Também conhecida como gravidez molar ou gravidez em mola, a mola hidatiforme é um tumor ocasionado devido a uma complicação da gestação e que faz parte de um conjunto de condições chamado Tumores Trofoblásticos Gestacionais. Normalmente, essa doença ocorre durante o processo de fertilização do óvulo com o espermatozoide e, por mais que seja uma condição rara, é possível de acontecer.
As células que são designadas a formar a placenta se desenvolvem de uma maneira completamente anormal e, então, o que acaba se formando é um amontoado de células e, infelizmente, não um bebê. Por esse motivo, a gestação acometida por mola hidatiforme não possui maneiras de ir adiante e precisa ser interrompida o quanto antes. Na maioria dos casos, esse tumor é benigno, mas em 1% a 3% dos casos ele pode se tornar maligno.
A mola hidatiforme é causada por um problema na informação genética do óvulo com o espermatozóide. Atualmente, há duas classificações para a doença: a mola hidatiforme completa e a mola hidatiforme parcial. Confira abaixo como cada uma se desenvolve:
Em uma gestação normal, o óvulo fertilizado conta com 23 pares de cromossomos, isto é, 23 da mãe e 23 do pai. Já em uma gravidez que sofre com a mola hidatiforme completa, o óvulo não recebe os cromossomos da mãe e, os do pai, vem de forma duplicada. Com isso, não há a formação do embrião e nem da placenta, o que se nota são vários cistos juntos no útero que se assemelham a um cacho de uva.
No caso da mola hidatiforme parcial, o óvulo conta com os cromossomos da mãe, mas os do pai vem igualmente duplicados. Sendo assim, o total de cromossomos passa a ser de 69, e não 46 como em gestações normais. A causa para essa condição é devida da entrada de dois espermatozóides no óvulo ou, ainda, da duplicação dos cromossomos do espermatozóide.
Por mais que a mola hidatiforme possa se desenvolver em qualquer gestação, alguns fatores de risco podem contribuir para que isso aconteça:
Os sintomas apresentados na doença são semelhantes, tanto na forma parcial quanto na completa. Porém, os sintomas da mola hidatiforme parcial são bem mais amenas do que as da forma completa. Dentre esses sintomas estão:
Muitas gestações acometidas com mola hidatiforme são diagnosticadas através dos sintomas relatados acima. Porém, para que ela seja comprovada, o médico especialista na doença – que pode ser tanto um ginecologista ou um obstetra – poderá solicitar 3 tipos de exames:
Após diagnosticada a doença, ela deverá ser tratada através da curetagem, procedimento feito para retirar todo o tecido anormal do útero da mulher. Como já explicado, por conta da mola hidatiforme, a gestação é impossibilitada de ir adiante, pois as células fecundadas não se tornam em um bebê.
Em alguns casos, uma segunda curetagem é necessária para a retirada de sobras do tecido. Após esse procedimento, a paciente deverá realizar exames de sangue a cada 6 meses para monitorar o nível do HCG até ele ser zerado.
Após a curetagem realizada na paciente, algumas complicações podem vir a se desenvolver:
Mesmo que a gravidez molar não gere uma criança, a perda experimentada através dela é algo bastante significativa para uma mulher. Sonhos, planos e esperanças são interrompidos de uma só vez e o emocional da paciente ficará abalado incontestavelmente. Abaixo, relatamos algumas dicas de como lidar com essa perda:
Como já mencionado, a mola hidatiforme pode se desenvolver em qualquer gestação, porém é uma condição muito mais observada em mulheres que tenham menos de 20 anos ou mais de 40. Diante disso, a única maneira de se prevenir a doença é através da utilização do preservativo durante as relações sexuais. Caso a gravidez seja desejada, é preciso que um profissional esteja em contato para que os cuidados pré-natais sejam realizados a fim de prevenir não só essa condição, mas outras tantas.
Muitas mulheres conseguem desenvolver uma gravidez normal após a molar, só que, para isso, é necessário a espera de um período para que uma nova gestação seja realizada. Esse período pode variar de 6 meses, em casos de mola hidatiforme tratadas sem a quimioterapia, até 1 ano, em casos de pacientes que trataram a doença com a quimioterapia.
Compartilhe este artigo com os seus conhecidos! Por mais que a mola hidatiforme seja uma condição rara, ela pode se desenvolver em qualquer pessoa e, essa, precisa estar informada sobre a doença.
Rafaela Sarturi Sitiniki
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