Nem sempre nos preocupamos com a saúde dos ossos. Muitas vezes, apenas quando a idade chega ou ocorre um acidente grave é que a integridade desse tecido é avaliada. No entanto, uma série de condições podem acometê-lo, mesmo em pessoas jovens.
A osteoporose é uma dessas condições que afetam sobretudo mulheres após a menopausa ou que podem ocorrer de forma antecedente quando há o uso de medicamentos.
Para reduzir os danos ósseos e recuperar a condição de pacientes, alguns medicamentos podem ser indicados. Em algumas condições específicas, conforme a avaliação e orientação médica, o Aclasta pode ser indicado.
O Aclasta é uma medicação administrada de modo intravenoso, ou seja, aplicado na veia. O princípio ativo é o ácido zoledrônico, que tem indicação para o tratamento de condições relacionadas à saúde óssea. Entre elas, a osteoporose, a baixa densidade óssea e também a doença de Paget do osso.
A administração depende da condição que está sendo tratada. Em geral, o medicamento é administrado em uma única dose ou uma vez ao ano, sempre com acompanhamento médico constante.
Além disso, geralmente é necessário combinar a administração com o uso de suplemento de cálcio e/ou vitamina D.
Essa substância, após a administração, age sobre os osteoclastos (que são células que atuam na redução do tecido ósseo). Assim, reduz a reabsorção óssea, que é parte do processo de remodelação e adequação do tecido ósseo às mudanças e necessidades do corpo.
Há quem pense que os ossos, depois de formados, não mudam mais. Mas assim como outros tecidos do corpo, eles também estão em constante adaptação. Esse processo é chamado de remodelação óssea e consiste, mais ou menos, em uma constante destruição e recomposição da massa do osso.
Isso é necessário para que lesões ou danos que ocorrem neles possam ser reparados. Quando esse processo está equilibrado, o osso se mantém saudável.
Mas é natural haver uma fragilização do tecido com o avançar da idade, chegada da menopausa e uso de medicamentos. Então, se houver um desequilíbrio — mais tecido sendo reabsorvido (destruído) do que reconstruído —, tem-se a osteoporose.
O Aclasta tem o ácido zoledrônico como substância ativa, indicada para o tratamento de condições relacionadas à saúde e integridade óssea. Como auxilia no aumento da densidade do tecido ósseo, ele é indicado especialmente para mulheres após a menopausa ou pacientes com a doença de Paget do osso, visando evitar fraturas.
Veja mais sobre as indicações que constam na bula:
A menopausa (que é a última menstruação) afeta a produção do hormônio estrogênio. Com isso, os ossos são afetados, acelerando o processo de degradação (reabsorção), o que os deixa porosos e frágeis.
Em geral, conforme a bula, a dosagem indicada para mulheres após a menopausa é de 5mg de Aclasta, 1 vez por ano.
A ação esperada é o aumento da densidade óssea, reduzindo os riscos de fraturas, sobretudo no quadril.
É bastante comum que, após uma primeira fratura, ocorram outras em até 3 anos, sendo muitos casos já no primeiro ano.
Esses quadros são ainda mais comuns em pessoas acima dos 50 anos e em mulheres após a menopausa, devido à aceleração da reabsorção óssea. Em geral, a indicação é uma única aplicação de Aclasta.
Como o medicamento age aumentando a densidade óssea, ele também é indicado para homens que sofrem com porosidade e fragilidade óssea. Pode ser indicada a aplicação de 1 dosagem de Aclasta.
Os glicocorticoides são substâncias que atuam como anti-inflamatórios. Apesar da ação potente, esse grupo de medicamentos pode ter efeitos adversos bastante intensos, entre eles, a osteoporose.
Estima-se que entre 30% e 50% das pessoas que fazem uso crônico de glicocorticoides desenvolvem osteoporose.
Indica-se dar atenção à ingestão de vitamina D e ao cálcio, bem como a alimentação como um todo. Assim, o Aclasta pode ser usado em doses de 5mg, 1 vez ao ano.
A osteopenia é uma perda de massa óssea, porém, em menor intensidade do que a osteoporose. Vale lembrar que é natural que, no decorrer da vida, ocorra uma redução da densidade óssea, mas que não deve causar fraturas ou fragilização extrema do tecido.
Após a menopausa, esse processo tende a ser mais acelerado, aumentando os riscos de osteoporose. Nesses casos, indica-se a aplicação de 1 dose de Aclasta, 1 vez ao ano. A paciente deve ser acompanhada para a avaliação do progresso do quadro.
A doença de Paget do osso é uma condição em que há um processo de composição e formação óssea mais intensos, fazendo com que o tecido fique mais espesso, porém alongado, frágil e distorcido.
O tratamento com Aclasta é indicado associado à ingestão de vitamina D e suplemento de cálcio. Em geral, usa-se apenas uma aplicação e os resultados são acompanhados pela equipe médica.
O medicamento é aplicado por via intravenosa. Isso significa que a substância ativa ácido zoledrônico, na concentração de 5mg, é diluída em 100mL de solução e somente deve ser administrada por profissionais de saúde. O tempo mínimo de aplicação é de 15 minutos, sendo que a administração deve ser constante.
É bastante importante que a pessoa esteja devidamente hidratada, sobretudo quando apresenta idade avançada.
Segundo a bula, é comum que ocorram efeitos adversos passageiros até 3 dias após a aplicação, mas que tendem a reduzir sem grandes complicações.
Os efeitos colaterais mais comuns podem variar de acordo com a condição tratada e não necessariamente vão ocorrer. No geral, as pessoas em tratamento podem apresentar: febre, mialgia (dor muscular), sintomas similares à gripe, artralgia (dor articular) e dor de cabeça.
Esses quadros são mais comuns nos primeiros 3 dias após a administração do ácido zoledrônico, sendo que, quando intensos, costumam responder bem ao uso de analgésicos com orientação médica.
Também podem ocorrer vômitos e diarreia. Menos comum, mas ainda possíveis, são a sonolência e dores abdominais.
Sim. Desde 2005, o Aclasta é liberado e aprovado pela Anvisa, na categoria de medicamentos supressores da reabsorção óssea.
Sim, o Aclasta faz parte do grupo de medicamentos de alto custo. O SUS incorporou, em 2018, o Ácido Zoledrônico no tratamento da Doença de Paget, publicando o relatório de recomendação CONITEC.
Além disso, pacientes com recomendação médica podem entrar com processos judiciais para a obtenção terapêutica.
Em todos os casos, via judicial, obtenção pelo SUS ou compra em redes privadas, o medicamento só pode ser acessado após indicação médica.
O Aclasta pode ser obtido pelo Sistema Único de Saúde, podendo haver critérios específicos para a retirada do medicamento de forma gratuita.
Para pacientes que desejam consultar os valores do Aclasta, podem ser feitos orçamentos em redes de farmácia ou estabelecimentos físicos ou online, como o Consulta Remédios.
Em média, o Aclasta 5mg/100mL, caixa com frasco com 100mL de solução de uso intravenoso pode ser encontrado a partir de R$860*.
Há também outras opções de ácido zoledrônico, como o Densis 5mg, caixa com 1 frasco de sistema fechado com 100mL, a partir de R$680*.
* Preços consultados em novembro de 2019. Os valores podem sofrer alteração.
Medicamentos como o Aclasta podem ser determinantes na manutenção da qualidade de vida de muitas pessoas. Por isso, ter informações sobre ele faz bastante diferença.
Para facilitar o acesso ao tratamento correto, o Consulta Remédios oferece um serviço personalizado de orçamentos judiciais. Quer obter, de forma rápida e simples, uma cotação do Aclasta? Basta acessar o link e preencher o formulário!
Dra. Francielle Mathias
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