Embora seja normal e possa manifestar-se em qualquer pessoa, a acne é vista como uma imperfeição na pele que, na maioria das vezes, é motivo de vergonha e baixa autoestima para quem tem. Felizmente, há diversos tipos de tratamentos para reduzir, tanto a espinha interna quanto a externa, e fazer com que o paciente recupere a confiança em relação à sua aparência.
Em geral, esses tratamentos variam de acordo com a causa da acne. Seja devido à rotina alimentar desequilibrada, uso de cosméticos que provocam oleosidade, desidratação, alteração hormonal, entre outros motivos que um (a) médico (a) poderá avaliar.
Dessa forma, entenda o que causa uma espinha interna e quais são as formas de tratá-la adequadamente para evitar manchas ou infecções na pele.
É classificado como espinha interna ou nódulo-cístico (classificada como acne grau III) um tipo de acne tida como mais complexa e mais difícil de ser eliminada. Isso porque ela se “esconde” debaixo da camada interna da pele e demora mais tempo para chegar à superfície.
Em geral, ela surge em função de um desequilíbrio hormonal e situações de estresse, além da ansiedade. Por esse motivo, as espinhas internas são bem comuns ao longo da adolescência e durante o período menstrual, já que são fases onde ocorrem picos e quedas hormonais bruscas, causando o aparecimento desse tipo de espinha.
A espinha interna, habitualmente, provoca inflamação e inchaço. Além disso, quando tocada, costuma causar uma dor intensa e bem desconfortável.
Apesar do sofrimento, é importante compreender que tomar os cuidados necessários (tanto caseiros, quanto indicados por um (a) dermatologista) pelo período recomendado é a melhor forma de eliminar a espinha interna.
Dessa forma, nenhuma tentativa de acabar com a espinha interna de maneira mais rápida, como espremer, cortar ou furar é adequado. Isso porque além de não ser efetivo, pode agravar a situação, além de infeccionar e manchar a pele, principalmente em fototipos mais escuros e com maior quantidade de melanina.
As espinhas internas, assim como as normais, se formam em consequência da obstrução das glândulas sebáceas (localizadas na camada mais profunda da pele) por uma secreção chamada sebo.
Essa secreção é uma substância oleosa que as glândulas sebáceas liberam como forma de hidratar e proteger a pele do ressecamento. No entanto, quando ocorre algum desequilíbrio no organismo (hormonal, nutricional, psicológico) ela acaba sendo produzida em excesso, causando o entupimento dos poros
Quando isso ocorre, provoca um nódulo inflamado e doloroso, que ganha o nome popular de espinha, que pode ser interna (quando não transparece na superfície da pele) ou normal (quando é perceptível).
As espinhas internas costumam ser causadas em virtude de alterações hormonais, principalmente dos hormônios sexuais: os estrógenos (femininos) e os andrógenos (masculinos).
Em geral, esses hormônios começam a ser produzidos durante a puberdade, período importante que ocorre durante a adolescência, por isso é mais comum o aparecimento de acne (de todos os tipos incluindo a intensa) nesta fase.
No entanto, mesmo após essa fase, já na vida adulta, as espinhas internas podem continuar surgindo e, nesse caso, estão associadas a desequilíbrios psicológicos, como crises de estresse e ansiedade.
Além dessa motivação, as espinhas internas nessa fase podem manifestar-se em função de uma rotina inadequada de cuidados com a pele (uso de cosméticos que aumentam a produção de sebo) e o consumo excessivo de alimentos industrializados (principalmente os que são ricos em açúcares e gorduras, pois provocam a inflamação das glândulas sebáceas).
Tratando-se especificamente das mulheres, as espinhas internas podem surgir também devido ao início do ciclo menstrual, visto que há elevação dos hormônios no organismo feminino durante esse período.
Portanto, para saber a real causa da espinha interna, é indicado procurar um(a) clínico geral, que irá avaliar o quadro e encaminhá-lo (a) a um profissional mais adequado para resolver o problema.
É importante limpar a pele diariamente para evitar que bactérias causem complicações na região afetada pela espinha interna.
Contudo, evite lavar o rosto várias vezes ao dia, pois a remoção da camada protetora que reveste a pele pode estimular as glândulas sebáceas a produzirem ainda mais sebo.
É importante ressaltar que a melhor forma de tratar a espinha interna é descobrindo a sua real causa, ainda mais quando ela surge com frequência. Por isso, é sempre indicado procurar um(a) dermatologista, que irá avaliar a situação, realizar o diagnóstico e prescrever o melhor tratamento.
No entanto, enquanto aguarda a consulta, alguns cuidados podem ser tomados em casa para ajudar a aliviar sintomas que acompanham a espinha interna e também para evitar problemas.
É extremamente contraindicado pela Sociedade Brasileira de Dermatologia furar, espremer ou agredir de alguma forma a acne (seja ela interna ou não), pois, além de ser uma ação ineficaz, aumentam as chances de infecções, manchas e sangramentos no local.
Dessa forma, o mais correto a se fazer é adotar cuidados diários para amenizar os sintomas, limpar a pele adequadamente e seguir o tratamento prescrito por um(a) dermatologista (caso haja).
Quando se tem uma espinha interna, é comum que ao tocá-la sinta-se um caroço duro, visto que o pus que está dentro dela não consegue sair para a superfície, o que acaba provocando essa inflamação na região.
Nesse caso, é essencial ter paciência, não espremer e executar ações que ajudem a aliviar a inflamação e facilitar a abertura dos poros, para que essa secreção saia e a etapa de cicatrização aconteça.
No entanto, se esse processo (liberação do pus) demorar a ocorrer, pode ser necessário realizar uma drenagem facial em uma clínica adequada, sob supervisão dermatológica, para evitar a evolução da acne e reações alérgicas no organismo.
Em uma tentativa de eliminar a espinha interna mais rápido, muitas pessoas tentam espremê-la, porém essa atitude pode piorar a situação.
Em geral, a espinha interna costuma desaparecer após uma semana, pois é esperado que, ao final desse período, ocorra a liberação da secreção, o que por consequência reduz a inflamação e o inchaço — isso, é claro, se todos os cuidados forem tomados.
Porém, em alguns casos, a espinha interna pode se prolongar, sendo necessário iniciar um tratamento dermatológico indicado pelo(a) médico(a).
Para facilitar o processo de desinchaço da espinha interna podem ser utilizadas pomadas, cosméticos e medicamentos (com prescrição médica) que contenham princípios ativos capazes de proporcionar esse efeito. Por exemplo:
O tratamento tópico (aplicação diretamente no local) da acne, em geral, é o mais indicado, por isso existem diversas pomadas que podem ser utilizadas e que ajudam no processo de desinflamação da espinha interna.
Dessa forma, algumas opções são:
Esses produtos promovem uma limpeza profunda e completa, removendo células mortas e controlando a oleosidade da pele. Por isso, podem ser uma excelente escolha para a rotina de limpeza da pele com espinha interna.
Portanto, algumas opções de produtos antiacne que podem ajudar, são:
*Preços consultados em setembro de 2021. Os valores podem sofrer alterações.
Lidar com espinhas, sejam elas internas ou de qualquer outro tipo, não é tarefa fácil. Portanto, é necessário ter paciência e seguir o tratamento recomendado para amenizar os sintomas o quanto antes, para evitar danos maiores, como manchas e infecções.
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Dr. Lucas Fustinoni
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