Saúde

Neurossífilis: o que causa e como prevenir

Por Redação Minuto SaudávelPublicado em: 01/05/2023Última atualização: 01/05/2023
Por Redação Minuto Saudável
Publicado em: 01/05/2023Última atualização: 01/05/2023
Ilustração do cérebro contaminado pelo vírus.Ilustração do cérebro contaminado pelo vírus.
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neurossífilis é uma complicação da sífilis, uma infecção sexualmente transmissível (IST). A condição é causada pela invasão da bactéria Treponema pallidum, ou T. pallidum, no sistema nervoso central (SNC).

Cerca de 12 milhões de novos casos são registrados anualmente, principalmente em países em desenvolvimento. Recentemente, foi encontrada a presença de NSC em cerca de 74% dos(as) pacientes acometidos(as) por sífilis.

Quando em contato com o SNC, a bactéria pode causar diversos quadros clínicos de neurossífilis congênita (NSC), como paralisia geral progressiva.

Para saber mais sobre o neurossífilis, o que causa, sintomas e tratamento, continue acompanhando o artigo!

Índice — Neste artigo, você vai encontrar:

  1. O que causa neurossífilis?
  2. Transmissão
  3. Sintomas
  4. Demência e neurossífilis: qual a relação?
  5. Diagnóstico
  6. Neurossífilis tem cura?
  7. Tratamento
  8. Complicações e sequelas
  9. Como prevenir neurossífilis?

O que causa neurossífilis?

A neurossífilis é causada pela bactéria Treponema pallidum, também conhecida como T. pallidum, um microorganismo em forma de filamentos e espirais denominado espiroqueta. Para sobreviver, a bactéria precisa de um hospedeiro, que no caso é o corpo humano.

Ilustração de pessoa e um cérebro e ao fundo bactérias.
Essa condição é causada por uma espiroqueta, que é um tipo de bactéria.
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Transmissão

A sífilis é transmitida sexualmente quando não se utiliza preservativo e pela pele e mucosas contaminadas, como a boca, o intestino e a bexiga.

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Sintomas

Os sintomas da neurossífilis são classificados de acordo com cada tipo da doença, sendo eles:

Neurossífilis assintomática

A neurossífilis assintomática, não apresenta sintomas, porém, cerca de 15% dos casos de meningite correspondem ao diagnóstico de sífilis. Cerca de 5% dos casos dessa condição, quando não tratados, evoluem para a forma sintomática.

Neurossífilis meningovascular

É possível identificar inflamação das artérias do cérebro ou da medula espinhal. A aparição dos sintomas geralmente ocorre de 5 a 10 anos após da infecção. Os principais sintomas são:

Em casos em que a medula espinhal está comprometida, é possível observar os seguintes sintomas:

Neurossífilis parenquimatosa

Chamada de paresia geral ou demência paralítica, esse tipo da doença se desenvolve de 15 a 20 anos após a infecção, geralmente antes dos 40 e 50 anos do paciente. Nesse caso, as seguintes alterações são notadas:

  • Irritabilidade;
  • Dificuldade de concentração;
  • Problemas na memória;
  • Dor de cabeça;
  • Dificuldade para dormir;
  • Cansaço;
  • Convulsões;
  • Dificuldade na compreensão e falar;
  • Paralisia em um dos lados do corpo (hemiparesia);
  • Tremores da boca e língua;
  • Anormalidades na pupila.

Tabes dorsal

Chamada de ataxia locomotora, esse tipo se desenvolve de 20 a 30 anos após a infecção inicial, sendo seus principais sintomas:

  • Pontada no dorso;
  • Pontadas ou fisgadas nas pernas;
  • Perda da sensibilidade;
  • Ataxia de marcha;
  • Hiperestesia e parestesia;
  • Perda da sensibilidade da bexiga;
  • Infecções recorrentes;
  • Pupilas que se ajustam, mas não respondem à luz;
  • Crises viscerais.

Demência e neurossífilis: qual a relação?

Como essa condição afeta o sistema nervoso central (SNC), as pessoas podem desenvolver sintomas semelhantes à demência, tais como problemas de memória, comportamento irritável e dificuldades com a linguagem.

Leia maisDemência frontotemporal: o que causa, fases e tratamento 

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Diagnóstico

O diagnóstico é realizado por meio de entrevistas que buscam compreender e explorar a história de saúde do(a) paciente, bem como a realização de exames clínicos e complementares como análise sorológica do sangue e do líquido cérebro-espinhal.

Neurossífilis tem cura?

Sim, a sífilis e a neurosífilis tem cura. Quando feito a tempo, o tratamento é prolongado e exige o uso de medicamentos antibióticos.

Tratamento

O tratamento geralmente envolve o uso de penicilina por 14 dias ou de ceftriaxona por 10 a 14 dias, além do acompanhamento por meio de exames a cada seis meses.

Complicações e sequelas

Quanto mais tardio for o tratamento, maiores serão as sequelas cognitivas e comportamentais. Mesmo que seja um quadro de demência reversível, o(a) paciente pode não conseguir recuperar todas as funções. Algumas das complicações e sequelas possíveis incluem:

  • Demência;
  • Paralisia;
  • Problemas de visão;
  • Problemas de audição;
  • Meningite;
  • Convulsões;
  • Problemas cardíacos.

É importante lembrar que, com o tratamento adequado, muitas dessas complicações e sequelas podem ser evitadas ou minimizadas. Portanto, é fundamental procurar atendimento médico assim que os sintomas da neurossífilis forem identificados.

Como prevenir neurossífilis?

A prevenção da neurossífilis e outras infecções sexualmente transmissíveis (ISTs) inclui medidas, como o uso correto de preservativos em todas as relações sexuais, a realização de exames de rotina para detecção de ISTs, o tratamento adequado e o acompanhamento médico regular.

Além disso, é importante evitar o compartilhamento de objetos pessoais que possam ter entrado em contato com líquidos corporais. 

E por fim, mas não menos importante, a educação sexual e o diálogo aberto e honesto com os parceiros(as) também são fundamentais para a prevenção de ISTs.

Leia tambémPreservativo (camisinha): masculino, feminino e como usar 


Sim, a neurossífilis é uma complicação tardia da sífilis que pode afetar o sistema nervoso central (SNC) e causar diversos danos cognitivos e comportamentais. 

Se você ou alguém que você conhece apresenta esses sinais, procure ajuda médica!

Para mais conteúdos sobre saúde do cérebro, continue acompanhando o portal e redes sociais do Minuto Saudável!


Referências

Imagem do profissional Thayna Rose
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Este artigo foi escrito por:

Esp. Thayna Rose

CRP: CRP/PR 08/28789Bacharel em Psicologia com especialização em Neuropsicologia.Leia mais artigos de Esp. Thayna
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