Pancadas, quedas ou acidentes, em geral, necessitam de um exame de raio-x, nem que seja só para confirmar que não houve nenhuma fratura. O exame faz parte da rotina de atendimento em hospitais, clínicas e pronto-atendimentos.
Índice – neste artigo você encontrará as seguintes informações:
Os raios X são uma parte do espectro eletromagnético em uma frequência que não somos capazes de ver com nossos olhos. São usados nos exames de imagem de raios X, feitos para examinar partes internas do corpo sem precisar fazer cortes ou perfurações.
Os principais exames feitos com raios X são a radiografia e a tomografia computadorizada.
Para entender como o exame de raios X funciona, primeiro precisamos entender um pouco sobre luz e o espectro eletromagnético.
O espectro eletromagnético é o intervalo de todas as possíveis frequências de radiação eletromagnética, que é formada, basicamente, pela luz.
A luz é uma coisa estranha. Ela é feita por partículas de energia chamadas de fótons, mas se comporta como uma onda. Sabe quando jogamos uma pedra dentro da água e diversas ondinhas se espalham para todos os lados a partir do ponto onde a pedra entrou na água? É mais ou menos assim.
Ondas, entretanto, precisam de um meio para existir. As ondas na água só existem porque elas estão na água. O som nada mais é do que ondas que se transportam pelo ar.
A luz, entretanto, é uma partícula e uma onda. Ela, de certa forma, é o próprio meio e por isso pode se transportar através do vácuo do espaço, vindo do sol até a terra, por exemplo.
A única coisa que nos permite enxergar são nossos olhos, que recebem os fótons e mandam essa informação para o cérebro, que os interpreta da maneira adequada para que possamos formar imagens visuais. Tudo aquilo que vemos não passa de ondas que nossos olhos recebem.
Entretanto, os olhos humanos não são capazes de receber qualquer luz. Para isso, é necessário que ela esteja no comprimento de onda correto.
O comprimento de onda é a distância entre cada repetição de ondas. No caso da pedra que jogamos no lago, é o espaço entre cada uma das ondas, o que nesse caso é bem grande.
Nossos olhos são capazes de identificar um espectro muito específico da luz, com comprimento de onda entre 380 e 740 nanômetros. Cada nanômetro possui um milionésimo de milímetro. Qualquer fóton com comprimento de onda maior ou menor do que isso está fora do espectro visível da luz.
Todas as cores que podemos ver estão neste espectro, sendo o violeta entre os 380nm e os 440nm e o vermelho entre os 625nm e os 740nm.
Raios ultravioleta, por exemplo, estão entre os 10 e os 380 nanômetros, portanto não somos capazes de vê-los, mas eles estão lá, assim como o infravermelho, que começa a partir dos 740nm e vai até 1 milímetro.
Os raios X possuem um comprimento de onda ainda menor do que os raios UV. Os raios X com menor comprimento de onda possuem apenas 0,01 nanômetro, enquanto os maiores alcançam os 10 nanômetros, bem longe do espectro que nossos olhos conseguem captar. Raios-X atravessam nossos olhos sem que sejam percebidos, e por isso não os vemos.
Agora que você já sabe que os raios X é um tipo de radiação luminosa, exatamente como a luz, mas em outro comprimento de onda, fica mais fácil entender como ele é capaz de nos mostrar coisas que estão dentro de nosso corpo.
Por causa do comprimento de onda dos raios X, a maior parte deles atravessa nosso corpo. Entretanto, ossos absorvem a radiação. Para a realização de um exame de raios X, a parte do corpo que será examinada é posicionada entre a fonte de raios X e uma placa fotográfica limpa.
Os raios-X atravessam o corpo e deixam a folha fotográfica enegrecida, mas quando o osso é atingido pelos raios-X, ele absorve a radiação e na folha, essa parte permanece branca.
Os fótons que conseguem atravessar os ossos deixam poucas marcas na folha, enquanto nos lugares onde não houve interrupção dos raios, ou houve pouca, a folha fica escura.
Assim, é possível conseguir uma imagem detalhada e clara dos ossos, além de ser possível ter algumas informações sobre outras partes do corpo com base na imagem e na quantidade de raios X que conseguiu atravessar.
O exame de raio-x serve, basicamente, para que profissionais de saúde avaliem a integridade dos ossos. Mas os raios-X são usados para diversos fins, mesmo fora da área da saúde. Alguns dos seus usos incluem:
Exames de imagem são um dos mais comuns e famosos usos dos raios X. Eles atravessam o corpo e marcam a placa fotográfica. Cada parte do corpo possui uma densidade diferente e permite que quantidades diferentes de raios X passem, portanto é possível identificar diversas estruturas.
Fraturas podem ser visualizadas com facilidade. Tumores podem ser identificados. Nos pulmões é possível diagnosticar pneumonia e tuberculose através de raios-X. Além disso, objetos alojados no corpo, como balas de armas de fogo ou pedaços de ferro, podem ser localizados.
Cáries podem ser facilmente diagnosticadas através dos raios X, assim como a identificação de dentes ainda não nascidos, como os dentes do siso.
A osteoporose também pode ser diagnosticada através dos raios X, já que os ossos menos densos permitem que mais raios-X atravessem o corpo em lugares que normalmente não deixariam.
Através da utilização de químicos de contraste, os raios X permite que se identifique certas estruturas como vasos sanguíneos e músculos.
Por fim, a tomografia computadorizada utiliza diversas imagens realizadas através de raios X para conseguir imagens detalhadas de vários planos do corpo todo.
Os raios X são extensamente usados em aeroportos para detectar armas, bombas ou qualquer objeto que não seja permitido dentro de um avião. É possível usá-lo para detectar metais, que aparecem de maneira clara na imagem mesmo sem haver necessidade de abrir bolsas e malas.
A identificação de objetos dentro das bolsas acelera as revistas e aumenta a segurança nos aviões. O sistema também pode ser usado em diversos outros lugares como eventos, hotéis, trens ou empresas.
A partir dos raios-X é possível analisar a composição química do solo. Cada elemento químico absorve, reflete ou permite a travessia de raios X em diferentes quantidades e através destes dados é possível saber quanto de cada um existe no solo.
Isso tem utilidade para a agricultura, geografia e diversas outras áreas que podem se beneficiar da informação sobre a composição química da terra.
A famosa imagem que representa o DNA é icônica e foi descoberta através do uso dos raios X, que permitiu uma imagem precisa sobre a molécula de DNA. Utilizando as ondas dos raios X, foi possível observar o método como elas refratam nos cristais moleculares que compõe a dupla hélice, conseguindo assim informações importantes sobre a estrutura.
Sem os raios X diversas descobertas no campo do DNA não seria possíveis.
A radioterapia é usada no tratamento de câncer, visando destruir células cancerígenas que possam estar no corpo de um paciente com radiação. Ela pode ser feita a partir de radioisótopos (como o cobalto-60 ou o césio-137), que emitem raios gama, ou a partir de equipamentos de quilovoltagem, que emitem raios X.
Nesse caso, a radiação é aplicada de vários ângulos diferentes, buscando reduzir ao máximo a exposição de tecido saudável.
O exame de raio-x da cabeça ou do crânio serve para detectar possíveis lesões ou alterações ósseas, decorrentes de doenças ou traumas. Toda a região do crânio é avaliada, compreendendo mandíbula e face.
Pode ser preciso realizar o exame quando a pessoa passou por reconstruções faciais ou colocação de próteses ósseas.
Na saúde, os exames de raios X são feitos de diversas formas, mas invariavelmente os raios X são produzidos e enviados com precisão para o local que se deseja examinar ou tratar.
Na máquina, um tubo de vidro à vácuo possui um par de eletrodos. Um deles é um filamento parecido com aqueles que ficam dentro de uma lâmpada fluorescente. Este filamento é aquecido com eletricidade e libera elétrons.
O outro eletrodo é um disco de tungstênio, um metal muito denso e com ponto de fusão elevado (o tungstênio derrete a 3422 ºC, sendo o segundo material com maior ponto de fusão, atrás apenas do carbono). Este disco possui uma carga positiva e quando os elétrons são liberados do filamento, o tungstênio os atrai.
O impacto destes elétrons com o disco faz com que o tungstênio libere energia em forma de fótons de raios X, que são lançados para todo o lado.
O tubo de vidro onde tudo isso se encontra é rodeado por materiais que impedem os raios X de passarem, como chumbo. Apenas uma pequena abertura permite que as ondas saiam. Esta abertura é direcionada para o paciente, que é posicionado de acordo com o exame sendo realizado.
Do outro lado do paciente, uma câmera registra os raios X, que atravessam em quantidades diferentes os materiais do corpo. Ossos são densos, portanto menor quantidade dos raios X os atravessam, enquanto músculos permitem que mais fótons passem. A imagem deles acaba ficando menos clara na imagem, enquanto os ossos aparecem com clareza.
Existem diversos tipos de exames de Raios X. Entre eles estão:
A radiografia é o mais simples dos exames de raios X. De um lado fica a máquina e, do outro, uma chapa que grava os raios X. Sobre a chapa é colocada a parte do corpo que será examinada, podendo ser um braço, uma perna, o tórax, cabeça, o que for.
Existe uma tendência de substituição do filme radiográfico por radiografias digitais.
A tomografia computadorizada é composta por diversas radiografias. A região do corpo a ser examinada recebe os raios X e passa as imagens para o computador, que une todas elas e forma uma imagem detalhada e de alta resolução do corpo.
A mamografia é realizada através de raios X. É basicamente uma radiografia detalhada da mama, buscando encontrar tumores que possam estar lá.
Angiografias buscam examinar vasos sanguíneos, órgãos e o coração. Para a realização deste exame, é inserido no corpo do paciente o contraste, que é um líquido que absorve os raios X.
Como músculos e vasos sanguíneos ficam pouco aparentes na radiografia comum, o contraste é necessário para que seja possível fazer a observação adequada destes tecidos, que aparecem claramente depois da aplicação do líquido.
A fluoroscopia utiliza uma fonte constante de raios X para que o exame mostre uma imagem em movimento ao invés de estática.
Ela pode ser usada para exames de deglutição, que analisam o mecanismo de engolir do paciente, ou em cirurgias em que o estudo dos fluidos do corpo são necessários, como na cirurgia de instalação de um marca-passo, onde bário é adicionado a corrente sanguínea e acompanhado através da fluoroscopia, para saber se o funcionamento do aparelho está correto.
Alguns locais são frequentemente examinados através de raios X. São os seguintes:
Queixas de falta de ar ou dificuldade de respiração frequentemente são examinadas através de um raio X de tórax. Com ele, busca-se encontrar infecções, problemas nos pulmões ou nas costelas, além de qualquer outro problema que possa estar causando a dificuldade respiratória.
Sintomas de dor no abdômen podem fazer o médico pedir um raio X dos rins, que podem ter cálculos que aparecem no exame, assim como tumores.
O exame de raios X mostra com clareza cáries, por exemplo, ou os dentes do siso, além das estruturas que não podem ser vistas a olho nu por estarem dentro das gengivas.
Raios X são usados em fraturas para examinar a extensão dos danos e confirmar a condição. Quando só há suspeita, ela serve para a confirmação, mas mesmo que se tenha certeza de que um osso está quebrado, as informações de em quantas partes o osso se fraturou e de quais outras lesões existem nele são importantes para o médico.
A tomografia computadorizada do crânio e do cérebro é um exame comum que busca encontrar danos ao crânio ou ao cérebro, que podem ter sido causados por traumas ou AVCs.
O exame com raios X deve ser feito quando existe suspeita de algum problema no interior do corpo que não pode ser diagnosticado pela simples observação. Isso inclui incontáveis condições diferentes, como câncer, fraturas, cistos, objetos alojados no interior do corpo, torções, cálculos e muitas outras.
A radiografia é um exame extremamente versátil, permitindo a confirmação ou eliminação de suspeitas com um exame pouco invasivo e de precisão notável.
Entre as doenças que podem ser diagnosticadas pelos raios X estão:
As contraindicações para exames de raios X são poucas e específicas. Especialmente quando não existe a necessidade do uso de contraste, dificilmente alguma coisa pode impedir alguém de fazer o exame.
Gestantes podem sim fazer exame de raios X, desde que avisem o médico da gravidez. Normalmente os exames não emitem radiação o bastante para que haja qualquer efeito no desenvolvimento do bebê, mas diversos deles em pouco tempo podem causar problemas.
Mulheres grávidas também devem evitar a tomografia computadorizada. A quantidade de radiação deste exame ainda é pequena, mas é consideravelmente maior do que a de uma radiografia simples e pode causar problemas no desenvolvimento do feto, especialmente no início da gestação.
O exame, entretanto, pode ser indicado de qualquer forma, quando os benefícios superam os riscos, que não costumam ser muitos.
Recomenda-se que não sejam realizados mais do que 5 exames radiográficos por ano. Apesar de a quantidade de radiação em um deles ser bem baixa, a repetição pode ser problemática e aumentar os riscos do exame.
O contraste frequentemente utilizado para os raio X pode piorar a insuficiência renal em pacientes que já sofrem da condição e não é indicado. O mesmo se aplica ao hipotireoidismo.
Alguns exames envolvendo raios X exigem preparos prévios.
Quando existe a necessidade do uso de contraste (um líquido que é usado para facilitar a visualização de certas partes do corpo) e o paciente possui alguma alergia à substância, a administração prévia de antialérgicos pode ser necessária.
Nos casos de exames de raios X que envolvem o abdômen, pode ser necessário realizar jejum para evitar que alimentos apareçam na imagem, atrapalhando a identificação dos órgãos.
Relógios, brincos, anéis, colares e qualquer outro tipo de metal podem interferir com as imagens dos raios X e da tomografia computadorizada, portanto devem ser removidos. Se você possui algum implante, é importante contar a seu médico.
Fazer os exames com os metais não é um grande problema, mas eles aparecem com clareza na imagem e dependendo de como estiverem posicionados, podem interferir no exame, escondendo algo que apareceria caso o metal não estivesse ali.
Os resultados podem ser lidos pelo médico radiologista e dependem muito de o que se está procurando. Uma fratura costuma ser claramente visível em um exame de raio X já que os ossos aparecem com clareza, porém este não é o único diagnóstico que a técnica permite.
Tomografias computadorizadas podem diagnosticar tumores e outras lesões e o médico saberá o que procurar nelas com base em seu conhecimento sobre o corpo humano.
Para que as imagens sejam reveladas, leva em torno de 10 a 15 minutos. Além disso, o laudo do médico pode adicionar algum tempo à espera, já que depende muito de o que está sendo analisado.
A falta de clareza em alguns exames pode afetar o resultado. Órgãos e vasos sanguíneos permitem que muitos raios X os atravessem, portanto pode ser difícil visualizá-los no exame. Para resolver este problema, é comum a utilização de um contraste.
O contraste é um líquido que não permite a travessia dos raios X com tanta facilidade. Ele é colocado no corpo, na corrente sanguínea ou no órgão a ser examinado, o que permite que o exame apresente um órgão ou vaso que normalmente estaria quase invisível de maneira clara.
Além disso, a quantidade de raios X também pode afetar os resultados. É possível regular a quantidade de raios X que saem da máquina de radiografia. Isso influencia a aparência de cada órgão na imagem e essa quantidade é modificada dependendo de qual órgão está sendo examinado.
A princípio, exames de raios X são perfeitamente seguros. Eles são baseados em radiação, mas costuma ser em uma quantidade extremamente pequena e por pouco tempo. Mas é importante salientar que a exposição frequente e prolongada a raios X pode causar danos nas células, levando à queimaduras ou câncer.
É por isso que radiologistas utilizam aventais de chumbo durante as radiografias. Isso os protege da radiação que, no paciente, não tem efeito nocivo, já que ele está lá para um exame curto. Porém, para o profissional, que fica na sala de radiografia por horas e em vários dias da semana, a proteção é necessária.
O preço de um exame de raio X é variado, já que depende da região sendo examinada. Uma radiografia de crânio, por exemplo, de acordo com o Consórcio Intermunicipal de Saúde do Oeste do Paraná, custa R$ 24,00.
A tomografia da coluna cervical com contraste pode ficar em torno de R$ 188,00 enquanto uma da aorta torácica sai por R$ 400,00. Tudo depende da região a ser examinada, se o contraste será necessário, entre outras coisas.
O raio X foi descoberto em 1895 pelo físico alemão Wilhelm Conrad Röntgen a partir do experimento do tubo de Crookes.
O tubo de Crookes cria raios X, lançando elétrons de um cátodo energizado em um ânodo, criando luz. William Crookes (criador do tubo de Crookes) não sabia disso, mas Wilhelm Conrad Röntgen, ao realizar o experimento, detectou os raios X em um pedaço de papel coberto de platinocianeto de bário, um composto químico que reage a radiação ultravioleta, violeta ou azul, brilhando em verde.
O platinocianeto de bário também reage com raios X e assim, Röntgen descobriu a existência deles. O físico percebeu que certos materiais que normalmente bloqueiam a luz visível não impediam os raios X de chegar à placa fotográfica de platinocianeto de bário.
Ele então pediu para que sua esposa, Anna Bertha Ludwig, colocasse a mão entre o tubo de Crookes e o papel com platinocianeto e o resultado foi a primeira radiografia da história, onde os ossos da mulher podiam ser vistos na imagem resultante, que você pode ver abaixo:
Os exames de raios X emitem radiação, mas a quantidade é pequena demais para causar qualquer dano no corpo humano. A repetição dos exames em um curto espaço de tempo, entretanto, pode causar problemas.
A dose de radiação ionizante no corpo humano é medida em sieverts (Sv). No caso dos exames de raios X, lidaremos com o milisievert (mSv), que é um milésimo de Sv. Cada 1000mSv equivale a 1Sv.
Basicamente tudo emite uma quantidade extremamente baixa de radiação. Comer uma banana, por exemplo, faz seu corpo absorver aproximadamente 0,0001 mSv.
A média mundial da radiação absorvida naturalmente (através de alimentos, radiação cósmica, raios gama) é de 2,4mSv/ano, variando de lugar para lugar do planeta.
Um raio X de braço emite aproximadamente 0,001mSv. Uma tomografia computadorizada odontológica chega a 0,15mSv. Uma mamografia pode emitir até 0,4mSv.
Cada exame possui uma quantidade de radiação diferente, mas todos eles emitem pouco, sendo um dos mais altos a tomografia computadorizada de corpo inteiro, que pode alcançar, em alguns casos, os 10 mSv.
Por segurança, as diretrizes básicas de proteção radiológica apontam que o público geral não deve ser exposto a mais do que 3,4mSv por ano enquanto profissionais que lidam com radiação não devem absorver mais do que 20mSv anualmente.
Entretanto, existem lugares do planeta onde a radiação natural alcança até 10mSv. E isso não é um problema.
A radiação só afeta o corpo a partir de doses bem maiores do que isso. É necessária a absorção de 50mSv a 100mSv para que alterações sanguíneas apareçam. A intoxicação por radiação só aparece a partir de 500mSv, quando náuseas podem se manifestar. É a partir daí que começa a ficar perigoso.
1Sv inteiro (ou seja, 1000mSv) pode causar hemorragia. A partir de 4Sv, a morte no prazo de 2 meses se torna possível caso não haja tratamento para a intoxicação por radiação.
A partir de 10Sv a morte ocorre entre 1 e 2 semanas por conta da destruição da parede intestinal interna, além de outras partes do corpo como a medula óssea. Com exposição a 20Sv, a morte acontece em alguns minutos ou horas.
Mas um exame de raio X não chega nem perto de 1 Sv inteiro. Para alcançar a dose necessária de radiação para danos sanguíneos, seriam necessárias pelo menos 5 tomografias computadorizadas de corpo inteiro em um curto período de tempo.
Por mais que as doses de radiação sejam baixas, profissionais que lidam com ela podem ser expostos de maneira constante.
Recomenda-se que eles não sejam expostos a mais do que 20 mSv por ano, mas quanto maior a exposição e mais prolongada, maiores os riscos de desenvolvimento de câncer. Portanto, o uso de equipamentos de chumbo, que bloqueiam a radiação, é recomendado para estas pessoas.
Não. Os aparelhos de radiografia possuem radiação eletromagnética, que para de ser produzida no momento em que a eletricidade para de ser enviada para o aparelho. Este tipo de radiação é como a luz e como a fonte dela deixa de produzi-la, a radiação se esvai, diferente dos aparelhos de radioterapia, que utilizam material radioativo.
O mesmo se aplica a qualquer metal que possa ser utilizado. Metais não absorvem radiação de aparelhos de radiografia.
Não existem contraindicações para gestantes. É recomendável informar o médico da gravidez para que ele escolha o que é melhor, mas a pouca quantidade de radiação não deve afetar o desenvolvimento do bebê.
Da mesma forma que para o feto e para adultos, crianças estão seguras realizando exames de raios X.
Você aprendeu que os exames de raios X são variados, úteis e seguros, trazendo diversas vantagens para os diagnósticos médicos de maneira pouco invasiva, além de outras utilidades cotidianas.
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Rafaela Sarturi Sitiniki
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