Não são poucas as plantas com propriedades medicinais. Claro que elas não substituem tratamentos médicos convencionais, porém, podem ser úteis como um cuidado complementar em alguns casos — como para o alívio de dores, machucados etc.
Além disso, muitas dessas plantas também podem colaborar com fins estéticos. O que faz com que diversas pessoas cultivem algumas delas em casa.
Uma que é muito conhecida, e presente em vários lares, é a babosa (ou aloe vera). Confira um pouco sobre os seus benefícios, formas de uso e se é necessário alguma cautela:
A babosa (aloe vera) é uma planta da família das Liliáceas, do gênero Aloe, sendo assim, ao contrário do que muitos pensam, não se trata de uma espécie única. Na verdade, existem centenas dessas plantas espalhadas pelo mundo.
Porém, certamente a aloe vera é uma das que mais se destaca quanto ao uso popular.
Trata-se de uma planta do tipo suculenta — apresenta raiz, talo ou folhas mais grossos para armazenar água em quantidades maiores do que outras espécies.
Conta com propriedades anti-inflamatória, antitérmica e cicatrizante. Por isso, é muito utilizada para tratamento de lesões ou queimaduras na pele (tem alto poder de regeneração celular). Além de seu uso para tratar processos inflamatórios — como as doenças reumáticas.
Mas também pode ter finalidades estéticas, para quem quer cuidar da beleza. Nesse sentido, o uso mais comum é para cuidados capilares.
No geral, não há contraindicação ou risco de usar a babosa. Porém, é preciso ter cautela e lembrar sempre de utilizar apenas o gel das folhas e não sua parte externa, uma vez que essa pode ser tóxica ao organismo, especialmente se ingerida.
Grávidas, crianças e pessoas portadoras de determinadas condições (como disenteria) não devem fazer uso sem orientação profissional.
Como mencionado, o termo “babosa” é popularmente usado para caracterizar as plantas cientificamente denominadas “Aloe” — há mais de 300 espécies espalhadas pelo mundo.
Aqui no Brasil, são comumente encontradas 3 delas: Aloe Vera (ou Aloe barbadensis), Aloe Maculata e Aloe Arborescens. Sendo a primeira a mais comum.
O que as diferencia, basicamente, é o seu tipo de folha e o gel encontrado dentro delas. Mas, na sequência você pode entender melhor um pouco sobre cada uma:
Assim, embora todas sejam benéficas e semelhantes, o mais comum é que seja feito o uso da babosa (aloe vera). Então, na sequência, confira mais sobre suas diferentes finalidades e usos:
A babosa é uma planta que conta com propriedades calmantes e cicatrizantes, além de proporcionar uma pequena ação anestésica e ter efeito anti-inflamatório e antitérmico.
Por conta disso, o uso tópico (aplicação na área afetada) da aloe vera pode ser benéfico no tratamento das seguintes condições:
Além disso, algumas pessoas também optam por fazer suco da babosa, o que pode colaborar na recuperação e/ou controle de problemas como:
Pode contribuir também para uma melhor circulação sanguínea, devido ao fato de que auxilia diretamente na eliminação do excesso de gordura e toxinas do organismo. Ademais, regula e ativa as funções dos rins e fígado.
Entretanto, fora todas essas formas de uso e benefícios, a babosa também pode ter finalidades estéticas. Confira e entenda:
Não é difícil achar na internet receitas caseiras de hidratação para os cabelos. E a babosa é um ingrediente utilizado em muitas delas.
Inclusive, é também muito comum encontrá-la na composição de diversos cosméticos.
O seu uso para os cabelos é benéfico devido sua ação lubrificante nos fios, de forma que recondiciona e retira o aspecto seco e quebradiço. Sendo assim, pode-se dizer que funciona como um tipo de “condicionador natural”.
Consequentemente, após o uso, o efeito é um cabelo mais hidratado, brilhante e macio.
A forma de usar fica a seu critério, mas há duas opções bastante comuns — fazer um spray com o gel da babosa ou aplicá-lo como condicionador na hora da lavagem. Não há segredo no preparo:
O gel da folha da babosa é composto de um tecido rico em polissacarídeos, dentre os quais cabe destacar o acemannan — que tem ação regenerativa das células da pele. Por isso, é um ingrediente comum de cremes hidratantes e loções pós-sol.
Também é rico em vitaminas A, B, C e E, bem como em outros minerais (como o cálcio).
Para incluir a babosa em sua rotina de skincare sem ter que investir em produtos, você pode aplicar o gel no rosto no período da noite como uma máscara, deixando que a pele absorva durante o sono (que é quando há maior atividade celular).
Na manhã seguinte, apenas lave o rosto normalmente e faça seus cuidados habituais.
Caso deseje utilizar a babosa no corpo, o processo é semelhante. Pegue uma quantidade de gel proporcional à área que deseja hidratar e aplique até que a pele absorva.
Vale destacar que, tanto para o rosto quanto corpo, é preciso atentar-se para usar apenas o gel e não a região verde da babosa (parte externa da folha), visto que é tóxica.
Além disso, para facilitar a aplicação, você pode depositar o gel em um refratário e bater com a ajuda de uma colher ou mixer, de maneira que fique mais líquido e emoliente.
Sim. Em sua constituição, a babosa apresenta uma secreção rica em polissacarídeos (mucilagem) que conta com as propriedades anti-inflamatórias. De forma que pode reduzir os sintomas da inflamação e ajudar a inibir o processo no organismo.
Basicamente, a babosa pode atuar como um tipo de cortisona (ou corticoide). Ou seja, semelhante aos medicamentos que são produzidos a fim de combater processos inflamatórios e atuar como imunossupressores.
O maior benefício do uso da babosa em contraste ao desses remédios está no fato de que ela não causa os efeitos colaterais comuns dos corticoides — ganho de peso, retenção de líquido, aumento da pressão arterial, glicemia alta (açúcar no sangue), insônia etc.
Porém, é preciso ter em mente de que o uso da babosa constitui um tratamento natural. De forma que não substitui terapias convencionais em casos graves ou quando houver persistência de sintomas.
Nessas circunstâncias, é preciso buscar um acompanhamento médico especializado.
Sim. A aloe vera pode ser usada de forma tópica (direto na pele), através de cosméticos e receitas caseiras, mas também pode ser ingerida.
Entretanto, é mais recomendado o consumo da bebida industrializada, uma vez que essa não conta com a aloína, substância presente na babosa e que pode causar irritação das mucosas intestinais.
Considerando que pode ser difícil de encontrar esse tipo de produto, muitas pessoas optam pelas receitas caseiras. O que não é, necessariamente, contraindicado.
O principal cuidado é nunca usar a parte verde da planta (ou seja, a parte externa da folha) e sim apenas o gel que está dentro dela.
Além disso, um consumo moderado também pode evitar complicações decorrentes de intolerâncias ou irritações provenientes das substâncias presentes na planta.
Como mencionado no tópico anterior, a babosa pode ser ingerida. Assim, esse consumo pode ser feito através de bebidas que tem a planta como base, o que se resume ao chá de babosa e os sucos que podem ser preparados.
Basicamente, os cuidados necessários se resumem a um consumo moderado e sempre retirar totalmente a camada externa da aloe vera, utilizando apenas o gel presente dentro da folha.
Sendo assim, você pode preparar o chá de acordo com a seguinte receita:
Basta colocar todos os ingredientes para ferver e, depois, se desejar pode adoçar com mel ou um pouco de açúcar. Destacando que o uso do limão na receita é apenas para fornecer um sabor mais agradável ao chá.
Confira também como você pode fazer o preparo do suco de babosa:
O suco de babosa é bastante saudável e pode ser um grande aliado contra a má digestão, resfriados, rinite e outras condições.
Assim como no caso do chá, também é preciso retirar a parte externa e consumir com moderação. O preparo é igualmente simples, você pode seguir a seguinte receita:
Basta bater todos esses ingredientes no liquidificador e pronto. O uso da laranja ou do limão é apenas para proporcionar um melhor sabor, mas também contribui devido ao alto teor de vitamina C dessas frutas. Se desejar, pode adoçar com mel ou um pouco de açúcar.
A parte externa da babosa pode ser considerada venenosa. Ou seja, sua parte verde, que fica do lado de fora da folha. De forma que pode causar irritações se utilizada para aplicação na pele e complicações intestinais se for consumida.
No geral, é mais comum que as reações adversas estejam relacionadas ao consumo indevido da planta e não a partir de seu uso tópico.
Cabe destacar, nesse sentido, que a irritação intestinal ocorre devido à presença de antraquinonas na babosa. Essas substâncias são compostos tóxicos com efeito laxativo, podendo causar muitas cólicas intestinais, diarreia e desidratação.
Como mencionado em tópicos anteriores, o principal cuidado ao usar ou consumir babosa é descartar a parte externa da folha e utilizar apenas o gel presente dentro dela. Além de fazer a ingestão moderada e não utilizá-la para substituir terapias convencionais.
Porém, cabe destacar também que pessoas em determinadas condições precisam de orientação profissional para uso ou consumo. Nesse grupo, enquadram-se:
Fora essas condições, a babosa tende a não causar nenhuma complicação e ter um uso seguro.
Os cuidados alternativos, como o uso de plantas para cuidados medicinais, são cada vez mais comuns. Porém, não se esqueça que isso não substitui o acompanhamento médico, em especial nos casos mais graves ou quando há persistência de sintomas.
E para saber mais sobre assuntos como esse, continue acompanhando o Minuto Saudável!
Rafaela Sarturi Sitiniki
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