A busca pelo corpo perfeito está sempre em alta, e quando se fala em cuidar da pele o bronzeamento artificial nunca sai de moda, principalmente no Brasil, onde a derme morena sempre foi símbolo de beleza.
O bronzeamento artificial partiu dessa cultura de beleza. Trata-se de um método que colore a pele dando um aspecto bronzeado, indo da camada mais superficial até a mais profunda. O processo deixa a pele pigmentada e com as famosas "marquinhas de sol”.
Mas será que vale a pena? Os dermatologistas alertam para a segurança da técnica e nós vamos te explicar o porquê, confira!
Índice — neste artigo você vai encontrar:
Enquanto no início do século passado o conceito de beleza era ter a pele clara, na década de 20 isso mudou e a pele morena se tornou um sinônimo de status no Brasil. O “pegar um sol” passou a ser aceito e divulgado como uma atividade saudável.
Mas isso mudou muito conforme os estudos foram se aprofundando no tema. E, hoje em dia, ficar com a pele bonita pode não causar esse status quando pensamos, ainda mais quando se trata de saúde.
Há vários métodos para realizar o procedimento, contudo, o Instituto Nacional do Câncer (INCA), é categórico na hora de afirmar que não existe bronzeamento saudável, e que o fato de a pele ficar bronzeada, significa que o organismo está tentando se defender de uma agressão do sol.
Além disso, segundo o INCA, os raios UVA e UVB,presentes no bronzeamento artificial, estão intimamente ligados ao envelhecimento da pele e ao câncer, podendo causar fotodermatite (reação alérgica a luz resultando em ferimentos graves), problemas nos olhos, câncer de pele e melanoma maligno, como acontece ainda em lugares como os Estados Unidos e na Europa.
Mas esses raios não são fornecidos só na sessão de bronzeamento artificial, mas também no dia a dia. Geralmente entre as 10h da manhã até as 16h da tarde é o horário em que o sol deve ser evitado ao máximo. Por isso, sempre há campanhas de saúde divulgando sobre a importância de usar acessórios como, por exemplo, roupas com proteção e óculos escuros, além, é claro, do protetor solar, válido para qualquer horário.
Mas calma, ainda há métodos que podem ser utilizados sem serem “fora da lei”, e nós, do Minuto Saudável, vamos te explicar sobre cada um deles agora, confira!
Agora, conheça os principais métodos disponíveis para realizar o bronzeamento:
Esse método surgiu em 1970 para ajudar a combater o câncer de pele, elaborando produtos que descartam a necessidade de ficar exposto ao sol.
São vários produtos que variam desde creme, gel, spray (também conhecido como a jato), que dão para a pele um tom bronzeado. Atualmente, novas fórmulas são criadas com intenção, por exemplo, de manter a hidratação da pele e evitar o ressecamento. São itens que atingem a pele mas não a estrutura dela, portanto, não são tão agressivos quanto o artificial, por exemplo.
Contudo, só depois de aproximadamente quatro horas da aplicação é possível atingir um resultado considerável e, em alguns casos, acaba não sendo totalmente satisfatório.
Hoje em dia é o método mais seguro de bronzeamento, por serem utilizados produtos e equipamentos atóxicos e, com o passar do tempo, ficaram mais eficientes fazendo uso de máquinas como o “chuveiro de spray”, que faz o processo de coloração ser mais rápido.
Além disso, é importante lembrar que técnicas como a depilação, devem ser feitas no mínimo dois dias antes de realizar qualquer autobronzeamento. As roupas só devem ser postas após vinte minutos, para que não tenha o risco de manchar.
Realizado em espaços privados e especializados, é uma outra possibilidade de “pegar um bronze”. O bronzeamento natural, garante as marcas perfeitas do biquíni, mas elas são feitas manualmente com fitas adesivas coladas ao corpo, moldando o desenho do biquíni da maneira que o(a) cliente desejar.
Esse tipo de bronzeamento se efetiva após, aproximadamente, duas horas no sol, e acontece sem o uso de protetor solar, com aplicação de parafina para acelerar o processo.
Por esses motivos, ele também não é tido como uma técnica totalmente segura, já que o contato da fita com a pele junto ao calor excessivo pode causar feridas, e também pelo fato de a exposição ao sol sem o protetor solar ter a possibilidade cancerígena.
Esse procedimento acontece dentro de uma câmara onde são emitidos raios UVA e UVB com intensidade para bronzear a pele.
Entretanto, devido ao aumento nos casos de câncer de pele causados pelo excesso de exposição do corpo ao calor, esse tipo de bronzeamento foi proibido há alguns anos no Brasil. Contudo, é preciso ficar alerta já que muitas empresas de estética ainda utilizam esse procedimento de maneira irregular.
Diante da grande ameaça das câmaras de bronzeamento à saúde, foi proibido seu uso pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), em novembro de 2009. O Brasil foi o primeiro a adotar a medida.
A resolução RDC 56/09, parágrafo primeiro da Anvisa “proíbe em todo território nacional o uso de equipamentos para bronzeamento artificial, com finalidade estética, baseada na radiação ultravioleta (UV)”.
E para os mais jovens com a pele mais “firme”, a Organização Mundial da Saúde (OMS) também adverte para os riscos da técnica, revelando que quando acontece essa exposição aos raios solares antes dos 30 anos, as chances de desenvolver um câncer é aumentada em 70%.
Segundo a OMS, com dados da Agência Nacional para Pesquisa do Câncer (LARC), a técnica de autobronzeamento aumentou de “provavelmente cancerígena” para uma causa concreta em casos de câncer de pele.
Mesmo diante de todas essas informações, ainda há muitas empresas que usam a câmara proibida pela Anvisa para realizar tal processo em seus clientes, então é importante saber que é arriscado e ter responsabilidade na hora de tomar decisão sobre qual tipo de bronzeamento fazer.
Portanto, o bronze a jato é sem dúvidas a melhor opção, já que é feito com produtos nada tóxicos e sem utilizar a exposição solar, o que não causa problemas para a saúde da pele e nem queimaduras.
Lembre-se que antes de escolher qualquer procedimento que seja agressivo à pele, é importante conversar com seu médico para evitar lesões ou alergias.
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Rafaela Sarturi Sitiniki
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