A amputação de pênis, também conhecida como penectomia, cresceu cerca de 1604% no Brasil nos últimos 14 anos. De norte a sul do país, foram registrados nesse período 7213 amputações, procedimento que pode ser  total (quando há a remoção completa do órgão) e parcial (quando apenas uma parte é retirada).* 

Este artigo serve como um guia para sanar as maiores dúvidas a respeito do procedimento, suas causas, como é feito e como prevenir. Confira!

*Dados consultados em 11 de Fevereiro de 2022. 

Índice – Neste artigo, você vai encontrar:

  1. O que causa a amputação de pênis?
  2. Como é feito o procedimento de amputação de pênis?
  3. É possível ter relações sexuais após a amputação de pênis?
  4. Em caso de amputação parcial do pênis é possível reconstruir o órgão?
  5. Quanto custa a cirurgia de amputação de pênis?
  6. Como prevenir a amputação de pênis?

O que causa a amputação de pênis?

A principal causa da amputação é o câncer de pênis, problema que afeta em grande parte homens a partir dos 50 anos mas, que também pode atingir os mais jovens. A condição é cercada por desinformação, o que resulta no aumento do número de casos no Brasil e em países subdesenvolvidos. Entre as causas do câncer de pênis estão: 

  • Infecção pelo vírus do papiloma humano (HPV);
  • Má ou falta de higienização do local;
  • Fimose (condição na qual o indivíduo não é capaz de retrair o prepúcio). 

Ademais, acidentes graves e mutilações também podem levar à amputação do órgão. 

Como é feito o procedimento de amputação de pênis?

O procedimento pode ser total ou parcial de acordo com o agravamento do câncer e a condição de saúde em que o paciente se encontra, sendo a total inevitável nos casos mais avançados. 

No caso da amputação parcial, é retirada a parte de cima do pênis (glande), local de maior incidência de tumores e uma parte próxima, deixando metade ou menos da metade do órgão. Já no procedimento de amputação total, todo o pênis é retirado e, é realizado um processo que redireciona o canal da urina para trás da bolsa escrotal (uretrostomia perineal), acarretando na necessidade do paciente urinar sentado.


Em casos extremamente raros e de altíssima gravidade, é feita a remoção total do órgão e dos testículos. 

No geral, a penectomia é considerada uma cirurgia simples e pode ser realizada tanto com anestesia local quanto geral. 

É retirada uma parte ou o órgão inteiro dependendo do estado de saúde do paciente.

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É possível ter relações sexuais após a amputação de pênis?

Depende da quantidade que foi removida. Após a cicatrização da amputação parcial, é possível voltar a ter relações sexuais normais, é apenas uma questão de adaptação as novas condições. Já no caso da amputação total, que normalmente ocorre em pacientes mais velhos e/ou com a saúde deteriorada, se tem como prioridade manter o paciente vivo e não sua vida sexual.

A libido permanece a mesma nos dois casos, visto que depende da testosterona, que é produzida nos testículos. No caso de orgasmos, pode ser mais difícil, mas ainda possível para quem removeu apenas uma parte do órgão.       

Em caso de amputação parcial do pênis é possível reconstruir o órgão?

Sim. Durante a cirurgia, o (a) médico (a) reconstrói a uretra (canal da urina) e fecha com a pele. Contudo, não é possível reconstruir o órgão como era antes da penectomia e nem a glande (cabeça). 

Quanto custa a cirurgia de amputação de pênis?

De acordo com orientações do Conselho Federal de Medicina (CFM), o custo da cirurgia só pode ser revelado pelo (a) médico (a) no momento da consulta. 

Como prevenir a amputação de pênis?

As seguintes medidas devem ser tomadas para prevenir a penectomia: 

  • Ficar atento a quaisquer alterações no pênis como nódulos, coceiras, sangramentos na glande (cabeça), secreções no prepúcio, feridas que demoram a cicatrizar, verrugas e áreas vermelhas;
  • Higienização diária adequada com água e sabão, com as mãos (pois o uso de buchas e outros objetos pode machucar a região). Esse processo deve ser feito, inclusive, após relações sexuais ou masturbação. A região também deve ser secada corretamente com toalha seca ou papel higiênico; 
  • Circuncisão (operação simples para remoção do prepúcio que não necessita de internação);
  • Consultas médicas regulares, o diagnóstico precoce do câncer de pênis diminui a necessidade de amputação; 
  • Uso de preservativos em qualquer tipo de relação sexual.     

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A falta de informações sobre a higienização correta do pênis acarreta na ampliação do número de casos, além de trazer outros danos à saúde. É indispensável manter uma rotina adequada de higiene do órgão por toda a vida. 

Ademais, a remoção parcial ou total pode afetar o paciente psicologicamente, portanto, procure ajuda profissional durante todo o processo.

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