Em geral, a circuncisão é uma palavra que grande parte das pessoas associam a um ritual tradicional da religião judaica. No entanto, o procedimento também é um recurso médico disponibilizado para homens que desejam evitar complicações no pênis.
Pensando nisso, será que há diferenças entre a circuncisão realizada devido a uma cerimônia religiosa e a que é feita com utilidade médica? E como pode beneficiar o homem? Confira as respostas dessas dúvidas no texto abaixo!
Índice — neste artigo você vai encontrar:
A circuncisão é um procedimento cirúrgico realizado em meninos com o intuito de retirar a pele em excesso (prepúcio) que cobre a glande (cabeça) do pênis. Em geral, ela é indicada por um(a) urologista para evitar doenças que afetem a saúde do homem, como infecções urinárias, doenças sexualmente transmissíveis e câncer peniano.
A circuncisão é uma intervenção muito comum para meninos nascidos em famílias que seguem a religião judaica, como forma de “batizar” o homem como um descendente legítimo do povo judeu. Porém, do ponto de vista médico, a circuncisão é indicada como forma de evitar doenças que podem ocorrer devido à demora da abertura do prepúcio.
Acontece que quando essa pele que recobre o pênis não abre após o período de 7 a 8 anos de idade do homem (idade mais comum para esse evento), aumentam as chances de doenças penianas, já que se torna mais difícil higienizar corretamente o órgão.
Sendo assim, a circuncisão é um recurso que irá promover melhores condições de saúde ao homem, reduzindo a probabilidade dele vir a ter infecções, DST’s e até mesmo câncer.
Atualmente, independentemente do procedimento ser feito por motivos religiosos ou não, é necessário que um profissional realize a circuncisão em um ambiente clínico adequado para que, assim, não ocorram complicações à saúde do homem.
Dentre os benefícios proporcionados pela circuncisão estão a redução nas chances do homem desenvolver doenças como candidíase masculina, infecção urinária, balanopostite (inflamação), HPV (papilomavírus humano), dor durante as relações sexuais, câncer de pênis, entre outras.
Isso ocorre em virtude do excesso de pele (prepúcio), que quando removido, facilita a higienização do pênis e, consequentemente, impede que bactérias, fungos e vírus responsáveis por essas doenças se propaguem no local.
Além disso, parceiras sexuais de homens circuncidados acabam sendo beneficiadas também com o procedimento, já que há menos riscos de serem contaminadas por infecções sexualmente transmissíveis, como HPV e HIV.
A circuncisão deve ser realizada quando não há abertura do prepúcio naturalmente, impedindo, por consequência, a exposição da glande (é estipulado que por volta dos 7 anos de idade esse processo tenha ocorrido). Sendo assim, quando o homem tem fimose.
Em geral, todos os meninos nascem com excesso de pele cobrindo a glande do pênis. No entanto, essa condição se torna mais grave quando a pele não se retrai naturalmente com o passar do tempo, causando no homem sintomas como ardência ao urinar, inchaço, infecções frequentes e acúmulo de secreções na cabeça do pênis.
Portanto, é indicado procurar um urologista assim que essa condição for notada. Pois, dessa forma, é possível iniciar um tratamento mais adequado com pomadas e, em último caso, com o procedimento de circuncisão.
A circuncisão em bebês é feita da seguinte forma: primeiro, o cirurgião aplica anestesia local na genitália da criança, e assim que faz efeito, começa a remover o prepúcio que cobre a glande peniana do bebê. Em geral, o procedimento leva em torno de 10 minutos, e a cicatrização dos pontos cirúrgicos 1 semana.
A escolha de fazer ou não a circuncisão em um recém-nascido fica a critério dos pais, no entanto, especialistas recomendam que a intervenção seja realizada somente após 2 anos de idade, pois após esse período espera-se que o prepúcio comece a se abrir e a glande do pênis da criança seja exposta — dessa forma a circuncisão não é necessária.
Se isso não ocorrer aos 2 anos de idade, significa que é necessário iniciar um tratamento com pomadas que amoleçam o prepúcio para que haja uma abertura para a glande, porém, caso esse recurso não funcione, aí então, é indicado realizar a circuncisão. Por isso, vale consultar um pediatra para saber se é viável ou não a intervenção para a criança.
Normalmente, o homem que realiza a circuncisão não precisa passar por longo período de recuperação, visto que os pontos que ficam após a intervenção costumam cicatrizar por volta de 6 semanas.
Porém, mesmo se tratando de uma invenção pequena, alguns cuidados devem ser tomados durante esse período de recuperação como, por exemplo, não ter relações sexuais e nem se masturbar, já que essas atividades podem compromenter a cicatrização do pênis.
E após o período de pós operatório, é importante que o homem utilize preservativo por 6 meses, sempre quando for ter alguma relação sexual, pois dessa forma é possível assegurar a cicatrização completa dos pontos da cirurgia.
Além dessas recomendações, outras podem ser feitas (dependendo do caso), pelo cirurgião urologista para que o paciente siga durante o pós-operatório.
Em média, a circuncisão varia de R$2000 a R$3000 e pode ser feita em clínicas particulares especializadas ou pelo Sistema Único de Saúde - SUS (nesse caso sem custo).
Independentemente do local escolhido, é preciso que o paciente passe por uma consulta médica com um(a) urologista que irá avaliar a necessidade da cirurgia e marcar o dia da realização do procedimento.
A circuncisão feminina não existe, pelo menos não quando se fala em um recurso médico que pode ser adequado e prescrito. Sendo assim, a circuncisão é um procedimento cirúrgico destinado somente a pessoas do gênero masculino, visto que é uma intervenção para remover o prepúcio do pênis. Por isso, não há o termo e nem procedimento médico intulado como circuncisão feminina.
De qualquer forma, é importante ressaltar que quando há um procedimento para retirar ou alterar algum órgão presente na região genital feminina (sem razões médicas), trata-se de um ato classificado como Mutilação Genital Feminina (MGF), uma violência contra a mulher que pode trazer complicações sérias à saúde dela.
Portanto, a “circuncisão feminina" não é uma alternativa válida ou saudável às meninas/mulheres, e é completamente proibida pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
Qualquer procedimento cirúrgico, independentemente de ser considerado pouco invasivo, como a circuncisão, deve ser realizado com indicação e acompanhamento médico adequado, pois, caso contrário, a pessoa corre sérios riscos.
Dessa forma, nunca faça qualquer intervenção sem falar com um profissional especialista capacitado.
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Rafaela Sarturi Sitiniki
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