Muitas plantas são fontes de propriedades terapêuticas capazes de aliviar sintomas, infecções e prevenir diferentes tipos de doenças. Por isso, são amplamente empregadas em fitoterápicos e até em técnicas de medicina tradicional.
No entanto, se essas plantas forem ingeridas em excesso e com o propósito de curar doenças, sem indicação e acompanhamento médico, podem causar efeitos colaterais que prejudicam o organismo e atrapalham o tratamento correto das enfermidades.
Pensando nisso, separamos algumas informações sobre a artemísia, uma planta que está envolvida em polêmicas a respeito dos seus benefícios e riscos que pode trazer à saúde.
A artemísia, também conhecida como rainhas-das-ervas, erva de fogo ou camomila dos campos, é uma planta que pertence à família asteraceae e é utilizada para fins medicinais com objetivo de ajudar no tratamento de infecções bacterianas, fúngicas ou virais.
Atualmente o gênero artemísia tem mais de 300 espécies reconhecidas, no entanto, as mais comercializadas e usadas a fim de auxiliar no tratamento de doenças são: artemísia annua, artemísia vulgaris e a artemísia absinthium (chamada também de losna).
A popularidade da artemísia entre as plantas com propriedades terapêuticas ocorre devido a sua atuação em quase todo o corpo, promovendo alívio de sintomas como febre, estresse, dores musculares, má digestão e cólicas menstruais.
Também pode atuar prevenindo doenças que afetam a imunidade e o aparelho digestivo.
Além disso, a artemísia contém uma substância ativa em sua composição chamada de artemisinina. Por conta disso, é considerada por alguns pesquisadores como eficaz no combate à malária, uma doença infecciosa que, segundo dados de 2017 da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), já matou 435 mil pessoas.
Inclusive, em virtude das diversas funcionalidades da artemísia, ela foi utilizada em um experimento (sem autorização médica) no país de Madagascar (África) com o objetivo de curar pessoas contaminadas pelo vírus da Covid-19.
Após pessoas que tomaram a infusão de artemísia apresentarem redução de alguns sintomas, o presidente de Madagascar (Andry Rajoelina) disse que a planta seria a cura para o novo coronavírus, o que segundo médicos especialistas e pesquisadores é uma afirmação completamente equivocada e falsa.
Por isso, em 2020, a Organização Mundial da Saúde (OMS) se posicionou contra a comercialização de produtos fabricados com artemísia com o propósito de combater a pandemia do novo coronavírus.
Essa espécie de artemísia é popular na região asiática, porém, pode ser encontrada pelo mundo todo. Ela tem compostos químicos que são eficientes no controle e prevenção da malária (doença infecciosa causada por protozoários do gênero plasmodium).
Por isso, a Organização Mundial da Saúde (OMS) autoriza que laboratórios a utilizem na fabricação de fitoterápicos ou medicamentos para tratar a doença. Além disso, ela pode ser consumida em infusões com esse propósito, se assim for orientado por um(a) médico(a).
Vale destacar que a OMS incentiva o uso de plantas com propriedades medicinais, como é o caso da artemísia, para prevenir e tratar doenças leves, moderadas e até graves. No entanto, para isso são necessários estudos sérios e processos criteriosos de investigação científica que atestem os reais benefícios da planta contra determinada condição.
Sendo a mais comercializada e utilizada no Brasil, a artemísia do tipo vulgaris (que também recebe o nome de artemísia comum) é nativa de regiões com o clima mais temperado, como o norte da África, por exemplo.
Em geral, essa espécie é recomendada para quem deseja eliminar ou prevenir que bactérias, vírus, fungos ou vermes causem danos ao organismo, já que a artemísia vulgaris contém propriedades medicinais antibacteriana, antivirais, antifúngicas e vermífuga.
Também é muito utilizada no campo das terapias alternativas como a aromaterapia (uso de óleos essenciais para estimular áreas do cérebro) e moxaterapia (técnica que consiste em aplicar calor em pontos específicos do corpo para equilibrar energias e aliviar tensões e dores locais).
Nativa da europa, a artemísia absinthium L (também chamada de absinto, losna, erva-do-fel e alejo), é um das espécies de artemísia utilizada para tratar de forma complementar algumas doenças e seus respectivos sintomas.
Registros históricos demonstram que esse tipo de artemísia é popular desde a civilização egípcia, sendo utilizada mais tarde na Grécia Antiga pelo homem considerado o pai da medicina, Hipócrates.
Por isso, até hoje a planta é indicada por especialistas para aliviar processos inflamatórios no organismo que provocam diversas complicações, como febre, cólica, reumatismo, má digestão, náuseas, enjoo, entre outros.
As formas mais comuns de usar a artemísia absinto são as seguintes:
Embora essa espécie de artemísia tenha propriedades que ajudam no fortalecimento das células de defesa do corpo, que combatem vermes e estimulam o sistema hepático (fígado), é necessário ter cuidado ao utilizá-la e sempre consultar um especialista previamente.
Pois algumas substâncias presentes nessa espécie, como a tujona (que causa alucinações), podem causar maiores problemas ao organismo em vez de curá-los.
Vale destacar que, devido a isso, qualquer produto que contenha a artemísia absinto é contraindicado para crianças ou mulheres grávidas.
A artemísia não é conhecida como rainha-das-ervas à toa, o chá feito com a planta é capaz de promover diversos benefícios em diferentes sistemas do organismo. Como, por exemplo:
É importante ressaltar que, apesar das inúmeras funcionalidades da artemísia no corpo, é necessário consultar um(a) especialista sempre antes de fazer o seu uso.
Isso é ainda mais importante quando se está utilizando medicamentos para tratar alguma doença (crônica ou não).
Essa recomendação se dá pois a artemísia é uma planta que, quando consumida em grande quantidade, ou por um longo período, pode prejudicar alguns tratamentos ao invés de complementá-los e ajudar na recuperação do paciente.
Por isso, consultar um(a) médico(a) é essencial para evitar complicações e garantir que a artemísia promova apenas efeitos positivos no organismo.
Em geral, as propriedades medicinais e terapêuticas presentes na artemísia são:
No entanto, dependendo da espécie de artemísia alguns componentes podem não fazer parte da composição, do mesmo modo que outras substâncias podem estar presentes (ou ser acrescentadas por fabricantes, em casos de produtos à base da planta).
Dessa forma, para evitar possíveis reações alérgicas a alguma propriedade, é importante ler o rótulo da embalagem do produto feito com artemísia — seja chá, óleo essencial, tintura, extrato fluido, fitoterápico ou moxabustão.
A infusão com folhas secas de artemísia pode ser consumida de 1 a 2 vezes por dia, ou ser utilizada para fazer compressas frias que serão colocadas sob alguma área do corpo.
Em ambos os casos, é aconselhado que se faça somente após orientação médica, visto que por a artemísia ser considerada uma erva forte, algumas pessoas podem apresentar efeitos colaterais que prejudicam a saúde do organismo.
Para fazer a infusão de artemísia basta ferver a quantidade de água que você deseja (500mL ou 1L) e, em seguida, adicionar 2 colheres de folhas de artemísia (caso não sejam suficientes devido à quantidade de água, pode-se adicionar mais).
Então, deve-se deixar o líquido com as folhas em repouso por no mínimo 10 minutos. Após esse processo, é só coar e beber (ou utilizar para a compressa).
De modo geral, o uso de artemísia (independente da espécie) é contraindicado para pessoas alérgicas à planta (ou seus ativos), crianças, gestantes e/ou lactantes e pacientes que tomam medicamentos que podem interagir com a artemísia.
Nesse caso, considerando que o uso da planta poderia anular o efeito da medicação ou, então, provocar sintomas que prejudiquem o tratamento.
Além disso, a artemísia não deve ser utilizada em excesso e por um período longo (mais de 4 semanas), pois pode desencadear reações graves no organismo — como náuseas, vômito, insônia, alucinações, vertigem, inquietação e até convulsões.
As 3 espécies mais populares de artemísia (annua, vulgaris e absinthium) podem ser encontradas em diversos formatos e preços* como:
Em geral, esses produtos são comercializados em farmácias, lojas de produtos naturais, alguns supermercados e plataformas online como o Consulta Remédios, que permite comparar valores do mesmo produto em diferentes estabelecimentos próximos a sua região.
*Preços consultados em fevereiro de 2021. Os valores podem sofrer alterações.
Tanto a medicina tradicional como a medicina moderna apresentam métodos que precisam passar por avaliações e processos rigorosos para que possam ser indicados sem riscos de comprometer a saúde e a vida dos pacientes.
Por isso, é importante buscar técnicas comprovadas cientificamente e autorizadas pelos órgãos de saúde responsáveis, sempre contando com orientação profissional.
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Rafaela Sarturi Sitiniki
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