Dormir pouco e dormir mal pode trazer efeitos negativos no dia a dia, como estresse, cansaço, sonolência e uma péssima produtividade. Mas além disso, uma sequência de noites mal dormidas pode causar uma doença conhecida como aterosclerose.É o que diz o
estudo publicado em 14 de janeiro de 2019 no
Journal American College of Cardiology.De acordo com os pesquisadores, dormir menos de seis horas ou acordar frequentemente durante a noite aumenta o risco de desenvolver placas de gordura nas artérias do corpo — a aterosclerose é considerada uma doença perigosa por aumentar os riscos de infarto e AVC.O estudo feita em Madri, na Espanha, reuniu cerca de 4 mil homens e mulheres, com idade média de 46 anos, e que não tinham histórico de doenças cardíacas.As pessoas foram divididas em quatro grupos, de acordo com os hábitos de sono: aquelas que dormiam menos de seis horas; de seis até sete horas; entre sete e oito horas; e aquelas que dormiam mais de oito horas por noite.Através de um dispositivo que mede o tempo e a qualidade do sono, foi observada a frequência com que cada pessoa acordava e se movia durante as fases do sono. Além disso, cada participante passou por uma tomografia cardíaca e uma ultrassonografia 3D do coração no ínicio e no final do estudo.Por fim, os pesquisadores descobriram que os indivíduos que dormiam menos de seis horas por noite tinham 27% mais probabilidade de ter aterosclerose do que aqueles que dormiam de sete a oito horas diariamente.E os participantes com baixa qualidade de sono, ou seja, aqueles que acordavam durante a noite ou tinham dificuldade em dormir, tiveram 34% mais chances de sofrer com o acúmulo de placas de gordura nas artérias, do que aqueles que dormiram bem.O estudo também mostrou que a qualidade do sono está associada ao surgimento da aterosclerose em todo o corpo, não só no coração.