Já pensou pagar até 90% menos no preço de um remédio? Quem sofre com doenças crônicas, como a diabetes e a hipertensão, sabe que os gastos recorrentes com medicamentos pesam no bolso.
E uma das alternativas para aliviar o problema está bem diante dos olhos: recorrer à Farmácia Popular do Brasil. O programa disponível para todos os brasileiros é uma oportunidade de seguir o tratamento medicamentoso de maneira correta, sem se preocupar com os gastos excessivos.Entenda melhor o programa e saiba como participar!Criado para ampliar o acesso a medicamentos para doenças comuns, a Farmácia Popular do Brasil fornece remédios a preços menores ou de maneira gratuita. Atualmente, o programa disponível para todos os brasileiros atende por meio de farmácias ou drogarias privadas credenciadas.
A Farmácia Popular do Brasil foi criada em 2004 pelo Governo Federal em parceria com prefeituras municipais do país, a fim de garantir a continuidade do tratamento de doenças por meio de descontos e medicamentos gratuitos.
A ideia é aliviar os gastos no orçamento familiar, além de reduzir as despesas do Sistema Único de Saúde (SUS) originadas por internações devido a falta de adesão ou abandono do tratamento.Até o final de julho deste ano, a Farmácia Popular do Brasil atuava por meio de duas frentes: rede própria e sistema de co-pagamento (“Aqui Tem Farmácia Popular”), as quais se diferenciam em alguns aspectos. Entenda:
Eixo que deu início ao programa, a rede própria deixou de funcionar recentemente, após decisão do Ministério da Saúde de cortar o repasse a essa modalidade.
As unidades próprias atuavam sob responsabilidade das prefeituras municipais e governos estaduais. Tratavam-se de unidades padronizadas, que ofereciam ao usuário um atendimento personalizado, incluindo ações educativas e orientação sobre cuidados com a saúde.Neste núcleo, os 112 itens, entre medicamentos e preservativos masculinos, eram repassados ao consumidor pelo valor de custo, o que poderia representar uma redução de até 90% no valor de mercado.No sistema de co-pagamento, único em vigência atualmente, o método de desconto acontece de maneira um pouco diferente. Em uma parceria com algumas das redes e farmácias privadas de todo o país, o governo paga uma parte do valor do medicamento e o cidadão paga o restante.
O cálculo é baseado a partir dos valores de referência de cada princípio ativo, já definidos pelo Ministério da Saúde. E assim como na rede própria, a ajuda de custo pelo governo pode representar em uma redução de até 90% no preço final.Entenda como funciona:Preço do medicamento na farmácia | O que o governo paga? | O que o cidadão paga? |
Menor que o preço referencial | 90% do valor comercializado | 10% do preço de venda |
Igual ou maior que o preço referencial | 90% do valor de referência | Diferença até o preço de venda |
Atenção!
Antes de assinar, é importante que o usuário confira os dados registrados no Cupom Vinculado, pois ele serve como controle para adquirir novos medicamentos.
Entender por que os valores de referência são calculados considerando o princípio ativo pode ser difícil se você não sabe o que esse termo significa.
O princípio ativo (P.A.) é a substância presente nos remédios responsável pelo efeito farmacológico. Ou seja, são elas que atuam diretamente no organismo e exercem o efeito esperado pelo medicamento.Sendo assim, cada remédio possui em sua composição uma substância química ativa principal, também chamada de princípio ativo. Vale lembrar que esse termo ficou mais conhecido após a popularização dos genéricos, os quais carregam os nomes próprios de cada P.A.Participar do programa Farmácia Popular é mais fácil do que se imagina. Isso porque não é necessário realizar um cadastro!
O paciente pode garantir o benefício em uma rede credenciada portando somente a receita médica e documento oficial com foto, no qual conste o número do CPF.Atenção!
Para ser aceita pelo programa Farmácia Popular, a receita deverá conter obrigatoriamente carimbo e assinatura do médico, endereço do estabelecimento de saúde, data da prescrição, nome e endereço do paciente.
Vale lembrar ainda que a receita deve ter validade de até 180 dias em caso de medicamentos ou fraldas geriátricas, e 1 ano para anticoncepcionais.
Não somente para controle, a obrigatoriedade da receita é fundamental para combater a automedicação e incentivar o uso de remédios, bem como o tratamento adequado.O programa é liberado para toda a população, especialmente para as pessoas que têm dificuldade em seguir o tratamento medicamentoso devido a falta de renda.
E mesmo que você tenha um plano de saúde e não seja paciente do SUS, é possível usufruir dos benefícios.Para consultar quais são os nomes de medicamentos e seus respectivos valores, acesse a página do programa aqui no CR!
Dos 25 itens disponibilizados nas farmácias credenciadas com o selo “Aqui Tem Farmácia Popular”, 14 são gratuitos e o restante se refere ao tratamento das seguintes doenças:Desde 2011, as farmácias credenciadas têm disponibilizado gratuitamente alguns dos remédios indicados no tratamento de hipertensão, diabetes e asma. A campanha que leva o nome de “Saúde Não tem Preço” determina a obrigatoriedade do fornecimento sem custos desses medicamentos.
Vale lembrar que a lista de medicamentos gratuitos é referente ao princípio ativo e sua disponibilidade irá depender do estoque do estabelecimento no momento da aquisição.Para garantir o medicamento gratuito, o paciente deverá ir até uma farmácia credenciada no programa “Aqui Tem Farmácia Popular”, portando CPF próprio, documento com foto e receita médica válida.
O paciente poderá adquirir o medicamento para diabetes, hipertensão ou asma a cada 30 dias. Por esse motivo, é importante estar atento às datas contidas no cupom vinculado em cada aquisição.
Alguns critérios são relevantes para a definição de quais medicamentos devem ser subsidiados pelo governo. Basicamente, são considerados:
O cidadão também pode encontrar fraldas geriátricas com preços até 90% mais baratos dentro das farmácias credenciadas. Para garantir o desconto, o paciente deve ter idade a partir de 60 anos ou ser uma pessoa portadora de deficiência.
Os documentos para a aquisição são os mesmos necessários para a compra de medicamentos: receita ou laudo médico, além de documento com foto e CPF. Para pacientes considerados incapazes, a compra deve ser efetuada por seu representante legal.Vale destacar que há um limite de quatro fraldas por dia, podendo ser adquiridas 40 a cada 10 dias, totalizando 120 fraldas por mês.Existem diversas farmácias credenciadas espalhadas por todo o país. Os endereços e telefones das unidades “Aqui Tem Farmácia Popular” estão disponíveis no portal do Ministério da Saúde.
É possível ainda identificar uma farmácia credenciada por meio do banner oficial do programa, que deverá estar posicionado na fachada do estabelecimento.Desde que o Ministério da Saúde anunciou mudanças no repasse das verbas para o programa, há questionamentos sobre o fim da Farmácia Popular do Brasil. Porém, a medida na verdade somente prevê alterações na rede própria. Ou seja, os descontos e medicamentos gratuitos nas farmácias credenciadas seguem normalmente.
Na prática, o governo deixa de financiar a rede própria e passa a destinar o recurso para compra direta de medicamentos pelos estados e municípios. Isso pode resultar efetivamente no fechamento de todas as unidades próprias do programa. Contudo, os gestores locais poderão optar por manter as redes próprias, desde que seja por meio de recursos próprios.Desde que esteja com validade de até 180 dias, as receitas poderão ser prescritas por profissionais médicos tanto da rede particular quanto para o SUS.
De acordo com o artigo 35 da Lei nº 5.991/73, somente será aceita a receita:
De acordo com nova Portaria, é possível que o próprio farmacêutico preencha as informações de endereço do usuário, após o consentimento do paciente.
Lembrando que isso somente será necessário caso a informação não tenha sido disponibilizada pelo médico que prescreveu a receita.O farmacêutico não deve reter a receita, somente providenciar uma cópia da mesma para arquivamento em cada compra.
No momento da aquisição, o estabelecimento deve emitir duas vias do cupom vinculado, além de cupom fiscal. Neste momento, o paciente deve assinar uma via de cada, as quais ficarão retidas na farmácia ou drogaria.
Se comprovada a incapacidade do paciente, serão necessários os documentos:
Qualquer procuração ou documento sem firma reconhecida não possui validade e não pode ser aceito na compra dos medicamentos e itens do programa. Nesses casos, o paciente deverá obter a devida procuração por meio de sentença judicial, podendo buscar ajuda na Defensoria Pública de seu estado.
Para usuários analfabetos ou cadeirantes, é possível fazer uma “Procuração a Rogo”, a qual deve ser outorgada por instrumento público e assinada, a pedido do paciente, por outra pessoa.O curador de um maior declarado incapaz poderá comprar medicamentos e/ou fraldas geriátricas para o paciente apresentando a seguinte documentação:
O menor de idade pode adquirir o medicamento normalmente, desde que seja portador de CPF. Caso ele não possua o documento, a compra pode ser efetuada pelos pais. Nesse caso, o responsável legal deve apresentar identidade civil que comprove a dependência.
Nas vendas realizadas com o documento dos pais, a farmácia irá arquivar cópia do CPF e documento de identidade do responsável, bem como a cópia da certidão de nascimento do filho.Rafaela Sarturi Sitiniki
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