A retinopatia é uma condição ocular desencadeada por doenças sistêmicas, ou seja, que afetam mais de um órgão ou região do corpo. Tanto a condição em si quanto a sua progressão podem ser prevenidas com alguns cuidados, como o acompanhamento médico regular, que possibilita o diagnóstico precoce.
No texto a seguir, você irá entender melhor quais são as causas da doença, sintomas característicos e tratamentos indicados para cada classificação. Confira!
Índice - Neste artigo você vai encontrar:
Consequência de outras doenças que acometem diferentes regiões e órgãos do corpo e de distúrbios no aporte sanguíneo, a retinopatia causa lesões degenerativas (que progridem com o tempo) e não inflamatórias nos vasos sanguíneos da retina ocular, camada de tecido fino encarregado de enviar imagens ao cérebro.
Quando não tratada precocemente e adequadamente, a condição pode evoluir para cegueira. Portanto, se consultar com um (a) médico (a) oftalmologista em caso de sintomas adversos é essencial para evitar essa e outras complicações.
Existem, ao todo, 7 classificações para a doença, sendo que cada uma possui causas diferentes. São elas:
Comum em pacientes portadores de diabetes, essa classificação é uma das principais causas de cegueira no mundo. Além da condição progredir com o tempo, pessoas diagnosticadas com a condição possuem 25% mais chances de ficarem completamente cegas por conta da retinopatia.
Desencadeada após nascimento prematuro, ou seja, antes de 30 semanas de gestação, o diagnóstico só é possível com exames oftalmológicos.
Esse tipo de classificação é causada em pacientes portadores de hipertensão, condição crônica que exerce pressão sobre as paredes dos vasos sanguíneos, inclusive dos olhos. As veias da região ficam mais grossas, o que dificulta e reduz a circulação, podendo desencadear vazamento do sangue sobre a retina.
Conhecida como maculopatia, a condição causa lesão da mácula, região responsável por transmitir detalhes ao cérebro. A observação de fontes luminosas de alta intensidade, como eclipses, ou o uso de algumas substâncias podem desencadear perda parcial ou total da visão.
Nessa classificação ocorre obstrução dos vasos sanguíneos da retina. Atrofia da íris e a má formação de vasos são algumas das consequências da anemia falciforme sobre os olhos.
Alguns medicamentos, como ansiolíticos, corticoides e anti-histamínicos, tendem a aumentar a pressão nos vasos sanguíneos dos olhos, favorecendo o surgimento da retinopatia.
Também conhecida como OVR (oclusão venosa da retina), a condição é uma das principais causas de cegueira no mundo. A obstrução de um ou mais vasos sanguíneos responsáveis por bombear sangue à retina é a principal causa da doença.
Os sintomas podem variar de acordo com o tipo de retinopatia. As fases iniciais tendem a ser assintomáticas, ou seja, o (a) paciente não apresenta sintomas característicos. Contudo, conforme a doença progride, alguns podem ser observados. Entre os mais comuns estão:
Se você possui um ou mais dos sintomas descritos acima, procure imediatamente ajuda médica e oftalmológica.
Alguns exames podem ser solicitados pelo (a) oftalmologista para confirmar o diagnóstico. Os mais comuns são:
O tratamento para retinopatia varia de acordo com a classificação e estágio da doença. Quanto mais cedo o diagnóstico for feito e o tratamento correto for aplicado, mais chances o paciente tem de reverter complicações mais sérias, como a perda da visão.
O laser árgon é um dos tratamentos mais utilizados para evitar a progressão da retinopatia diabética. O procedimento tem como objetivo eliminar os vasinhos deformados e impedir que haja vazamento de sangue na retina. O número de sessões pode variar de acordo com a necessidade do(a) paciente. Intervenções cirúrgicas (vitrectomia) são recomendadas apenas em casos mais graves.
Já no diagnóstico relacionado à hipertensão, o tratamento consiste no controle da tensão arterial como um todo. Uso de medicamentos específicos e mudanças de hábitos de vida, como alimentação e prática de atividade física, podem ser recomendadas.
A terapia de fotocoagulação a laser é recomendada para pacientes com diagnóstico de retinopatia proliferativa causada pela anemia falciforme e prematuridade. Quando feita antes do descolamento da retina, a técnica pode ser efetiva para evitar outras complicações. A vitrectomia pode ser uma opção em casos de hemorragia persistente.
O tratamento para oclusão venosa da retina (OVR) pode ser feito com lasers ou medicamentos que impedem a progressão da condição, como vazamentos e formação de outros vasinhos anormais. Implantes com corticóide de liberação prolongada também podem ser prescritos caso haja necessidade.
Atualmente, não existe tratamento para retinopatia solar. A melhora é gradual na maioria dos pacientes, ou seja, pode levar alguns meses para recuperar a visão.
A retinopatia é uma doença inicialmente silenciosa que, quando diagnosticada tardiamente, pode comprometer parcialmente ou totalmente a visão. Por isso, é essencial que, aos primeiros sinais de sintomas característicos, o paciente recorra a um (a) médico (a) oftalmologista para um diagnóstico e tratamento adequados.
Em outras palavras, quanto mais cedo o diagnóstico for feito, menores as chances de progressão da condição.
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Rafaela Sarturi Sitiniki
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