A Neurocovid é o termo utilizado para denominar as consequências neurológicas causadas pela COVID-19 no sistema nervoso central (SNC) e sistema nervoso periférico (SNP).
O estudo da Neurocovid se deu a partir da revista Journal of Alzheimer’s Disease, que identificou que os (as) pacientes infectados pela doença desenvolveram, além de condições respiratórias graves, diversas doenças neurológicas e possíveis problemas cerebrais após a recuperação.
Recentemente, também evidenciou-se que pacientes com obesidade, diabetes ou com hipertensão possuem resultados mais negativos em relação aos pacientes saudáveis quando o assunto são danos neurológicos.
Para entender um pouco mais sobre neurocovid, quais sequelas já foram mapeadas e tratamentos, continue acompanhando o artigo!
Índice - nesse artigo, você vai encontrar:
A Neurocovid foi dividida pelos (as) especialistas de acordo com os sintomas e com a severidade do comprometimento cerebral do paciente. Entre eles estão:
Nesse estágio, ocorre o dano causado às células nasais e da boca, o que justifica a perda do olfato e do paladar durante a após a infecção.
Denominado como “tempestade de ocitocina”, o estágio ll é caracterizado por uma reação imunológica que se inicia nos pulmões, percorre a corrente sanguínea e passa por vários órgãos. A partir dessa reação, pequenos coágulos sanguíneos se formam e podem gerar derrames cerebrais.
Nesse estágio, a tempestade de ocitocina chega até o cérebro, invadindo a camada protetora dos vasos sanguíneos. Com isso, o conteúdo sanguíneo, inflamação e partículas virais entram no cérebro, desenvolvendo convulsões, confusão, coma ou encefalopatia (doenças cerebrais).
Durante os estudos, notou-se que os (as) pacientes apresentavam outros sintomas além dos respiratórios e com o avanço das pesquisas, foram destacadas algumas sequelas neurológicas, psiquiátricas e cognitivas. Entre as principais sequelas estão:
Com relação aos pequenos derrames causados, os (as) pacientes podem desencadear antes ou após o período de infecção por COVID-19 problemas de memória, atenção e na velocidade de processamento.
Pacientes diagnosticados com Alzheimer e outros transtornos neurológicos têm maior risco de serem infectados e desenvolverem complicações com as sequelas do vírus.
No caso do Alzheimer, alguns pacientes têm dificuldade de seguir as recomendações sanitárias e de prevenção, como higiene das mãos, cobrir nariz e boca quando tossir, permanecer em casa ou respeitar o distanciamento seguro. Portanto, isso justificaria a falta de compreensão sobre o risco da doença e esquecimento do que precisa ser feito para preveni-la.
Alguns pacientes, inclusive, apresentam psicose ou agitação e se recusam a ficar isolados. Portanto, o declínio cognitivo é um impeditivo que os coloca em risco, ainda mais hospitalizados e longe dos familiares.
Já os pacientes com problemas vasculares cerebrais, como esclerose múltipla, esclerose lateral amiotrófica e disfunção respiratória, podem não sobreviver se forem internados.
Por outro lado, pacientes com doenças neuromusculares podem ter recaídas, levando ao aumento dos casos dessa condição durante a pandemia de COVID-19, devido às complicações causadas pelo vírus.
O tratamento para neurocovid deve ser conduzido por um (a) neurologista. Além disso, é importante investigar todas as sequelas causadas para serem tratadas da forma adequada.
Em casos cognitivos, como problemas de memória, atenção e velocidade de processamento, a reabilitação cerebral é indicada. Já para condições psicológicas, como ansiedade, psicose, TOC e transtorno de pânico, é necessário acompanhamento psiquiátrico e psicológico.
Sim, a neurocovid tem cura e é possível reabilitar e acompanhar todo o desenvolvimento cerebral diante dos danos causados pela COVID-19.
Essa recuperação leva em conta os prejuízos causados pelo vírus, todas as perdas do(a) paciente e até onde ele pode evoluir, considerando a plasticidade cerebral, ou seja, a capacidade que o cérebro tem de reorganizar após uma nova experiência. Além disso, é importante salientar que o tratamento é um processo que demanda persistência e paciência.
A neurocovid é um termo usado para denominar todas condições desencadeadas no sistema nervoso central e periférico decorrentes a COVID-19.
Se você ou alguém que você conhece foi infectado pela COVID-19 e apresenta alguma das condições citadas, procure ajuda médica!
Para mais informações sobre saúde e saúde do cérebro , continue acompanhando o site e redes sociais do Minuto Saudável!
Esp. Thayna Rose
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