricionista Angela Federau, parceira do Minuto Saudável. Confira!
Índice - Neste artigo, você vai encontrar:
A cirurgia bariátrica é um método utilizado para reduzir o tamanho do estômago e, em alguns casos, modificar parte do intestino, para a redução do peso e a diminuição de comorbidades relacionadas ao sobrepeso excessivo.
Sendo assim, depois da cirurgia os pacientes eliminam, em média, cerca de 75% do excesso de peso e o cuidado pós-operatório é fundamental para evitar o reganho de peso e a volta de doenças relacionadas à obesidade mórbida, como diabetes e problemas cardiovasculares.
Dentro desse processo de adaptação, a dieta é de extrema importância e pode levar cerca de 3 meses até chegar a uma nova rotina adequada. Nesse período, a suplementação de vitaminas e nutrientes pode ser de extrema importância para a saúde do paciente.
Cada médico e nutricionista divide as fases de uma forma, mas de maneira geral, podemos classificá-las assim:
Logo após a cirurgia tem início a primeira etapa da fase líquida, a mais restritiva, que pode levar até uma semana. Nesse primeiro momento, é importante tomar tudo aos poucos, de 50 em 50ml, e sem açúcar. São permitidos apenas:
Na segunda etapa da fase líquida, que pode durar até quatro semanas, é possível incluir no cardápio:
De acordo com a orientação médica e do nutricionista em relação ao tempo de duração adequado da fase líquida para cada caso, se inicia a dieta pastosa por volta do 1º mês depois da cirurgia. As ingestões líquidas continuam, mas nessa etapa é possível também incluir alimentos batidos (com textura mais espessa) que ajudem o paciente a aprender a mastigação, como:
Também nessa etapa, o paciente pode voltar a consumir:
A fase pastosa é a mais longa e pode ser recomendado seguir por cerca de um mês. Sendo assim, para quem quer variar o cardápio e está sem ideias, em parceria com o projeto Tá na mesa, o Hospital Albert Einstein tem um e-book especialmente com dicas de pratos para essa fase da dieta, você pode conferir clicando aqui.
Também chamada de fase sólida branda, é nesse momento que voltam a ser permitidos alguns alimentos sólidos. Sempre em pequenas quantidades, bem cozidos e sem gorduras:
Essa etapa pode levar cerca de 20 a 30 dias e é fundamental para o retorno do paciente para a alimentação normal.
Por volta do terceiro mês pós-cirurgia, o paladar já está mais treinado para a mastigação correta e o paciente já consegue ter mais clareza de como e quanto comer em cada refeição.
Nesse meio tempo, são feitos exames e consultas de acompanhamento que permitem determinar quando é o momento de iniciar uma alimentação normal adequada à nova realidade.
Além de toda a readaptação do cardápio alimentar e das atividades cotidianas, é importante se atentar aos alimentos que não devem ser ingeridos depois da cirurgia, são eles:
Não quer dizer que a pessoa nunca mais vai poder comer ou tomar esses alimentos, mas durante os três primeiros meses não devem ser ingeridos. Mesmo assim, após o período inicial é preciso se atentar à quantidade e frequência, ainda mais porque a cirurgia não garante que os problemas de saúde e o excesso de peso não voltem mais.
Isso tudo faz parte de um processo de reeducação alimentar, alinhada a realização de atividade física regularmente e hábitos saudáveis no dia a dia.
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Esp. Angela Federau
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