No período de amamentação a mulher pode ter algumas complicações, como o leite empedrado.
Também chamado de ingurgitamento mamário, isso acontece quando as mamas estão com leite excedente.
Geralmente, acontece quando o bebê está começando a mamar e tem dificuldade na sucção do leite (pega) ou quando não há a livre demanda (quando o bebê mama sem horários marcados).
No entanto, pode acontecer quando o bebê já está em transição para alimentos mais sólidos, deixando de mamar com tanta frequência.
Esse acúmulo do leite nas mamas faz com que ele se torne mais viscoso, podendo formar nódulos que dificultam a sua saída pelos ductos mamários.
Por isso, é chamado de leite empedrado. A mulher pode sentir os seios doloridos, rígidos e endurecidos.
A seguir, explicamos as causas desse problema e como tratar a condição. Confira!
O leite empedrado é causado pelo esvaziamento incorreto das mamas ou pelo fato de o leite permanecer por um tempo muito prolongado nelas. Isso é mais frequente nas primeiras semanas de gestação, quando a mulher ainda está se adaptando ao aleitamento, mas também acontece no desmame da criança, na transição para mamadeira.
Esse leite que se acumula pode tornar-se espesso ao ponto de formar caroços ou nódulos nas mamas, deixando-as mais duras, quentes e doloridas.
O leite empedrado pode ser uma das causas da mastite, mas também pode ocorrer como uma consequência desse problema, que nada mais é do que uma infecção na região durante o período de amamentação.
As principais causas da mastite se dão pelo esvaziamento incorreto das mamas, pela obstrução dos ductos lactíferos e por bactérias na pele ou na boca do bebê, que podem causar a infecção.
É bem mais comum em mulheres que estão ainda nas primeiras semanas de gestação, mas também pode ocorrer em outros períodos.
Na mastite, a mulher pode apresentar sintomas como febre e mal-estar.
O tratamento e a prevenção para a condição, e também para o leite empedrado, são os mesmos, sendo o mais importante o esvaziamento correto das mamas.
O leite empedrado não impede a amamentação do bebê. O problema é que, muitas vezes, o espessamento do líquido faz com que a mãe desista do aleitamento, devido às dores e outros sintomas causados pela condição.
Ao notar que o leite está empedrado, é importante que a mãe continue amamentando o bebê por livre demanda, isto é, sempre que a criança sentir vontade.
Depois da amamentação, caso sobre leite, é importante fazer a ordenha manualmente.
Para que isso fique mais fácil, a mulher pode optar por usar bombas manuais que ajudam na retirada.
Além disso, existem outros métodos que podem ajudar a mulher a controlar e prevenir esse problema, como as massagens e compressas.
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O ingurgitamento materno é um problema que não manifesta sintomas iniciais, o que torna a situação difícil de ser prevenida ou tratada precocemente.
Por isso, quando os sinais surgem, o leite já está empedrado. Nesse estágio, a mulher sente as mamas mais rígidas, doloridas e duras.
Outros sintomas que podem ser presentes incluem:
Com os mamilos achatados, o bebê pode ter dificuldade em sugar a quantidade ideal de leite. Por isso, é recomendado que a mulher ordenhe um pouco com as mãos ou com a bombinha antes da amamentação.
Outras dúvidas frequentes em relação aos sintomas do leite empedrado são:
O leite empedrado costuma causar dor e desconforto nas mamas, pois as tornam mais rígidas e duras.
Além disso, devido ao fato do leite ser mais denso e, em alguns casos, realmente empedrar, torna a amamentação dolorosa.
O leite empedrado pode causar febre, mas não é comum em todas as gestantes. Geralmente, esse é um sintoma presente em mulheres que desenvolveram a mastite como complicação do ingurgitamento mamário.
Existem várias formas de tratamento do leite empedrado (ingurgitamento mamário), sendo elas métodos feitos em casa, como o uso de compressa, massagem e ordenha (manual ou com uso de bombas). As formas de tratamento do leite empedrado são semelhantes com as indicações para a prevenção, como:
É importante permitir que o bebê mame de forma livre, sem horários preestabelecidos, especialmente nos primeiros meses, fase que a produção de leite costuma ser maior.
Além de não definir um horário, é importante não limitar o tempo de amamentação. A amamentação por livre demanda é uma das principais formas de evitar que o leite fique empedrado.
Antes do bebê mamar ou da ordenha, uma das recomendações que ajudam a tratar o ingurgitamento mamário são as massagens circulares nas mamas.
Essa é uma massagem delicada que deve ser feita com as pontas dos dedos indicador e médio na direção do bico para a base dos seios.
Esses movimentos ajudam esse leite que ficou acumulado a fluir melhor.
Se mesmo com a amamentação por livre demanda a produção de leite ainda for muito grande, ao ponto de ficar armazenada nas mamas, o ideal é realizar a ordenha.
Essa retirada pode ser feita com as mãos ou com o uso de bombas. Independente da escolha da mulher, o ideal é que realize a massagem antes do procedimento, para que seja mais fácil a retirada do leite.
Nesses casos, a mulher pode armazená-lo para a próxima amamentação do bebê, mas também pode doá-lo para bancos de doação de leite materno.
Compressas ajudam a reduzir a dor que o empedramento do leite pode causar nas mamas.
As frias são recomendadas para que sejam aplicadas nos seios entre os intervalos das mamadas, pois ajudam a reduzir a produção excessiva de leite.
Isso é importante para aliviar a dor e esvaziar as mamas (especialmente no desmame).
Já as mornas são usadas para estimular a liberação do leite e torná-lo mais fluido, podendo ser usadas antes da amamentação ou da ordenha.
No entanto, nesses casos é preciso ter mais cuidado, pois as temperaturas quentes estimulam a produção de leite e podem agravar o quadro.
Não existem medicamentos específicos para o tratamento do leite empedrado, mas sim remédios ou tratamentos caseiros, como o uso de compressas e bombas para retirada do leite manualmente.
Quando a condição evolui para uma mastite, o médico pode recomendar medicamentos ou produtos para tratar essa complicação.
Isso pode incluir o uso de antibióticos, pomadas, bombas e compressas, de acordo com cada caso.
Para evitar o empedramento do leite e o surgimento de nódulos, algumas medidas simples são eficazes.
É preciso que a mãe tenha um cuidado maior em retirar o leite quando o bebê não mama o suficiente, além da prática da livre demanda.
Isso significa que a melhor forma de prevenir a condição é justamente amamentar o bebê sempre que ele sentir vontade.
Se após a amamentação as mamas ainda estiverem cheias, é necessário retirar o excesso do leite manualmente, com o uso de uma bomba.
Também é recomendado o uso de sutiãs que estejam no tamanho adequado, que dê uma boa sustentação aos seios, evitando o empedramento na parte inferior das mamas.
Se mesmo seguindo esses passos ocorrer a condição, é importante que a mulher procure ajuda médica.
No desmame, processo em que a criança deixa de receber o aleitamento materno, o ideal é ir fazendo uma redução gradual da amamentação. Ao parar aos poucos, diminuindo a quantidade de mamadas, as chances do leite empedrar são menores.
Por isso, é recomendado que as mulheres continuem realizando a ordenha, para reduzir o desconforto do leite parado.
Também é indicado que utilizem compressas frias, que ajudam a desempedrar o leite e a diminuir a quantidade de leite naturalmente.
O leite empedrado é um problema que as mães podem ter que enfrentar durante a amamentação.
Muitas vezes, esse é um problema que leva a lactante a desistir do aleitamento materno, por ser uma condição que causa desconforto e dor nas mamas.
Por isso, é tão importante saber o que causa o espessamento, para saber como tratar e prevenir. Assim, o bebê e a mãe conseguem se beneficiar com a amamentação.
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Rafaela Sarturi Sitiniki
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