Saúde

Alergia a gatos: por que ocorre, sintomas e como tratar?

Publicado em: 15/01/2020Última atualização: 04/01/2023
Publicado em: 15/01/2020Última atualização: 04/01/2023
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Extremamente populares, os gatos são pets que fazem sucesso como animais de estimação. De acordo com o Instituto Pet Brasil (IPB), há mais de 20 milhões de gatos domésticos no país. Desta forma, médicos veterinários afirmam que este número crescente deve, no futuro, ultrapassar o número do animal doméstico preferido dos brasileiros que, até então, são os cães.

Apesar de sua presença nos lares de várias pessoas, alguns indivíduos possuem alergia a gatos, o que causa certo receio na hora de decidir sobre ter ou não o felino em casa. 

A fim de sanar algumas de suas dúvidas acerca do assunto, o Minuto Saudável destacou algumas informações sobre essa doença. Confira!

Índice - Neste artigo, você vai encontrar:

  1. Alergia a gato existe? Por que ocorre?
  2. Alergia a gatos: quais os sintomas?
  3. Como saber se tenho alergia a gato?
  4. Quem tem rinite alérgica pode ter gato?
  5. O que fazer?
  6. Qual remédio tomar?
  7. Como melhorar?

Alergia a gato existe? Por que ocorre?

A alergia a gatos existe e é um problema enfrentado por pessoas de diversas idades e, ao contrário do que se pensa, sua causa não tem origem exclusiva no pelo do animal. 

A sensibilidade ocorre, pois os gatos produzem substâncias consideradas alergênicas aos seres humanos, ou seja, que o corpo humano não reconhece. Essas substâncias estão presentes na urina, saliva e células descamadas da pele.

A principal, apontada como mais alérgica, é a substância Fel d 1, proteína que compõe a saliva do animal. No entanto, para que a alergia se manifeste, não é necessário que o felino lamba ou entre em contato direto com a pessoa. 

Os gatos costumam realizar o conhecido “banho de gato”, em que os bichinhos se lambem para fazer a limpeza do corpo. O grande problema é que, ao fazer isso, as proteínas liberadas pela saliva passam para o pelo do animal e, posteriormente, desprendem-se da pelagem e se propagam no ambiente.

Dessa forma, para quem é alérgico, basta estar em um local em que há a presença de gatos para que os sintomas apareçam.

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Alergia a gatos: quais os sintomas?

Os sintomas da alergia a gatos podem variar na intensidade, mas são, em geral, característicos de rinite alérgicaasma.

Eles ocorrem devido à reação imunológica exagerada do organismo contra os agentes alergênicos, como os que vimos acima. Essa reação promove a liberação de histamina, uma substância que auxilia nos processos de resposta imunológica e provoca espirros, coceira e vermelhidão.

A seguir, confira os principais sintomas dessa alergia:

Espirro e coriza

O espirro e a coriza constante são, geralmente, as primeiras características notadas por quem possui alergia. Esses sintomas são a tentativa do organismo de eliminar elementos considerados estranhos ao corpo.

Somado a isso, também é comum que haja obstrução nasal. O processo inflamatório da mucosa nasal, tecido que reveste internamente o nariz. Quando há a inalação de substâncias alergênicas, o corpo inicia um processo de defesa para impedir a entrada delas e, por isso, ocorre a congestão.

Tosse

O sistema respiratório é composto por cílios que auxiliam a filtrar impurezas que entram no corpo por meio da respiração. Apesar disso, algumas partículas podem não ser filtradas.

tosse, assim como outros sintomas, é uma reação do organismo para eliminar substâncias estranhas que podem estar nas vias respiratórias, nesse caso, partículas alergênicas.

Coceira e vermelhidão

Quando o organismo sofre alguma irritação pela presença dos agentes alergênicos, há também a presença de coceira e vermelhidão na pele e olhos.

Problemas respiratórios

Em casos mais graves, problemas respiratórios podem ocorrer. Sintomas de asma, como dificuldade para respirar e chiado de peito, são os mais recorrentes.

Olho lacrimejando

Os olhos possuem um sistema próprio de proteção e lubrificação, portanto, além de manter os olhos úmidos, as lágrimas também atuam na proteção contra impurezas. Quando uma pessoa está em meio a uma crise alérgica, um sintoma frequente é a maior produção lacrimal. 

Assim como nos outros sintomas, isso ocorre como uma reação do corpo para tentar proteger e eliminar substâncias estranhas do organismo.

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Como saber se tenho alergia a gato?

Se a pessoa apresenta sintomas de coceira, espirros ou tosse apenas por estar no mesmo ambiente que o gato, mesmo sem se aproximar muito dele, pode ser sinal de alergia. 

Para confirmar o diagnóstico, é importante consultar um médico(a), como o(a) alergista, que avaliará a presença ou não da alergia, por meio de exames de sangue ou contato. 

Em um dos testes em que é feito o contato, são aplicadas no corpo, geralmente na região do braço, gotas de substâncias potencialmente alérgicas. Em seguida, são realizados pequenos furinhos com uma agulha para que a substância penetre na pele.

Cerca de 15 a 20 minutos depois, em caso de alergia, é possível observar as reações na pele.

Leia também: Alergia na pele: causas e como identificar os sintomas

Quem tem rinite alérgica pode ter gato?

Depende. Mesmo que as substâncias alergênicas presentes no gato estimulem o aparecimento dos sintomas da rinite, há cuidados e medicamentos que podem prevenir as crises e auxiliar no controle da doença. Contudo, quem possui um alto grau de sensibilidade pode ter dificuldades na convivência com o animal.

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O que fazer?

A primeira coisa a se fazer quando há suspeita de alergia, é consultar um(a) médico(a). Caso o diagnóstico seja realizado, haverá indicação para o melhor tratamento e remédios para aliviar os sintomas.

Se você descobriu que é alérgico(a), mas não quer abrir mão da companhia do seu bichinho, fique tranquilo(a). Alguns cuidados podem auxiliar no controle da alergia, como: 

  • Escovar o pelo do animal com frequência e do lado de fora de casa;
  • Impedir que o gato permaneça no ambiente em que o indivíduo dorme;
  • Dar banho no bichinho na frequência recomendada pelo(a) veterinário(a);
  • Lavar bem as mãos após entrar em contato com o animal.

Em casos de alergias mais graves, pode ser necessário o uso de antialérgicos. Além dos cuidados caseiros, o acompanhamento médico é fundamental para o controle da doença.

Qual remédio tomar?

Em geral, anti-histamínicos são indicados, já que inibem a ação da histamina, substância que provoca a resposta imunológica exagerada. Porém, é sempre importante se atentar aos perigos da automedicação

Por isso, lembre que o uso de medicamentos deve ser realizado apenas sob acompanhamento médico.

Como melhorar?

Além do tratamento com medicamentos, há outras opções para a melhora a curto e longo prazo das crises alérgicas, como:

Em meio a crise

Em meio a uma crise alérgica, o nariz costuma estar congestionado. Para diminuir a obstrução e facilitar a respiração, é indicado realizar a lavagem nasal com soro fisiológico, basta colocar o líquido em um conta gotas e pingar o soro no nariz.

Outros sintomas recorrentes são a coceira e lacrimejação dos olhos. Para aliviá-los, a limpeza com colírios específicos é aconselhada. 

Apesar disso, é importante ressaltar que os cuidados não devem ser realizados apenas no momento da crise, mas sim diariamente.

Longo prazo

Algumas medidas podem ser tomadas para tentar evitar que crises alérgicas ocorram. Algumas delas são: 

  • Utilizar sempre o aspirador de pó e pano úmido na higienização do ambiente;
  • Evitar o uso de carpetes e tapetes em casa, pois é local de acúmulo de alergênicos;
  • Trocar regularmente as roupas de cama;
  • Utilizar um purificador de ar.

Essas medidas podem não acabar com as crises de forma permanente, mas podem auxiliar na redução da frequência com que ocorrem.


A alergia a gatos é um problema comum e enfrentado por diversas pessoas, sendo que muitas delas são as que têm grande afeição pelos felinos.

Para promover uma melhor convivência com o animal e a melhora dos sintomas, algumas atitudes devem ser tomadas. Entretanto, apesar das dicas presentes no artigo, procure orientação médica para esclarecimento de eventuais dúvidas.

Para seguir informado sobre o universo dos pets e como melhorar a qualidade de vida dos bichinhos, siga acompanhando o portal e redes sociais do Minuto Saudável!


Referências

Imagem do profissional Rafaela Sarturi Sitiniki
Este artigo foi escrito por:

Rafaela Sarturi Sitiniki

CRF/PR: 37364Farmacêutica generalista graduada pela Faculdade ParananseLeia mais artigos de Rafaela
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