Em épocas quentes, seja na praia ou no passeio ao ar livre, o protetor solar costuma ser lembrado. Em geral, todo mundo já ouviu falar sobre a importância de aplicar o produto antes de expor-se ao sol — o que evita danos à saúde da derme.
Já no inverno, o hábito de proteger a pele costuma ser menor, pois o céu nublado dá a falsa sensação de que não há radiação UV. Esses raios não visíveis aos olhos humanos, mas, para a pele, podem ter efeitos bastante danosos.
Por isso, é preciso continuar investindo no protetor solar — mesmo no inverno!
Em relação ao sol, muita gente já está consciente sobre os cuidados para a saúde cutânea. Mas e dentro de casa, sob a luz artificial, também é preciso aplicar o protetor?
Entenda quais os cuidados com as lâmpadas e telas:
A luz pode ser de fontes naturais, como o sol, e de artificiais, como as lâmpadas — apesar de ambas iluminarem, cada uma tem características bastante singulares.
Como destaca o dermatologista Dr. Flávio Luz, é importante lembrar que o sol não é um inimigo — aliás, a exposição solar moderada é importante para a síntese de vitamina D. Apesar de ela poder ocorrer pela alimentação, é por meio da exposição ao sol que a maior parte da síntese ocorre.
O grande vilão, então, é o excesso.
"A quantidade adequada de exposição que cada pessoa pode ter com segurança depende de várias aspectos, como suscetibilidade individual, cor da pele, história individual ou familiar, presença de doenças induzidas pelo sol (lúpus eritematoso ou fotodermatite) época do ano, hora do dia, altitude e latitude."
Dessa forma, vale ressaltar que para avaliar corretamente esses aspectos, é sempre indispensável uma consulta dermatológica.
Mas, de modo geral, a exposição inadequada (ou seja, exagerada) ao sol pode ter alguns efeitos, como:
Por isso, é importante fazer uso do protetor solar para reduzir a incidência dos raios UVA e UVB, que são ondas da radiação com diferentes faixas de comprimento.
Os raios UVA têm maior capacidade de penetração na pele. A incidência é constante ao longo do dia, sendo relacionados ao envelhecimento da pele quando em excesso.
Já os raios UVB são aqueles com menor capacidade de penetração na pele, mas é a faixa de radiação responsável pela vermelhidão e ardência na pele quando ocorre exposição excessiva.
Apesar de as lâmpadas artificiais (como as usadas em casas e escritórios) emitirem uma pequena quantidade de raios UV, não é o suficiente para causar danos à saúde da derme.
Aliás, o sol ainda é a mais potente fonte luminosa. Porém, alguns aspectos interferem nos efeitos da luz natural e artificial, pois “como a radiação solar chega à face da Terra bastante filtrada (devido à camada de ozônio), ela acaba tendo menos efeito maléfico do que fontes artificiais de ultravioleta”, aponta o dermatologista Flávio Luz.
Vale destacar, ainda, que fontes artificiais de ultravioleta diferem das fontes de luz visível (como aquela presente nas lâmpadas de casa). Alguns exemplos de fontes de ultravioleta são:
Ou seja, a luz do celular ou da lâmpada não é comprovadamente capaz de causar danos à saúde ou aparência da pele.
Não há evidências científicas que indiquem que a exposição à luz artificial, dessas presentes em casas ou escritórios, cause danos à saúde da pele, de acordo com dermatologista Dr. Flávio Luz.
Há vários estudos interessados nos efeitos que as lâmpadas podem ter na derme, e isso não é de hoje. Já nos anos 1990, foram feitas as primeiras pesquisas científicas sobre a radiação ultravioleta e a possibilidade de câncer e fotoenvelhecimento.
Apesar de se saber que a exposição à radiação ultravioleta é prejudicial à saúde da derme, as lâmpadas (sejam elas brancas, amarelas ou mesmo as telas de LED, como TV e celular) não emitem níveis significativos de radiação ultravioleta.
Porém, há situações em que emissores de ultravioleta podem sim ser danosos, que são as câmaras de bronzeamento artificial, fototerapia médica e odontológica e fotoprocessos industriais, por exemplo.
Depende. Como aponta o dermatologista Dr. Flávio Luz, não há evidências de que a luz artificial presente nas casas e escritórios, por exemplo, possa causar danos à saúde da pele.
Lembrando que o protetor solar é uma barreira para reduzir ou bloquear a incidências dos raios UVB e UVA na derme, então não há necessidade de usá-lo dentro de casa para proteger a pele desses raios UV advindos das lâmpadas, logo que a quantidade não é significativa.
Porém, Flávio Luz também aponta que há algumas condições específicas em que o protetor solar pode ser sim necessário, mesmo dentro de casa ou escritório.
É o caso de “locais com excessiva iluminação natural, em que ela adentre o local. Outro caso também pode ser a presença de luzes com ultravioleta no ambiente de trabalho, como ocorre em boates ou academias”.
Além disso, aponta o dermatologista, o uso pode ser indicado por alguns especialistas para que se crie o hábito do uso frequente ou que, caso a pessoa saia de casa ou fique exposta ao sol, a pele já esteja protegida.
Ou seja, a indicação é uma forma de reforçar o hábito de aplicar o produto, mas o médico destaca que “não há necessidade da utilização de protetores solares em ambientes protegidos do sol por precaução de fontes luminosas artificiais”.
O uso de celulares e computadores é cada vez mais frequente e intenso. Com isso, começam a surgir dúvidas sobre a segurança desses equipamentos para a saúde.
Em geral, sabe-se que a exposição exagerada às telas pode sim trazer riscos à saúde em geral. O dermatologista aponta que os maiores riscos associados são os “distúrbios de sono e distúrbios psíquicos, especialmente induzidos pela luz azul”.
Essa luz azul é um intervalo de ondas eletromagnéticas, visível aos olhos humanos. Apesar de estar presente em quase todos os ambientes (sobretudo porque o sol é uma fonte de luz azul também), é a exposição cada vez mais intensa que está associada a esses distúrbios.
Em relação à saúde da pele, o dermatologista aponta que ainda se “carece de evidências científicas que esse tipo de iluminação possa ser prejudicial”.
O protetor solar, em geral, não protege contra a luz azul. Por isso, aplicar uma camada do produto antes da rotina de trabalho não é eficaz para essa proteção.
Cuidar da pele é essencial para manter a saúde do organismo como um todo. Por isso, moderar a exposição ao sol e usar os meios corretos de proteção é importante para que haja uma correta síntese de vitamina D, mas sem causar danos à derme.
Saber mais sobre cuidados e rotinas também faz parte de uma vida mais equilibrada! Acompanhe o Minuto Saudável!
Rafaela Sarturi Sitiniki
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