Os pets recém-nascidos que antes se encontravam protegidos dentro da barriguinha da mamãe, em um ambiente líquido, com temperatura constante e sem desafios para a sua saúde, estarão expostos após o nascimento a um ambiente seco, com temperatura oscilante e com vários desafios para o seu sistema imune.
Todas essas mudanças repentinas para um filhotinho, que ainda se encontra em formação, faz com que esse momento da vida demande cuidados especiais.
A mortalidade nos primeiros 15 dias de vida, quando ainda são considerados recém-nascidos, pode chegar até 30%, portanto, para reduzir as chances de óbito é muito importante redobrar os cuidados com as condições sanitárias, pois microrganismos que não costumam causar doença em animais adultos saudáveis podem causar doenças graves em filhotes.
A alimentação e a temperatura, são fatores decisivos também, pois durante essa fase da vida os animais ainda não conseguem regular a própria temperatura corporal.
Para saber como cuidar de pets recém-nascidos, continue acompanhando o artigo.
Durante os primeiros quinze dias de vida, os gatinhos e cachorrinhos são considerados recém-nascidos e requerem cuidados especiais para se manterem saudáveis. Vamos falar sobre alguns desses cuidados a seguir:
Não se deve dar banhos nos animaizinhos recém-nascidos. Por serem animais mais frágeis e com o sistema imunológico ainda em desenvolvimento, eles ficam muito vulneráveis.
Por isso, o ideal é que só se dê banho em filhotes após o desmame, pois nesse momento o sistema imunológico já está mais forte do que antes desse período.
Antes disso, você pode limpar a boquinha, olhos e genitais, caso necessário, com o auxílio de um paninho limpo e umedecido com água.
É importantíssimo se atentar ao fato de que os filhotes só estarão imunizados após completar o protocolo vacinal, portanto, não é recomendado levar os bebês ao pet shop e locais com alta circulação de animais antes que estejam totalmente imunizados.
O leite produzido pela mamãe contém tudo que o filhote precisa, sendo o suficiente para suprir todas as necessidades desse animalzinho até a quarta semana de vida. Somente após esse período é que é permitido iniciar o desmame e iniciar a introdução de alimentos (ração).
Caso a mãe rejeite os filhotes ou os animais sejam órfãos, o recomendado é encontrar fêmeas que estejam lactando e que possam adotar esses filhotes. É comum uma cadela adotar gatinhos ou ao contrário, mas pode ser que esse método não funcione e a mãe adotiva rejeite os filhotes.
Caso isso aconteça, deve-se oferecer aos animais um substituto de leite materno industrializado específico para pets. Esse produto deve ser diluído em água e oferecido morno (entre 35°C e 38°C) em mamadeiras.
Os substitutos de leite materno são alimentos completos e seguros para filhotes, mas o ideal é que nessas situações o (a) médico (a) veterinário (a) seja consultado para que avalie o caso e recomende o melhor produto e a forma mais segura de oferecê-lo.
Jamais ofereça leite de vaca para filhote, pois esse não é facilmente digerido, o que pode causar diarreia.
Quanto ao intervalo de mamadas, isso varia de acordo com o tempo de vida do animal. Por exemplo, durante a primeira semana, o filhote deve mamar de 2 em 2 horas. Já na segunda semana, as mamadas podem ser espaçadas, passando para cada 4h. Por fim, a partir da quarta semana pode-se iniciar o desmame, introduzindo gradativamente a alimentação pastosa (ração úmida).
Gatinhos e cachorrinhos recém-nascidos não possuem reflexo de micção e não conseguem fazer xixi e cocô sem que sejam estimulados. Logo, as mamães ajudam seus filhotinhos estimulando-os ao lamber suas genitálias.
Mas caso a mãe os rejeite ou estes sejam órfãos, esse papel passa a ser dos (as) tutores (as). Para estimular os filhotinhos a fazer cocô e xixi, é preciso passar, delicadamente, um algodãozinho umedecido com água corrente e limpa nas genitálias dos animaizinhos até que eles defequem ou urinem.
É importante que o (a) tutor (a) faça esse procedimento após cada mamada. No caso dos gatinhos, eles já podem ser introduzidos à caixinha de areia após completar um mês.
Recém-nascidos não podem passear, pois são animais frágeis e com o sistema imunológico ainda em formação. É recomendado que os filhotes só passeiem e tenham contato com outros animais de fora do seu círculo após completar o protocolo de vacinação. Só assim eles estarão protegidos contra doenças que costumam ser graves principalmente em filhotes, como a parvovirose.
Pelo mesmo motivo que não devem passear, não é recomendado que os recém-nascidos tenham contato com outros animais que não sua mamãe e animais que vivem na mesma casa.
Nos primeiros trinta dias de vida tanto os gatinhos, quanto os cachorrinhos não são capazes de regular a própria temperatura corporal, sendo importante mantê-los aquecidos.
Para isso, pode-se usar caixas, mantinhas e, até mesmo, fontes de calor, como bolsas de água quente ou garrafas com água quente enroladas em toalhas.
Caso decida usar fontes de calor é importante que tenha muito cuidado com a temperatura para evitar superaquecimento e queimaduras. O ideal é que a temperatura do ambiente no qual os pets recém-nascidos são mantidos esteja acima de 22ºC. Além da temperatura, é muito importante que o local onde esses animaizinhos fiquem seja sempre limpo.
Tanto a vermifugação, quanto a vacinação são muito importantes para manter os animais saudáveis, protegendo-os de doenças e infestações parasitárias.
O ideal é que se consulte o (a) médico (a) veterinário (a) para que ele (a) possa definir o melhor momento para iniciar a vermifugação e a vacinação. No geral, a vermifugação costuma ser implementada entre os primeiros 25 e 30 dias de vida do animal. Já a vacinação costuma ser iniciada entre os 45 e 60 dias de vida do filhotinho.
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Além dos cuidados que um recém-nascido geralmente demanda, os filhotinhos órfãos também requerem cuidados especiais, como alimentação e estímulo para defecar e urinar.
Além desses cuidados, é muito importante ficar atento (a) e mantê-los seguros e saudáveis. Sempre que possível, observe se os filhotinhos estão se alimentando bem, se estão se movimentando e até se estão respirando normalmente. Caso observe qualquer sinal de que o animal não está bem, leve-o ao veterinário o mais rápido possível!
Quando está saudável, o filhotinho passa os dias mamando ou dormindo e apresenta abdômen arredondado e macio. Caso o filhotinho esteja chorando, inquieto ou até seja rejeitado pela mãe, é sinal de algo não está bem e que esse animal deve ser avaliado por um (a) médico (a) veterinário (a).
Outros sinais que devem se observar é a presença de secreção nos olhos ou narinas. Além disso, animais que não estão se alimentando corretamente, estão magrinhos, mais quietos ou que não estejam defecando ou urinando, devem ser levados ao veterinário para que o (a) profissional avalie o estado de saúde atual.
Durante os primeiros meses de vida, os animaizinhos devem visitar o veterinário mensalmente até os 4 meses, quando se completa o protocolo vacinal.
Durante essas consultas, o (a) profissional deve avaliar o pet, observar possíveis alterações e instruir o (a) tutor (a) sobre alterações que o animalzinho pode apresentar enquanto está em processo de crescimento. O protocolo de vermifugação e procedimentos futuros, como a castração, também podem ter orientações.
Estima-se que menos da metade dos filhotes sobrevivem às primeiras 12 semanas de vida. Grande parte das mortes de cãezinhos e gatinhos nessa fase da vida acontecem por complicações no desenvolvimento uterino, no parto ou no desmame. Os principais problemas que levam os recém-nascidos à morte são:
Os cuidados devem ser feitos ao longo da gestação e após o nascimento para evitar quaisquer complicações, portanto, ao notar algum comportamento estranho na mamãe durante a gestação ou após o nascimento dos bebês, leve-os ao veterinário o quanto antes!
Para mais dicas de como cuidar de seus pets, continue acompanhando as redes sociais e o site do Minuto Saudável.
Esp. Kenny Cardoso
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