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Congelar alimentos: é saudável? Como fazer corretamente?

Por Redação Minuto SaudávelPublicado em: 14/12/2021Última atualização: 14/12/2021
Por Redação Minuto Saudável
Publicado em: 14/12/2021Última atualização: 14/12/2021
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Na correria do dia a dia, algumas estratégias são aliadas de uma alimentação mais saudável e econômica. Congelar alimentos e refeições prontas é uma dessas técnicas que facilitam que o planejamento alimentar seja viável na rotina, além de ter um menor impacto no meio ambiente, já que evita o desperdício alimentar. 

Especialmente nas estações mais quentes do ano, já que a prática de congelar as refeições pode aumentar também o prazo de validade dos alimentos, sem perda significativa de textura, sabor e nutrientes. 

Por isso, convidamos a nutricionista parceira do Minuto Saudável, Angela Federau, para responder dúvidas frequentes sobre o congelamento de alimentos e refeições, além de trazer dicas para quem quer adotar a técnica no dia a dia. Confira! 

É saudável congelar alimentos e refeições prontas?

“Sim, é muito saudável congelar comida! Até porque, além de preservar as propriedades nutricionais dos alimentos, o congelamento é uma das maneiras mais seguras de conservação, já que inativa a grande maioria das toxinas e diminui o risco de contaminação”, destaca Angela. 

Além disso, o congelamento facilita na montagem de diversas porções, por exemplo, com refeições para toda a semana. Colaborando, assim, com um melhor planejamento alimentar e nutricional. 

Vale sempre buscar orientação e seguir um plano alimentar desenhado por um (a) nutricionista. Dessa forma, é possível trazer uma maior riqueza nutricional para os pratos e evitar desperdícios, indo ao mercado já com uma lista específica do que comprar.

Leia também: Como ter uma alimentação saudável? Dicas e alimentos | MS (minutosaudavel.com.br)

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Como congelar alimentos? 

Mais importante que o congelamento, é o preparo anterior do alimento/refeição e o descongelamento. Antes de mais nada, os alimentos a serem congelados devem ser frescos e limpos. Por outro lado, para refeições prontas, é importante cozinhar o alimento pelo mínimo tempo necessário, já que o congelamento e descongelamento podem amolecer a textura e prejudicar o gosto. 

No caso de carnes, processados, embutidos, pães e sopas, o congelamento deve ser hermeticamente fechado, com menor quantidade de ar possível. E esse é outro ponto fundamental para garantir um bom congelamento: a preocupação com as embalagens adequadas. 

Congelar alimentos e refeições
Congelar marmitas prontas facilita seguir uma alimentação equilibrada e natural no dia a dia

Embalagem

De acordo com o guia de alimentos congelados do Setor de Alimentação e Nutrição da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro, são indicadas embalagens hermeticamente fechadas, sendo:

  • Para alimentos líquidos e/ou refeições prontas: potes de vidro com tampa e sacos plásticos apropriados;
  • E para alimentos sólidos: plástico filme, sacos plásticos atóxicos fechados a vácuo, folhas de alumínio (com o lado brilhante em contato com o alimento), vasilhas plásticas, de alumínio ou de vidro, desde que vedadas do contato externo. 

Além disso, é interessante que a embalagem seja etiquetada e o congelador ou freezer seja organizado conforme a data de validade. Ou seja, quanto mais próximo do vencimento, mais próximo deve estar do campo de visão ao abrir o espaço.

Técnica de branqueamento

Vegetais não folhosos e algumas frutas (a maior parte deve ser congelada fresca, sem branqueamento) podem ser congelados a partir da técnica de branqueamento, que inativa enzimas do alimento para que ele mantenha suas características nutricionais, de textura, cor e sabor. 

Após higienizar e cortar as frutas e vegetais da maneira desejada, coloque em uma panela com água quente. Deixe de 2 a 10 minutos (de acordo com cada alimento específico), tire e mergulhe em água com gelo para que ocorra choque térmico. 

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Os nutrientes se perdem durante o congelamento?

Toda manipulação gera perda nutricional, isso é comum e natural. Assim, o congelamento também é uma vantagem, já que reduz a perda nutricional ao ter menos manipulação do alimento e aumentar a conservação de seus nutrientes. 

O que pode ser congelado?

Podem ser congeladas:

  • Carne fresca: inteira, moída ou em pedaços; 
  • Vegetais;
  • Frutas que não tenham grande quantidade de água;
  • Alimentos já preparados de maneira adequada para o congelamento, ou seja, não muito cozidos ou temperados (pois o congelamento acentua o tempero e no descongelamento a textura tende a amolecer). 

Após o congelamento, frutas, legumes e vegetais, por exemplo, perdem sua textura natural. Por isso, são melhores para o consumo em sucos, caldas, cozidos e ensopados. 

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O que não deve ser congelado?

Basicamente, não devem ser congelados:

  • Leites e derivados;
  • Ovos com casca ou cozidos;
  • Enlatados;
  • Alimentos que já foram descongelados uma vez (devem ser consumidos imediatamente ou descartados após o descongelamento); 
  • Maionese e cremes em geral;
  • Gelatinas e pudins;
  • Agrião, rúcula, alface e outras hortaliças folhosas que são consumidas cruas.

Por quanto tempo é possível manter os alimentos congelados? 

Caso você queira começar a congelar alimentos e refeições, é válido montar um cronograma para otimizar a logística, o espaço do freezer ou congelador, bem como as datas previstas de descongelamento dentro do prazo de validade. 

Em síntese, o tempo de congelamento é de alguns meses, mas varia de acordo com cada alimento e seu preparo. Por isso, “é importante sempre anotar na embalagem qual o alimento, data de congelamento e validade para que não tenha risco de acabar perdendo algum alimento”, orienta Angela.

Como calcular a validade dos alimentos congelados?

Normalmente, é possível utilizar tabelas pré-determinadas, como a seguinte:

  • Comida processada e pratos prontos, de 3 a 4 meses; 
  • Sopas, cozidos e refogados, de 2 a 3 meses;
  • Carne vermelha moída ou picada, de 3 a 4 meses; 
  • Carne em peça, de 8 a 12 meses; 
  • Frango e aves, de 9 a 12 meses; 
  • Peixes e frutos do mar, de 3 a 6 meses;
  • Hambúrgueres, almôndegas e bolo de carne, de 2 a 3 meses; 
  • Embutidos, de 1 a 2 meses;
  • Pães e massas, de 1 a 2 meses; 
  • Frutas, legumes e vegetais, de 5 a 6 meses. 

Porém, comidas e alimentos congelados industrialmente possuem prazos de validade diferentes aos citados acima. Devido à tecnologia de resfriamento, geralmente esses produtos possuem um prazo maior de validade. Neste caso, considere sempre as informações inclusas na embalagem sobre a validade e a forma adequada de descongelar.

Tem algum risco em consumir alimentos congelados?

O maior risco está na manipulação inadequada pré-congelamento ou na forma incorreta de descongelamento. Após descongelar, é recomendado o consumo em até 12 horas ou, no máximo, 24 horas dependendo do alimento em questão.

Sempre que descongelar um alimento ou refeição, é importante analisar textura, cheiro e cor. Em caso de desconfiança de que o alimento não esteja adequado para consumo, é importante descartá-lo. Assim, não há risco. 

Além dos cuidados descritos acima, um passo fundamental está no descongelamento, que deve ser curto (por exemplo, no microondas ou na panela) ou feito sob refrigeração (na geladeira). 

Deixar o alimento descongelando por muito tempo sem refrigeração, favorece a proliferação de microrganismos no alimento. Portanto, pode afetar textura, sabor, nutrientes e abrir espaço para alguma intoxicação alimentar, por exemplo.

E claro, vale reforçar que, ao congelar comida em casa, não esqueça de inserir etiquetas com a data de vencimento. Assim, não corre o risco de ingerir alimentos vencidos e que possam desencadear algum problema para sua saúde.   


Aqui no Minuto Saudável você confere diversos conteúdos sobre alimentação equilibrada, saúde e qualidade de vida. Então, siga acompanhando o site e nossas redes sociais! 

Fontes consultadas:

Imagem do profissional Angela Federau
Este artigo foi escrito por:

Esp. Angela Federau

CRN-8: 5047CompletarLeia mais artigos de Esp. Angela
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