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Covid-19 em cachorros e gatos: como identificar e tratar

Por Redação Minuto SaudávelPublicado em: 22/08/2022Última atualização: 22/11/2022
Por Redação Minuto Saudável
Publicado em: 22/08/2022Última atualização: 22/11/2022
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No início de 2020, o mundo foi surpreendido pela Covid-19, um vírus respiratório extremamente transmissível e que, em poucos meses, tomou o mundo inteiro.

Apesar de alguns anos já terem se passado desde o início da pandemia causada pela doença, algumas dúvidas ainda persistem e não estão bem esclarecidas pelos cientistas. Uma delas é sobre a transmissão da Covid-19 em cachorros e gatos.

Em 2022, um grupo de pesquisadores da Tailândia reportou o primeiro caso documentado de transmissão de um animal para um ser humano. O animal era um gato doméstico que infectou uma veterinária durante a realização de um exame. 

Contudo, além dos gatos, existem relatos de mais três espécies de animais que já se infectaram com a Covid-19 e que, possivelmente, infectaram humanos. São eles os visons, hamsters e veados de cauda branca.

Mas afinal de contas, como é possível um animal se infectar com o vírus e transmitir para um ser humano ou vice-e-versa? Como detectar os sintomas? Se você quiser saber as respostas para essas e outras perguntas, continue acompanhando o artigo! 

A Covid-19 é transmissível para cachorros e gatos?

Já se sabe que tanto cães, quanto gatos podem se infectar com um tipo de coronavírus que é capaz de desenvolver a doença nos animais. Inclusive, esse fato causou muita confusão no começo da pandemia, quando muitos (as) tutores (as) mal informados (as) acreditaram que a vacina de cães e gatos seria capaz de proteger humanos contra o vírus causador da Covid-19.

Além disso, sabe-se que, apesar de possível, a infecção é rara e, quando acomete um animal, o quadro costuma ser leve ou assintomático (sem sintomas). 

A transmissão de Covid-19 para cachorros e gatos é rara e os animais costumam apresentar sintomas leves.
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Casos registrados

De acordo com uma publicação no periódico científico especializado Emerging Infectious Diseases, dois membros de uma família foram diagnosticados com Covid-19 na Tailândia. Ambos foram transferidos para uma unidade de isolamento com seu gato de estimação, que permaneceu no mesmo quarto por um certo período.

Após isso, o animal foi levado para um hospital veterinário, onde exames realizados comprovaram que, assim como seus tutores, o animal também tinha contraído Covid-19. 

Porém, durante a realização de um dos exames, o animal espirrou e a médica veterinária, que usava apenas luvas e máscaras e estava sem óculos de proteção, acabou se infectando e recebeu diagnóstico positivo para Covid-19 dias depois.

Para determinar se de fato havia ocorrido a transmissão entre o gato e a médica veterinária, os cientistas envolvidos no caso analisaram o histórico da profissional e realizaram análises genéticas de amostras dos tutores do animal. 

Foi constatado que ela não havia tido contato com nenhuma pessoa infectada antes e após o incidente e que os quatro foram infectados com a mesma variante e sequência genética.

Apesar da atenção sobre esse episódio em específico, ele não é único. Desde o início da pandemia, diversos casos nos quais animais haviam sido infectados com o vírus da Covid-19 foram relatados. Muitos deles, inclusive, desenvolveram sintomas. 

Porém, a maioria desses casos estavam relacionados a animais de zoológicos e santuários, como tigres, gorilas, hipopótamos e leões, ou seja, animais que não tem contato direto com humanos como os animais de estimação. 

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Como ocorre a transmissão?

Na maioria dos relatos feitos por cientistas, os animais se infectam com o vírus da Covid-19, mas não foram capazes de transmitir a doença. Porém, há relatos de animais que, assim como o gato do caso da Tailândia, foram capazes de transmitir o vírus para humanos. 

Até agosto de 2022, apenas quatro relatos de transmissão de animais para humanos foram confirmados, sendo eles os relacionados à visons na Europa, à hamsters em Hong Kong, à veados de cauda branca no Canadá e ao gato na Tailândia.

O fenômeno no qual o vírus consegue ser transmitido de volta de animais para humanos é chamado de spillback, processo contrário que, provavelmente, deu origem à pandemia, quando o vírus que circulava entre animais passou a afetar humanos (spillover). O spillover é um fenômeno muito mais comum do que se imagina, sendo a causa do surgimento de mais de 70% das doenças infecciosas que afetam os humanos. 

Contudo, por mais que o vírus da Covid-19 possa infectar cachorros e gatos, é importante saber que a afinidade desse vírus com animais é rara. 

De acordo com uma pesquisa realizada pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC-PR), apenas 11% dos cães e gatos que convivem com pessoas infectadas pela doença testaram positivo para a Covid-19. Contudo, apesar de carregarem o vírus, esses animais não apresentaram sintoma, pois o vírus não consegue se replicar nesses animais. 

Leia também: Gripe em cachorro e gato: como identificar e tratar

Sintomas

Conforme dito anteriormente, até o momento não há relatos de sintomas relacionados à Covid-19 em cachorros e gatos. Contudo, é importante procurar ajuda de um (a) profissional caso seu animal apresente:

  • Prostração;
  • Falta de apetite;
  • Cansaço;
  • Pare de beber água ou de fazer suas necessidades.

Além disso, é completamente normal confundir sintomas de gripe com uma possível infecção de Covid-19 em cachorros e gatos. Portanto, outros sinais que devem chamar a atenção do (a) tutor (a) são: 

Cães

  • Apatia;
  • Tosse;
  • Falta de apetite;
  • Corrimento nasal;
  • Febre.

Gatos

  • Dor de garganta;
  • Falta de apetite;
  • Animal respirando de boca aberta;
  • Desidratação;
  • Febre;
  • Espirro.
A febre e apatia são alguns dos sintomas de Covid-19 em cachorros e gatos.
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Tratamento

Como não há relatos do desenvolvimento de sintomas em decorrência da Covid-19 em cães e gatos, não há tratamento disponível no momento. 

Tutores (as) com Covid-19 podem ficar perto dos pets?

Como há a possibilidade de cães e gatos se infectarem com o vírus, é importante que não haja exposição desses animais ao vírus, até mesmo para evitar possíveis mutações. 

A principal recomendação é que tutores (as) com diagnóstico positivo para a Covid-19 mantenham distanciamento dos seus cachorrinhos e gatinhos, assim como acontece entre humanos. Contudo, caso o (a) tutor (a) não possa passar a responsabilidade dos cuidados com os pets para outra pessoa, é importante que ele (a) evite contato próximo. 

Prevenindo a Covid-19 em cachorros e gatos

Como se trata de um vírus novo e capaz de sofrer mutação rapidamente, é interessante tomarmos medidas para evitar a exposição dos cães e gatos ao vírus. Algumas formas de prevenir que o seu aumigo ou bichano seja infectado com o vírus da Covid-19 são:

  • Evitar contato direto do seu animal com pessoas com diagnóstico positivo;
  • Caso você positive, se isole e delegue os cuidados dos pets para outro (a) morador (a) da residência;
  • Caso não possa contar com outra pessoa para realizar os cuidados com o seu animal, faça-o mantendo o menor contato possível! Use máscara e higienize as mãos antes e depois de cuidar do seu animal;
  • Higienize as patinhas do animal após os passeios;
  • Mantenha uma alimentação balanceada e as vacinas do seu pet sempre em dia;
  • Realize consultas de rotina no período correto.

Por último, não se deve colocar máscaras ou passar álcool em gel nos animais! 

Além desses cuidados não se esqueça de procurar a ajuda de um médico veterinário caso observe que seu animal está apresentando sinais de que não está bem. 

Caso suspeite de alguns sintoma, leve seu bichinho ao veterinário o quanto antes.

A Covid-19 é uma doença relativamente nova e temos muito o que aprender com ela ainda. Portanto, continue se cuidando e não deixe de completar seu esquema vacinal e o do seu bichinho. A vacinação, além de cuidados de higiene e uso de máscara, é a melhor forma de conter a disseminação do vírus.

A Covid-19 em cachorros e gatos não tem tratamento, mas o acompanhamento veterinário é fundamental para resguardar sua saúde e a do bichinho.

Para mais informações sobre saúde animal, continue acompanhando o site e as redes sociais do Minuto Saudável!


Imagem do profissional Kenny Cardoso
Este artigo foi escrito por:

Esp. Kenny Cardoso

Médica veterinária pela Universidade Federal Fluminense com mestrado em Medicina Veterinária.Leia mais artigos de Esp. Kenny
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