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Feocromocitoma: tratamento, diagnóstico, causas, sintomas

Publicado em: 30/06/2017Última atualização: 06/10/2020
Publicado em: 30/06/2017Última atualização: 06/10/2020
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O que é feocromocitoma?

O feocromocitoma é um tumor desenvolvido principalmente na região das glândulas adrenais. Ele pode causar hipertensão, é mais frequente em pessoas entre 30 e 50 anos e a cada 3 pacientes, 1 vai a óbito antes do diagnóstico.

A glândula adrenal, localizada na parte posterior do abdômen e em cima dos rins, é a responsável por produzir a adrenalina e a noradrenalina. Esses hormônios são os responsáveis pela resposta que o corpo dá às situações extremas e ao relaxamento. Com o aparecimento da doença, esses hormônios podem sofrer alterações.

A doença pode surgir também no coração, crânio, pescoço ou no peito. Se isso ocorrer, a doença é chamada de feocromocitomas paragangliomas ou extra-adrenais (ocorre em 10% dos casos).

Quando o paciente vai a óbito, normalmente ele é causado por AVC ou então por arritmia cardíaca.

Índice — neste artigo você irá encontrar as seguintes informações:

  1. O que é feocromocitoma?
  2. Causas do feocromocitoma
  3. Quais os sintomas do feocromocitoma?
  4. Diagnóstico do feocromocitoma
  5. Tratamento para feocromocitoma
  6. Complicações
  7. Prevenção
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Causas do feocromocitoma

Ainda não se sabe o que provoca o aparecimento da doença, mas acredita-se que pode ser um problema hereditário. O que se sabe é que há desordens genéticas, como neurofibromatose e síndrome de von Hippel-Lindau.

A doença está ligada ao câncer endócrino múltiplo do tipo 2, uma neoplasia que afeta as glândulas adrenais e extra-adrenais, além de ser uma doença genética. Os tumores são causados por hiperplasia de células cromafins da medula suprarrenal ou por tecido cromafim extra-adrenal que causou falha na migração de células cromafins durante o desenvolvimento do embrião.

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Quais os sintomas do feocromocitoma?

Os sintomas variam entre os pacientes. Enquanto uns podem demonstrar diversos deles, alguns pacientes podem não ter nenhum sintoma.

Os principais sintomas da doença são:

  • Dor de cabeça;
  • Hipertensão;
  • Palpitação
  • Respiração encurtada;
  • Ansiedade;
  • Nervosismo;
  • Palidez;
  • Dor abdominal;
  • Hemorragia retiniana;
  • Tremores;
  • Constipação;
  • Aumento do apetite;
  • Suor intenso;
  • Perda de peso;
  • Batimento cardíaco forte ou acelerado.

Ainda, alguns sintomas podem surgir como pequenos ataques, que duram pouco tempo (de 15 a 20 minutos). Eles são:

  • Ansiedade ou estresse;
  • Mudanças na posição do corpo;
  • Medicamentos como descongestionantes e estimulantes;
  • Esforço físico.

Diagnóstico do feocromocitoma

Os médicos especialistas para tratar o feocromocitoma são nefrologista, endocrinologista e o clínico geral. Para que eles consigam dar o diagnóstico mais rapidamente, é interessante já adiantar algumas informações, como:

  • Há quanto tempo os sintomas aparecem e quais são eles;
  • O histórico médico do paciente e os medicamentos utilizados pelo paciente.

Ir com essas informações é bom, pois existem algumas perguntas que o médico pode fazer, como por exemplo:

  • Quando os sintomas começaram;
  • Quais são os sintomas;
  • Quais são os medicamentos utilizados pelo paciente;
  • Quais são as atividades realizadas que parecem piorar os sintomas;
  • Se o paciente possui hipertensão.

Após a consulta, o médico pode pedir uma série de exames, como a cintilografia, ressonância magnética e tomografia.  Além disso, exames de urina e de sangue podem ser pedidos pelo médico para que o diagnóstico seja mais preciso.

Exames conhecidos como Ácido vanilmandélico urinário (VMA), Metanefrinas e normetanefrinas urinárias, metanefrinas livres no plasma, catecolaminas plasmáticas, catecolaminas livres urinárias (norepinefrina, epinefrina e dopamina) e testes provocativos com glucagon e supressivos com clonidina também podem podem ser feitos.

Realizar exame que controle a quantidade de hormônios das glândulas adrenais é fundamental para que o diagnóstico de feocromocitoma seja dado.

As avaliações de diagnóstico podem ser feitas de três formas: avaliação laboratorial, avaliação radiológica e avaliação genética.

Avaliação laboratorial

O diagnóstico laboratorial pode ser avaliado por dosagem das catecolaminas e seus metabólitos na urina e no plasma. A condição clínica ao fazer o diagnóstico laboratorial deve ser levado em conta, uma vez que diversos fármacos e algumas situações clínicas acarretam resultados falso-positivos para feocromocitoma.

Fármacos como antidepressivos tricíclicos devem ser suspensos por 2 semanas antes da avaliação hormonal, se possível.

Avaliação radiológica

A avaliação deve ser feita só quando os testes bioquímicos confirmam o diagnóstico de tumor secretor de catecolaminas. Em 85% dos casos são localizados nas suprarrenais e no abdômen em 95% dos casos.

Realizar a ressonância magnética e a tomografia pode ser utilizada para diagnosticar o feocromocitoma, com sensibilidade de 95%.

Avaliação genética

Aproximadamente 40% dos casos de feocromocitoma e paragangliomas apresentam mutação genética identificada.

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Tratamento para feocromocitoma

O tratamento de feocromocitoma geralmente é feito com a retirada do tumor por meio de uma cirurgia. A cirurgia feita é a laparoscopia, com pequenas incisões e por ser pouco invasiva. A glândula é retirada inteiramente e após isso, a reposição de mineralocorticoides e glicocorticoides é feita.

Antes de realizar a operação, é preciso controlar a hipertensão. Os medicamentos indicados para isso são:

  • Beta-bloqueadores (Propanolol): inibem o hormônio da adrenalina, deixando o coração mais lento com menos força e deixando também as veias mais relaxadas.
  • Alfabloqueadores (Prazosina ou Doxazosina): são capazes de prevenir a noradrenalina de estimular os músculos nas artérias e veias, reduzindo a hipertensão.
  • Bloqueadores de canal de cálcio (Nifedipino): são indicados para pacientes normotensos com episódios de hipertensão arterial. O medicamento é usado por via endovenosa.

Outros medicamentos também podem ser utilizados no tratamento da doença caso esses citados acima não surtam efeito.

Se o tumor for maligno, o complemento com quimioterapia ou radioterapia pode ser necessária. Quem dirá isso será o médico oncologista.

Atenção! 

NUNCA se automedique ou interrompa o uso de um medicamento sem antes consultar um médico. Somente ele poderá dizer qual medicamento, dosagem e duração do tratamento é o mais indicado para o seu caso em específico. As informações contidas nesse site têm apenas a intenção de informar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um especialista ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Siga sempre as instruções da bula e, se os sintomas persistirem, procure orientação médica ou farmacêutica.

Complicações

Complicações podem surgir se a doença não for tratada. As principais complicações são conhecidas como:

  • Infarto do miocárdio;
  • Crises hipertensivas;
  • Falência múltipla dos órgãos;
  • Arritmia cardíaca.

A maioria dos tumores são benignos e, com a realização da cirurgia, o pós operatório e a continuidade da vida se dão de forma normal. Acredita-se que apenas 1 caso em cada 10 há reincidência do tumor na outra glândula.

Prevenção

Não há formas de prevenir a doença do feocromocitoma. O indicado é consultar o médico especialista assim que os primeiros sintomas surgirem.


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Imagem do profissional Rafaela Sarturi Sitiniki
Este artigo foi escrito por:

Rafaela Sarturi Sitiniki

CRF/PR: 37364Farmacêutica generalista graduada pela Faculdade ParananseLeia mais artigos de Rafaela
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