Alguns medicamentos são essenciais para dar continuidade ou complementar o tratamento de alguns tipos e estágios de câncer, e o olaparibe é um deles. Aprovado pela Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa) em 2017, o princípio ativo se mostrou eficaz no tratamento oncológico ao longo de ensaios clínicos feitos em todo o mundo.
A seguir você confere algumas informações importantes sobre o medicamento, como usar, para que serve, indicações e efeitos colaterais comuns. Confira!
Índice - Neste artigo você vai encontrar:
Olaparibe é o princípio ativo do medicamento de uso oral Lynparza®, desenvolvido para o tratamento de alguns tipos e estágios de câncer. A substância age inibindo a ação das PARP (poli [adenosina difosfato-ribose] polimerase) ou (poli [ADP-ribose] polimerase)), enzimas presentes em todas as células do organismo, que são responsáveis pela recuperação das mesmas.
A principal função do fármaco é, justamente, evitar a reparação celular das células malignas causadoras do câncer e, consequentemente, provocar seu enfraquecimento e morte. Dessa forma, o olaparibe acaba sendo pouco nocivo às células saudáveis.
Estudos mostraram que o medicamento é efetivo em pacientes com mutações genéticas e hereditárias (passada pelos pais) nos genes BRCA (Breast Cancer Gene) 1 e 2, responsáveis pela reparação de células saudáveis e prevenção do surgimento de cânceres.
Contudo, por se tratar de um medicamento relativamente novo, não é possível afirmar se Olaparibe aumenta o tempo de vida do (a) paciente diagnosticado (a) com câncer. Por outro lado, o que ficou efetivamente comprovado é que ele ajuda a retardar o avanço de algumas classificações por um período de tempo.
A indicação pode variar de país para país. No Brasil, a Anvisa (órgão responsável pela regulamentação e liberação de medicamentos) permitiu a indicação do fármaco a pacientes que já trataram a doença com quimioterapia à base de platina. Além disso, a liberação é destinada para os seguintes tipos e estágios de câncer:
Para saber se o (a) paciente possui mutação nos genes BRCA ou é HER2 negativa, o (a) médico (a) oncologista pode solicitar exames capazes de detectar esse tipo de condição. A Astrazeneca, farmacêutica responsável pela patente do Olaparibe, indica que esses exames sejam feitos em laboratórios experientes e que utilizem métodos validados.
Assim como qualquer medicamento, o Olaparibe pode provocar efeitos colaterais nos (as) pacientes. Alguns dos comumente observados ao longo dos estudos clínicos são:
Caso você possua algum dos sintomas descritos acima, não deixe de reportar ao (à) seu (sua) médico (a).
As principais contraindicações da fabricante com relação ao Olaparibe são:
Caso o (a) paciente esteja fazendo uso de alguns dos medicamentos citados abaixo, é importante informar seu (a) médico (a):
Além disso, o consumo de toranja e de seu suco é contraindicado ao longo do tratamento. Isso porque a fruta diminui a ação de enzimas que são necessárias para metabolizar o medicamento, causando assim metabolização lenta e potencialização da ação do medicamento e elevando os riscos de efeitos colaterais.
Por isso, é essencial consultar seu médico antes de fazer uso de qualquer medicamento! Seu (sua) oncologista precisa ser informado de tratamentos paralelos ao oncológico, pois, como vimos acima, a interação medicamentosa pode ocorrer ao longo do tratamento com olaparibe e, até mesmo, diminuir ou anular seu efeito.
A dose diária e a frequência de uso variam de acordo com cada diagnóstico e com o quadro atual do (a) paciente. A Astrazeneca disponibiliza atualmente comprimidos de 100 e 150mg e cápsulas de 50 mg. O primeiro pode ter sua dose diminuída conforme a necessidade.
No geral, recomenda-se que o medicamento seja ingerido inteiro (sem cortes e sem serem mastigados) com ajuda de um pouco de água. De acordo com a empresa, é indicada a dose de 600 mg (2 comprimidos de 150 mg de manhã e 2 comprimidos de 150 mg à noite) ou uma dosagem conforme recomendação do (a) médico (a).
Caso esqueça de tomar seus comprimidos de Olaparibe, notifique seu (sua) médico (a) e retome a próxima dose normalmente. Por exemplo, se você esqueceu de tomá-lo no período da manhã, tome as doses na parte da noite normalmente. A manutenção dos horários e das doses deve ser conforme a recomendação do (a) seu (a) médico (a) para garantir a efetividade do tratamento. Nunca aumente ou diminua doses e a frequência de uso sem o consentimento do (a) profissional.
A duração do tratamento também varia de paciente para paciente, portanto, siga todas as instruções dadas pelo (a) médico (a) oncologista ao longo de todo o processo.
O Olaparibe é um grande avanço no tratamento de pacientes diagnosticados com alguns tipos de câncer. Entretanto, para que o processo tenha bons resultados, é importante seguir todas as recomendações médicas, incluindo a dosagem e a frequência de uso.
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Dra. Francielle Mathias
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