Ultrassonografia obstétrica: quando é indicada, tipos e como é feita

Para que serve e quando é indicada?

A ultrassonografia obstétrica tem como finalidade analisar o feto desde o início da gestação, assim como o útero, a placenta e outras partes que compõem esse ecossistema.

O exame permite acompanhar o crescimento do bebê, o desenvolvimento da sua anatomia, as condições uterinas e coletar outros dados importantes.

É recomendado que sejam realizadas, no mínimo, duas ultrassonografias durante a gravidez, sendo três a quantidade ideal, uma para cada trimestre. Em contextos em que apenas uma é possível, o período indicado é entre a 20ª e a 24ª semana, quando a anatomia do feto está sendo desenvolvida e eventuais malformações podem ser detectadas.

No caso de gestações múltiplas ou que apresentem algum outro fator de risco, podem ser necessárias mais ultrassonografias ao longo do tempo. O exame não oferece riscos para mãe ou feto, o que permite que ele possa ser feito várias vezes.

Tipos

Existem vários tipos de ultrassonografia, mas no campo obstétrico, durante a gestação, as mais comuns são as seguintes:

Abdominal

É o exame tradicional em que o aparelho é colocado sob o abdômen da gestante, conseguindo, assim, coletar as imagens do feto a partir dessa região.

Transvaginal

A ultrassonografia transvaginal geralmente é realizada no início da gestação. Ela capta batimentos cardíacos e imagens do feto nessa fase inicial, quando o ultrassom por via abdominal ainda não é capaz de registrar.

Morfológico

É uma ultrassom mais aprofundada, que tem como objetivo acompanhar a morfologia fetal, ou seja, é a forma de analisar o desenvolvimento dos órgãos e a saúde do bebê em geral. Esse tipo de exame pode ser realizado no 2º trimestre.

3D e 4D

Estes são exames que surgiram nos últimos anos e possibilitam uma visualização mais precisa do feto. É possível gerar imagens que mostram o rosto do bebê e seus movimentos por meio de ambos.

Quais condições a ultrassonografia obstétrica detecta?

A ultrassonografia tem a função de detectar alguns aspectos do desenvolvimento do bebê, assim como a saúde do útero e placenta. De acordo com o período da gestação, o exame pode avaliar diferentes condições. Confira:

1º trimestre

• Gestação dentro do útero (tópica);
• Quantidade de embriões;
• Vitalidade do feto;
• Idade gestacional;
• Batimentos cardíacos fetais (BCF);
• Comprimento cabeça-nádegas (CCN).

2º trimestre (ultrassonografia morfológica)

• Formação do feto;
• Cabeça;
• Coração;
• Membros;
• Sistema nervoso;
• Sexo do bebê.

3º trimestre

• Crescimento do feto;
• Localização e desenvolvimento da placenta;
• Quantidade de líquido amniótico.

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Como a ultrassonografia obstétrica é feita?

A ultrassonografia utiliza ondas sonoras para formar imagens. A máquina responsável pelo exame possui um aparelho chamado transdutor, que é colocado sobre a região desejada. Ele detecta a vibração dessas ondas sonoras, e por meio delas, identifica um objeto e constrói imagens.

Geralmente, é aplicado um gel que fica entre a pele e o transdutor, e o(a) profissional responsável vai movimentando aparelho pelas áreas que precisam ser visualizadas.

Pode haver um leve desconforto quando ele é pressionado, mas nada mais que isso. O exame é indolor e seguro, já que não utiliza radiação, além de ser rápido e de baixo custo.

Qual a diferença entre a ultrassom obstétrica e a morfológica?

A ultrassonografia morfológica é também uma obstétrica, já que ambas as nomenclaturas se referem aos exames de imagem feitos durante a gestação para visualizar o feto. Porém, a morfológica tem caráter mais detalhado, e sua função é avaliar o desenvolvimento do bebê com mais profundidade.

Sua realização é indicada no 2º trimestre de gestação, quando os órgãos estão em processo de formação e sua visualização é possível, diferente dos outros períodos gestacionais.

Se preparando para o exame

Em geral, não é necessário uma preparação prévia para a ultrassonografia obstétrica. A paciente apenas precisa afastar ou remover a roupa na região examinada, já que o aparelho precisa estar em contato com a pele.

De qualquer modo, é importante conversar com o(a) médico(a) que acompanha a gestante para tirar dúvidas e receber as recomendações necessárias.

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O pré-natal é direito de toda gestante, já que pode fazer toda a diferença nesse período e na saúde de mãe e bebê, e por isso ele não deve ser negligenciado.

Esse é um momento de muitas transformações na vida da mulher e o acompanhamento de profissionais, familiares e amigos é fundamental nessa fase. 

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Fontes consultadas

• Ultrassonografia obstétrica como ferramenta didática no rastreamento de patologias fetais - Revista Práxis; 
• Saúde da mulher na gestação, parto e puerpério - Ministério da Saúde;
• Manual de Habilidades Profissionais | Atenção à saúde da mulher e da gestante - Universidade do Estado do Pará;
• https://www.saude.pr.gov.br/sites/default/arquivos_restritos/files/documento/2020-04/ultrassom_pre_natal.pdf - Secretaria de Saúde do Paraná.