Conviver com a diabetes requer cuidados como fazer exercícios, ter uma boa alimentação e, em alguns casos, aplicar injeções de insulina diariamente.
Em geral, não demora muito para que o paciente, ao receber o diagnóstico, comece a fazer as próprias aplicações. Mas isso requer algum treinamento, que deveria ser feito com manequins ou simuladores humanos.
Alguns aplicadores de insulina já são comercializados. Mesmo assim, são pouco usados por terem um custo alto (cerca de R$ 4.700,00).
Esses simuladores ajudariam no treinamento do paciente, indicando a forma correta de fazer a injeção, bem como os locais indicados.
Mas um grupo de pesquisadores brasileiros desenvolveu um manequim aplicador de insulina que custará aproximadamente R$ 400,00, ou seja, 15 vezes menos que o valor dos disponíveis no mercado.
Esse manequim, feito de silicone, tem indicações de espuma nos lugares onde a insulina pode ser aplicada (coxas, abdômen, nádegas e braços).
Além dos pacientes, o modelo pode ser usado para ajudar os estudantes de enfermaria e medicina a “treinarem” a aplicação de forma correta.
Segundos os especialistas, se a injeção for aplicada em local errado, o paciente pode ter lesões e nódulos, causando a absorção incorreta do medicamento.
O aplicador foi produzido pela Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto (EERP) que pertence à Universidade de São Paulo (USP).
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Aplicação de insulina
Aqui estão alguns passos para a aplicação correta da insulina:
- Separe tudo antes: para aplicar corretamente a insulina, você precisa de álcool 70%, algodão e a seringa ou caneta;
- Local de aplicação: faça rodízios e evite aplicar injeções próximas da última aplicação;
- Higiene: lave as mãos (antes e depois) e passe um algodão com álcool no lugar em que será feita a aplicação;
- Cuidado com a agulha: veja se a agulha está bem presa à seringa ou caneta. Não coloque nenhum tipo de creme, líquido ou medicamento na agulha;
- Descarte: depois de usar a agulha, coloque-a dentro de um frasco (pet, por exemplo) evitando que outras pessoas se machuquem. Se o frasco estiver cheio, leve-o a uma unidade básica de saúde.
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Com um aplicador com preço mais acessível, mais pessoas poderão aprender a forma correta de aplicar a insulina, o que pode facilitar a educação em diabetes.
Fonte: USP