Na gravidez, a taxa de doença mental é de cerca de 14%, porém, muitos casos não são diagnosticados, pois a gravidez e a maternidade são momentos de maior vulnerabilidade para essas mulheres.
Durante o período gestacional, a mulher apresenta mudanças físicas, psíquicas e sociais que podem influenciar diretamente na condição mental e emocional. Esse impacto é sentido em toda família, até mesmo pelo cônjuge e recém-nascido.
Portanto, por esses fatores, é comum que haja maiores ocorrências de transtornos mentais no terceiro trimestre da gravidez, cujos sintomas aparecem de maneira mais expressiva do que nas fases anteriores.
Para saber mais sobre os transtornos mentais na gravidez, as causas, quais são os transtornos mais comuns e os fatores de risco, continue acompanhando o artigo!
Índice — Neste artigo, você vai encontrar:
As causas do desenvolvimento desses transtornos podem envolver a alteração da produção dos níveis do estrogênio e da progesterona, responsáveis pelo aumento da libido e fortalecimento muscular, respectivamente. Além disso, pensamentos ansiosos também podem desencadear pensamentos e comportamentos obsessivos.
A ansiedade durante ao período gestacional é desencadeada por preocupações diante da saúde do bebê, alterações da rotina, insegurança diante do papel de ser mãe e situação financeira. Casos de gravidez não planejada, por exemplo, causam maiores preocupações e pensamentos acerca das condições financeiras.
Além disso, sabe-se que a genética tem grande influência no desenvolvimento de transtornos mentais, principalmente quando parentes de primeiro apresentam diagnóstico dessas condições.
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Na gravidez, podem surgir alguns transtornos mentais comuns, como:
Esse tipo de transtorno possui a prevalência de 30% em mulheres em algum período durante a vida. Na gravidez, isso se dá devido ao aumento da produção de estrogênio e progesterona, que causa aumento das reações emocionais, além de prejuízos para a mãe e para o bebê.
Os sintomas ansiosos envolvem preocupações excessivas com a saúde do bebê, rotina pós-nascimento, financeira e sobre a capacidade de ser mãe, por exemplo.
A prevalência de depressão na gravidez corresponde a cerca de 13%, sendo que as principais causas envolvem pré-disposição genética e estresse agudo passado pela mãe durante esse período.
Além disso, condições sociais implicam diretamente no desenvolvimento desses sintomas depressivos, como a má qualidade das relações.
O aparecimento dessa condição tem maior ocorrência durante o segundo e terceiro trimestre de gravidez. Durante o pré-natal e pós-parto, podem ser realizados estes de rastreio que ajudam a evidenciar a depressão.
O Transtorno Obsessivo Compulsivo (TOC) na gravidez corresponde a cerca de 46% na primeira gravidez e 50% na segunda gestação. Além disso, esse transtorno pode desencadear outras condições, como a depressão pós-parto.
São comuns pensamentos obsessivos como medo de morte do bebê ou de que ele seja contaminado, além de comportamentos compulsivos como solicitação para serem realizados vários exames a fim de verificar a saúde do bebê.
A presença de transtornos pode impactar diretamente na gestação, causando aumento nas taxas de abortos, prematuridade, baixo peso ao nascer, pré-eclâmpsia, atrasos no neurodesenvolvimento da criança e culminar na depressão pós-parto da mãe.
É fundamental que no início da gestação sejam detectados o início das condições para serem minimizados os impactos dessas condições e sintomas apresentados.
Durante o pré-natal, é necessário ter cuidado com a saúde mental, e não somente com condições físicas, pois, existe a possibilidade de serem desencadeadas doenças tanto na criança, quanto na mãe.
O tratamento se baseia na identificação precoce dos sintomas apresentados diante das condições psiquiátricas durante o pré-natal e pós-parto. Algumas escalas poderão ser utilizadas, além de levantamento do histórico de doenças psiquiátricas na família, que podem influenciar diretamente no desenvolvimento dessas condições.
O apoio da família é fundamental durante o início da maternidade, principalmente em casos de transtornos psiquiátricos, independente da idade do(a) paciente.
Além disso, acompanhamento multiprofissional é recomendado, principalmente com o psiquiatra e o(a) psicólogo(a) para que durante a gestação sejam trabalhadas as mudanças no organismo e entendimento sobre as oscilações de humor.
A presença dos transtornos mentais na gravidez podem ser desencadeadas devido à alteração do estrogênio e progesterona, além das preocupações acerca da saúde do bebê e do pós-parto.
Se você ou alguém que você conhece apresenta esses sinais, procure ajuda psiquiátrica ou psicológica!
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Esp. Thayna Rose
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