O uso da maconha na área medicinal tem ganhado força ultimamente por ser o centro de discussões e pesquisas.
Recentemente, mais um estudo buscou verificar a eficácia da planta no tratamento de doenças.
O estudo, publicado pela revista Frontiers in Oncology, verificou, especificamente, os efeitos da cannabis em pacientes com câncer.
Encaminhado pelo Hospital Sírio Libanês em parceria com a Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo, o estudo analisou a condição de dois pacientes portadores da doença.
Nesses pacientes, os pesquisadores administraram cápsulas de canabidiol (substância química extraída da maconha) em conjunto com o tratamento convencional do câncer, a radioterapia e a quimioterapia.
Além disso, uma outra substância também retirada da maconha foi usada pelos cientistas. Eles utilizaram flores vaporizadas com o tetrahidrocannabinol (THC), princípio ativo da maconha.
Quais os efeitos das substâncias nos pacientes?
Após o tratamento, os pesquisadores acompanharam os resultados através de ressonâncias magnéticas, para identificar qual seria a reação do canabidiol contra os sintomas apresentados pelos pacientes.
A substância, que já tinha se apresentado como uma opção na melhora do quadro de várias problemas de saúde, como esquizofrenia e esclerose múltipla, também mostrou resultados positivos em portadores de câncer.
Segundo o estudo, após um mês com esse tratamento, ambos os participantes tiveram uma melhora dos sintomas apresentados, como a presença de fadiga, vômito, náuseas e dores.
O primeiro dos pacientes chegou a não apresentar mais os sintomas e o segundo também relatou o funcionamento do tratamento para aliviar os sintomas. Ambos mantinham ainda parte do tumor e não tiveram a cura ou remissão total da doença.
De maneira geral, os dois tiveram uma melhora dos sintomas e conseguiram realizar atividades físicas.
O próximo passo, segundo os pesquisadores, é a realização de um estudo com um número maior de pacientes, para ser observado a eficácia das substâncias em larga escala.
É importante ressaltar que para a realização de todos esses procedimentos foi necessário um pedido de autorização para a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), cujo qualquer uso do canabidiol deve ser requerido com a entidade.
Fonte: Frontiers in Oncology