A mastite é popularmente associada à gestação, mas poucas pessoas sabem que outros fatores, como doenças e hábitos ruins, também podem desencadear a condição.
Segundo a Federação Brasileira de Associações de Ginecologia e Obstetrícia, a mastite puerperal acomete de 2% a 10% das mulheres nas primeiras semanas após o parto.
Apesar de temida, a condição pode ser facilmente evitada com alguns cuidados simples no dia a dia, e isso vale tanto para gestantes, quanto para não gestantes!
Para saber mais sobre, como o que causa, sintomas e como é o tratamento, continue acompanhando o artigo!
Neste artigo, você irá encontrar:
A mastite é uma condição caracterizada pela inflamação das glândulas mamárias e, geralmente, está associada a alguma infecção bacteriana. No caso da mastite durante a gestação, a condição surge quando há obstrução nos ductos que conduzem o leite.
Entre as principais causas dessa inflamação estão acúmulo de leite, pancadas nos seios, uso de sutiã apertado, ferimentos e depilação na região do mamilo. Além disso, alguns hábitos e condições de saúde podem favorecer seu surgimento.
Além da classificação unilateral (acomete apenas uma mama) ou bilateral (acomete as duas mamas), puerperal (lactacional) e não puerperal (não lactacional), também é feita a divisão das mastites infecciosas, ou seja, causadas por agentes infecciosos como fungos, vírus e bactérias, e não infecciosas.
A seguir, você confere um pouco mais sobre cada uma delas:
Como o próprio nome sugere, a mastite do tipo puerperal, ou lactacional, é desencadeada durante o puerpério, quando a mulher está amamentando, e pode ou não ser de origem infecciosa. Nesse caso, a glândula mamária inflama entre a segunda e quinta semana após o parto.
Já o tipo não puerperal, ou não lactacional, ocorre em pacientes homens e mulheres que não estão amamentando. A condição pode surgir por diversos motivos, como traumas ou machucados na região da mama e, até mesmo, por tabagismo.
Abaixo, você confere quais tipos de mastite se encaixam na classificação não puerperal:
Portadoras de diabetes mellitus ll na menopausa são as mais acometidas pela condição. Seu surgimento pode estar associado a tumores nas mamas, o que pode ser confundido facilmente com um câncer de mama.
O tabagismo é um dos grandes responsáveis pelo surgimento da mastite fora da gestação. Isso é possível porque há a obstrução de canais mamários, o que também pode influenciar na estética da mama.
Extremamente rara, a condição do tipo fúngica é infecciosa e causa fístulas na região.
A mastite do tipo viral está comumente associada a uma infecção por herpes simples ou zoster.
A mastite causada pela tuberculose pode levar à necrose e fibrose da mama, por isso, é importante que o diagnóstico seja feito o quanto antes.
Além disso, diferente da mastite gestacional, esse tipo da doença pode atingir diferentes regiões da mama, desencadear sintomas sistêmicos (em todo o corpo) e acometer mulheres de qualquer idade.
Os fatores de risco para desenvolvimento da mastite não estão relacionados à amamentação apenas. Portanto, outras complicações que podem facilitar o desenvolvimento da condição são:
Os sintomas da condição não se restringem apenas à mama. A seguir, você confere os mais característicos e como identificá-los:
Se você se identificou com algum dos sintomas citados acima, busque ajuda médica o quanto antes! Quando não tratada a tempo, a mastite pode causar outras complicações que impactam na qualidade de vida e bem-estar da mãe e do bebê.
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Quando não tratada de forma correta e a tempo, com ajuda de um (a) médico (a), a mastite pode causar abscesso nas mamas, ou seja, infecção com presença de pus.
Quando chega a esse estágio, é preciso realizar algumas intervenções, como aspiração e drenagem do pus, o que demandará a suspensão da amamentação na mama acometida até que a mãe esteja recuperada.
Além de levar em consideração os relatos do (a) paciente, o (a) médico irá avaliar a região acometida, o histórico familiar e solicitar alguns exames para concluir o diagnóstico. Entre esses exames estão biópsia (retirada de uma pequena amostra de tecido), análise do leite materno ou da secreção e ultrassom de mama em casos onde há suspeita de abscesso.
Portanto, é a partir do diagnóstico que o (a) profissional irá prescrever, de forma personalizada, o tratamento adequado para cada caso.
Além de prescrever tratamento medicamentoso, que pode contar com antibióticos ou anti-inflamatórios dependendo da causa, o (a) médico também pode recomendar alguns cuidados para ajudar na recuperação do (a) paciente, como uso de compressas frias para aliviar o desconforto.
Cuidado com a alimentação, aumentar a ingestão de água e massagear o seio acometido delicadamente para ajudar na desobstrução dos canais também são comumente indicados.
A prevenção da condição é possível com alguns cuidados muito simples no dia a dia. Entre eles estão:
A mastite não é perigosa se tratada de forma adequada, com acompanhamento médico. Contudo, a evolução da condição para uma infecção, com produção de pus, é sim perigosa.
Se a mulher não apresentar produção de pus na mama, o recomendado é manter a amamentação! Caso apenas uma das mamas apresente secreção, ofereça a outra.
Além de ser fundamental para o bebê receber o leite materno, o esvaziamento da mama é uma das formas de amenizar a condição.
A mastite é uma condição que causa muito incômodo, mas quando tratada da forma adequada, apresenta boa recuperação!
Vale reforçar que o aleitamento não deve ser suspenso no caso de mastite puerperal, a não ser que haja recomendação médica ou a paciente apresente secreção.
Para mais informações sobre cuidados na gestação e saúde no geral, continue acompanhando o site e as redes sociais do Minuto Saudável!
Rafaela Sarturi Sitiniki
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