Saúde mental de pessoas idosas: como cuidar dela?

Qual a importância da saúde mental de idosos?

Na terceira idade, a saúde mental pode ficar prejudicada por conta de diversos processos que ocorrem nessa fase da vida.

É comum haver o declínio cognitivo, o que tem impacto direto em funções cognitivas como memória, atenção e capacidade de planejamento. Isso pode influenciar diretamente na saúde mental, assim como em enfermidades como demências, doença de Alzheimer ou acidentes vasculares cerebrais (AVC).

Diante de tantas adversidades no processo de envelhecimento, a saúde mental é um grande aliado para enfrentar essas dificuldades e manter-se bem consigo mesmo.

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Por que é comum a confusão mental na terceira idade?

Existem duas maneiras de entender a confusão mental na terceira idade. A primeira diz respeito ao declínio natural de certas funções cognitivas, enquanto a segunda se refere a um quadro patológico que precisa de atendimento médico.

O declínio natural das funções cognitivas ocorre de maneira geral em todo o organismo e apresenta confusões simples, como confundir nomes e lugares ou ter maior dificuldade para lembrar.

Esse tipo não é preocupante, sendo apenas mais um sinal de que a idade chegou. Contudo, se o declínio for mais grave, pode-se pensar em um quadro patológico de confusão mental chamado delirium.

Existem vários motivos para o surgimento do quadro, como desidratação grave, hipoglicemia, infecções, alguma doença neurológica prévia não diagnosticada, abstinência de álcool e outras drogas ou privação de sono.

O delirium é caracterizado por dificuldade de concentração; alterações na consciência; alterações na memória recente; confusão mental; percepção alterada e desorientação espacial e temporal. Sendo assim, o indivíduo pode não conseguir reconhecer pessoas, confundir objetos parecidos ou com funções parecidas, não saber onde está ou qual a data do dia presente.

Os casos de delirium precisam de atendimento médico e podem ser resolvidos em pouco tempo. Vale ressaltar que nem sempre eles indicam o início de uma patologia grave, como a demência ou doença de Alzheimer.

De fato, uma das principais características do delirium é seu início súbito, enquanto essas outras doenças têm um início gradativo, ou seja, a pessoa vai lentamente apresentando os sintomas, que se tornam mais frequentes e mais intensos com o tempo.

Depressão na população idosa: é comum? Precisa tratar?

A depressão na terceira idade é bastante comum, em especial nos idosos que vivem sozinhos ou que estão em asilos. A falta de socialização, comum nessa idade, é um grande fator para o desenvolvimento de um quadro depressivo.

Não é raro que uma série de fatores comuns ao envelhecimento contribua para o surgimento da depressão.

Além disso, por conta de tais alterações, por vezes o tratamento da depressão por medicamentos fica limitado, devido à interação de vários medicamentos que os idosos podem tomar para controle de diabete, hipertensão ou outras condições.

Existem outros fatores que podem influenciar no desenvolvimento da depressão, tais como:

• Aposentadoria;
• Isolamento social;
• Atitude hostil da sociedade perante o idoso;
• Sentimentos de solidão;
• Inutilidade;
• Tendência a reviver o passado;
• Perda de familiares;
• Viuvez (perda do marido ou esposa).

É necessário tratar a depressão em pessoas idosas, pois, por conta da condição, a pessoa pode passar a negligenciar a própria saúde, alimentação e higiene. Além de comum, a condição acaba por piorar a qualidade de vida nessa faixa etária, que já costuma ser prejudicada por outras enfermidades.

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Como promover a saúde mental do idoso?

Existem várias maneiras de prevenir os transtornos mentais e suas consequências na terceira idade. Dentre elas está a adoção de hábitos saudáveis, como:

• Dormir adequadamente: é recomendado manter uma rotina de sono equilibrada e de, no mínimo, 8 horas por dia;
• Alimentação saudável: dar preferência a frutas, legumes e verduras;
• Praticar atividades físicas: ajuda a reduzir sintomas de ansiedade e depressão. Contudo, os exercícios devem respeitar os limites da pessoa;
• Convívio social: estar perto de familiares e ter convivência com amigos ou pessoas que conversem com o idoso é altamente indicado;
• Autonomia: permitir que os idosos realizem atividades cotidianas e que consigam realizar sozinhos;
• Terapia: acompanhamento psicoterapêutico é indicado, pois auxilia a promover a saúde mental.

O cuidado com a saúde mental das pessoas idosas é essencial para se preservar o bem-estar por toda a vida. Nessa fase, uma série de mudanças ocorre no organismo, necessitando de atenção e empatia por parte da família e toda a sociedade.

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Referências

• Saúde Mental e Qualidade de Vida de Pessoas Idosas —  Avances en Enfermería.