Há muitas plantas classificadas como medicinais para o tratamento das mais diversas condições. Essas, estão muito presentes em medicações fitoterápicas e homeopáticas.
Um exemplo disso é a arnica, bastante conhecida e utilizada há muito tempo, em especial para tratar dores e lesões. Confira quais são os seus benefícios e alguns cuidados para fazer um uso seguro desta planta:
A arnica é uma planta da família botânica das Asteráceas. Ela é considerada medicinal devido suas propriedades antissépticas, anti-inflamatórias, adstringentes e anestésicas.
De forma geral, todas as suas partes podem ser utilizadas (flores, folhas e caule subterrâneo).
Embora seja uma planta benéfica, também pode ter certa dose de toxicidade. Por isso, a maioria dos tratamentos com ela não são de administração oral e sim uso tópico — ou seja, aplicação na pele (exceto em feridas abertas).
É importante saber, ainda, que existem muitas espécies de arnica. Isso reforça a necessidade de não utilizar por conta própria, pois algumas espécies possuem maior poder anti-inflamatório, outras maior ação analgésica — inclusive, algumas contam com ambas.
Por isso, um(a) profissional poderá indicar o tratamento com o tipo adequado para seu caso, a fim de garantir maior segurança e tornar a terapia mais eficaz.
Com relação à eficácia da terapia utilizando arnica, essa é possível à presença de flavonoides (grupo de compostos orgânicos) nessa planta. Dentre eles, duas substâncias se destacam:
Dessa forma, é muito utilizada em gel, loção, pomada ou creme. Porém, em alguns casos, pode ser feito o uso homeopático por meio da ingestão em gotas.
É preciso destacar que as orientações desse uso diferem entre a Arnica montana e Arnica do mato, apesar de serem da mesma família. Na sequência, você pode entender melhor qual a diferença entre elas e suas especificações:
Não. A Arnica montana é uma planta que cresce tradicionalmente nas regiões montanhosas da Europa. Seu uso é destinado para tratar lesões, escoriações e até para cuidados pré ou pós operatórios.
Em contrapartida, a Arnica do mato (ou silvestre) é originária da América do Sul. Apesar de bastante semelhante à Arnica montana e da mesma família, essa planta é pertencente à outra espécie — Solidago microglossa.
De forma geral, ambas têm ação analgésica e anti-inflamatória, o que permite que seja feito o seu uso tópico para alívio de dores e tratamento de lesões.
Porém, sua principal diferença está na administração oral. Isso porque a Arnica montana não é indicada para uso oral, com exceção de preparações homeopáticas, em que se encontra diluída.
Essa restrição se dá devido a sua ação hepatotóxica — ou seja, tóxica para o fígado.
Já os estudos feitos com relação ao uso oral da Arnica do mato evidenciaram que o uso de doses de 2.000mg/kg por curtos períodos (7 dias) não causa toxicidade.
Então, é segura para administração fitoterápica por meio de tinturas, extratos e infusões.
Existem mais de 60 espécies de arnica catalogadas. No Brasil, essas se encontram especialmente nas regiões da Bahia, Goiás e cerrado de Minas Gerais.
De forma geral, todas elas apresentam benefícios terapêuticos similares. Ou seja, podem ser usadas para tratar lesões, hematomas, etc.
Como exemplo dos diferentes tipos de arnica, podemos citar alguns:
Vale destacar que cada espécie tende a se desenvolver em uma região diferente. Como, por exemplo, é o caso da Arnica do mato que é originária de solo brasileiro.
A Arnica é uma planta com propriedades medicinais, o que faz com que possa ser utilizada no tratamento de diferentes condições. Confira alguns de seus benefícios:
Esses são apenas alguns dos benefícios que a arnica proporciona. Mas, de forma geral, sabe-se que seu uso mais popular é para o alívio de dores musculares e tratamento de lesões, devido suas propriedades analgésicas e anti-inflamatórias.
A Arnica é uma planta com propriedades medicinais, ou seja, pode ser usado como um tratamento alternativo ou complementar de algumas condições. Então, ela em si não é um medicamento.
Entretanto, existem pomadas e remédios homeopáticos que contam com a arnica como substância ativa. Confira mais informações:
Conforme mencionado, o uso oral da arnica é quase que totalmente feito a partir do uso da Arnica do mato. Apesar de ser uma medicação homeopática (ou seja, feita a partir de extratos dos reinos vegetal, animal e mineral), não deve ser utilizada deliberadamente.
Todo tipo de remédio precisa de uma orientação profissional, o que garante um uso eficaz e principalmente seguro. No caso da arnica, não é diferente, ainda mais devido ao fato de que se usada em doses erradas, pode ser tóxica.
Como exemplo de uma medicação homeopática que tem como base a arnica, podemos citar a solução oral Arnica do Mato EC.
De acordo com as informações da bula, seu uso pode ser feito via oral ou tópica (aplicação direta nas áreas doloridas ou com hematomas) e é destinado para agir como anti-inflamatório.
Vale lembrar que esse tipo de terapia não substitui o acompanhamento médico e tratamentos tradicionais. Fique atento aos sintomas e não exite em buscar um(a) profissional!
Sem dúvidas, o uso mais comum da arnica é em apresentações de uso tópico: pomadas, cremes, spray ou gel. Basicamente, tem como finalidade ajudar em casos de lesões musculares, hematomas, torcicolos, etc.
Essas medicações podem ser feitas tanto com a Arnica do mato quanto com a Arnica montana. Confira algumas das opções:
Lembrando que, mesmo ao fazer esse tipo de cuidado, é preciso estar atento(a) aos sintomas do problema. Caso as dores ou hematomas não aliviem, busque um(a) médico(a)!
Sim. Dentre as propriedades da arnica, estão substâncias com ação anti-inflamatória.
Por isso, ela pode ajudar no alívio dos sintomas comuns da inflamação — tais como dor, vermelhidão e até inchaço.
Essas condições são bastante comuns quando há uma contusão, lesão muscular e principalmente em problemas reumáticos (como artrite reumatoide).
Mas vale destacar que a arnica é uma planta medicinal e serve como uma terapia alternativa e complementar, de forma que não substitui os tratamentos tradicionais. Sendo assim, se os sintomas não aliviarem, não exite em buscar ajuda médica.
Conforme mencionado, a arnica tem diferentes apresentações. Ou seja, pode ser para administração oral ou uso tópico em pomadas, sprays, cremes ou gel.
Porém, é muito importante que esses produtos sejam feitos por um laboratório qualificado e não a partir de receitas caseiras — especialmente a versão de uso oral.
Há, sem dúvidas, muitos tratamentos caseiros que podem ser benéficos para a saúde e ajudar quando em conjunto com as terapias tradicionais. Porém, quando se trata de plantas medicamentosas como a arnica, é preciso redobrar os cuidados.
Isso, considerando que seu uso indevido pode ser tóxico e/ou causar malefícios. Dessa forma, o ideal é que você não tente preparar chás ou pomadas em sua casa, mas prefira comprar diretamente em uma farmácia.
Entretanto, vale citar uma opção de receita que caseira que pode ser usada se for da sua vontade, para tratar pequenos hematomas ou aliviar o incômodo de picadas de inseto e dores:
Depois disso, você pode aplicar esse líquido na pele para o tratamento das condições mencionadas anteriormente.
Ao contrário do que algumas pessoas pensam, mesmo medicamentos de origem natural, feitos a partir de plantas, podem ter contraindicações — em especial os de uso oral.
No caso da arnica, não é diferente. Confira quem não deve fazer o seu uso:
Em caso de uso pediátrico, é necessário consultar um(a) médico previamente.
Vale destacar, ainda, que a arnica nunca deve ser aplicada em ferimentos abertos. Além disso, deve-se evitar o uso contínuo por longos períodos, considerando que ela pode deixar a pele sensível e até causar irritação.
Muitas plantas medicinais podem ser benéficas à saúde, como a arnica por exemplo. Porém, essas terapias não dispensam o acompanhamento médico e tratamentos tradicionais quando necessário.
Por isso, fique atento(a) aos seus sintomas e não deixe de buscar auxílio profissional.
Continue acompanhando o Minuto Saudável para mais informações sobre saúde em geral!
Rafaela Sarturi Sitiniki
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